quinta-feira, março 18, 2021

Qualificação


É difícil exceder em imaginação qualificativa aquilo que esta cronista da “Folha de São Paulo” ontem escreveu sobre o presidente Bolsonaro.

Vou confessar o que nunca tinha lido: Basculho, jacodes, enxurro, infando, estrupício, broxável, capiroto, pequi roído. Mas o mais delicioso vocábulo é, sem a menor dúvida, o criativo “excrementíssimo”.

9 comentários:

aguerreiro disse...

O autor deste distinto artigo está com certeza a mirar-se ao espelho depois de beber garrafa e meia de cachaça, daquela branquinha e bem conhecida "Consola Corno e Amansa Sogra"

Joaquim de Freitas disse...

Quando penso, que aqui mesmo, neste blogue, houve, oh danação, energúmenos para defender esta escória, porque tinha sido eleito “democraticamente”… A presidente "eleita" da Bolívia, como Guaido, aquela que saiu para a rua com uma Bíblia de um metro quadrado, fugiu para uma cidade a 300 km de La Paz, e foi encontrada pela policia escondida num vão de escada...

Gostaria de ver o mesmo acontecer ao trafulha de Brasília...

Luís Lavoura disse...

A liberdade de expressão americana permite isto.
Experimentasse-se dizer coisas destas cá em Portugal de qualquer político, e apanhava-se com um processo em tribunal em cima.
Liberdade de expressão, quer-se cá.

Joaquim de Freitas disse...

"A liberdade de expressão americana permite isto."

"I have a dream." Martin Luther King.

carlos cardoso disse...

Também penso que ter sido eleito democráticamente não desculpa tudo (não esqueçamos que Hitler foi eleito).
Infelizmente a democracia não tem meios para evitar que alguem, eleito democráticamente, utilize o poder para acabar com a democracia. Não conheço sistema de checks and balances que seja infalível. O que se passa na Hungria e na Polónia é exemplo disso, embora o "ponto de não retorno" talvez ainda não tenha sido ultrapassado.
Quanto à liberdade de expressão, mais vale a mais do que a menos.
Quanto ao artigo, posso perceber a frustração da autora mas insultos não são argumentos (e neste caso há muitos argumentos contra o estrupício).

Luís Lavoura disse...

Carlos Cardoso

O que se passa na Hungria e na Polónia

Eu não estou bem certo de que nesses países se passe grande coisa.

Em relação à Polónia, o que eu ouvi dizer é que o governo polaco se limitou a substituir uns juízes muito velhos do Tribunal Constitucional, que já lá estavam há um ror de anos e que, aparentemente, tinham o direito de lá ficar vitaliciamente. Em minha opinião, o governo polaco pode ter agido desastradamente, mas o sistema que ele corrigiu também não era absolutamente nada recomendável. Recordo que cá em Portugal, também, os juízes do Tribunal Constitucional (que aliás na sua maior parte não são juízes, são meros juristas) são regularmente substituídos, e isso de forma nenhuma é considerado uma violação das regras do Estado de Direito.

Convém não emprenhar pelos ouvidos quado se ouve falar doutros países.

Joaquim de Freitas disse...

Do Senhor Luís Lavoura ; « Eu não estou bem certo de que nesses países se passe grande coisa.” Falando da Polónia e da Hungria.

.Não se passa grande coisa, se fechar os olhos à ameaça sistémica ao Estado de direito, quando o governo de Beata Szydlo minimiza a capacidade de reacção dos seus opositores.

Especialmente, se não contente com a interferência na nomeação de juízes que se sentam nesta instituição, o governo se recusa a seguir as recomendações que impunham respeitar todos os acórdãos proferidos por este tribunal e publicar esses acórdãos.

.Se uma nova presidente deste tribunal, Julia Przylebska, escolhida pelo presidente, substitui um homem que se distinguiu pela sua pugnacidade contra a deriva autoritária do poder. Este último também tinha contestado a legalidade das medidas que tornaram possível a nomeação de Julia Przylebska.

. Se fecha os olhos ao facto que a ultima votação orçamental foi realizada em condições antidemocráticas e sem representantes da oposição.

Autoritarismo? Ou uma ameaça cada vez mais escandalosa ao Estado de direito?Em plena UE...

Quanto à Hungria, basta ler o que disse Orban, o primeiro fan de Trump em 2016, que o consenso liberal da Europa no pós-guerra "está no fim" – e a sua visão vem sendo imitada na vizinha Polónia, enquanto a sua influência pode ser sentida noutros lugares da Europa do Leste e Central.

Não se passa nada nesses países?

Luís Lavoura disse...

Joaquim de Freitas

não contente com a interferência na nomeação de juízes

Na generalidade dos países democráticos, os juízes do Tribunal Constitucional são nomeados ou pelo poder legislativo, ou pelo poder executivo. Há portanto, em geral, interferência na nomeação dos juízes.

Por exemplo, nos EUA os juízes do TC são nomeados pelo presidente. Em Portugal os juízes do TC são nomeados pela Assembleia da República.

Na generalidade dos países democráticos, os juízes do Tribunal Constitucional refletem, mais ou menos, as perspetivas políticas de quem os nomeou. É normal. Em Portugal, metade dos juízes do TC foram propostos pelo PS, a outra metade pelo PSD.

Na Polónia passa-se, creio eu, grosso modo a mesma coisa.

carlos cardoso disse...

No mesmo comentário Luís Lavoura disse: "o que eu ouvi dizer é que" ...e também: "convem não emprenhar pelos ouvidos".
Palavras para quê?
E por acaso eu estudei de perto o caso da Hungria.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...