Seria melhor definir "todo o mundo normal" porque pela informação disponível a maioria dos países europeus, ao contrário dos Estados Unidos, não incluiu os detentores de cargos políticos entre os prioritários.
Na maioria dos países europeus os critérios foram essecncialmente técnicos e foram definidos, e bem na minha opinião, pelas autoridades de saúde pública. Porque motivo um detentor de um cargo político, mesmo que de alto nível, com menos de 60 anos gozando de boa saúde, deveria passar à frente de pessoas com mais de 70 anos do grupo de risco?
Não, não é demagogia nem populismo é simplesmente dar o exemplo, algo a que muitos na administração pública (e não só) não estão habituados.
É uma boa questão saber se um detentor de um alto cargo público (o PR ou o PM. p.e.) está mais exposto do que um profissional de saúde ou um utente de um lar. Diria que não, muito embora eles contactem com dezenas ou centenas de pessoas por semana, seguramente.
Pode-se, claro, argumentar que se essa pessoa ficar doente, a condução do Governo do País é colocada em risco. Mas para isso é que um Governo é colegial.
E mesmo o PR, que é um órgão unipessoal, pode ser substituído em caso de impedimento pelo Presidente da AR de forma temporária (aconteceu pelo menos quando Jorge Sampaio foi operado ao coração, se bem me lembro).
Espero pois que tal decisão tenha sido ponderada pelas autoridades de saúde e não pelos responsáveis políticos, temendo que olhassem para eles como privilegiados.
De notar que em países em que esses responsáveis foram os primeiros a serem vacinados, também o foram para mostrar que a vacina é segura, que é uma dúvida que não creio que existe entre nós.
4 comentários:
Muito boa noite
Respeitosamente, assino por baixo. Bom ano. Saúde.
António Cabral
"Medrosa" ou "merdosa" ?
Seria melhor definir "todo o mundo normal" porque pela informação disponível a maioria dos países europeus, ao contrário dos Estados Unidos, não incluiu os detentores de cargos políticos entre os prioritários.
Na maioria dos países europeus os critérios foram essecncialmente técnicos e foram definidos, e bem na minha opinião, pelas autoridades de saúde pública.
Porque motivo um detentor de um cargo político, mesmo que de alto nível, com menos de 60 anos gozando de boa saúde, deveria passar à frente de pessoas com mais de 70 anos do grupo de risco?
Não, não é demagogia nem populismo é simplesmente dar o exemplo, algo a que muitos na administração pública (e não só) não estão habituados.
É uma boa questão saber se um detentor de um alto cargo público (o PR ou o PM. p.e.) está mais exposto do que um profissional de saúde ou um utente de um lar. Diria que não, muito embora eles contactem com dezenas ou centenas de pessoas por semana, seguramente.
Pode-se, claro, argumentar que se essa pessoa ficar doente, a condução do Governo do País é colocada em risco. Mas para isso é que um Governo é colegial.
E mesmo o PR, que é um órgão unipessoal, pode ser substituído em caso de impedimento pelo Presidente da AR de forma temporária (aconteceu pelo menos quando Jorge Sampaio foi operado ao coração, se bem me lembro).
Espero pois que tal decisão tenha sido ponderada pelas autoridades de saúde e não pelos responsáveis políticos, temendo que olhassem para eles como privilegiados.
De notar que em países em que esses responsáveis foram os primeiros a serem vacinados, também o foram para mostrar que a vacina é segura, que é uma dúvida que não creio que existe entre nós.
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