quinta-feira, dezembro 31, 2020

A figura do ano


Não tenho a mais leve hesitação em afirmar que a figura do ano de 2020, em Portugal, é a ministra da Saúde, Marta Temido. Com Graça Freitas a seu lado, mas com a responsabilidade política que a esta não incumbe, Marta Temido mostrou o estofo de uma grande servidora pública, com a firmeza, pontuada de humanidade, de uma responsável política. O facto de se ter tornado no alvo predileto dos detratores do Serviço Nacional de Saúde é a maior “medalha” que lhe pode ser atribuída, embora eu espere, com toda a franqueza, que outras venham a tê-la como destinatária.

23 comentários:

Maria João disse...

"Temida". Não diria melhor. Mas pelas piores razões. Mas espere ... eu sou um dos detractores do SNS.
MJ

SCarvalho disse...

100% de acordo com a sua opinião, caro Embaixador.
Um bom ano de 2021 para si.

Horacio disse...

Pela primeira vez, não concordo consigo! Mas não deixo de ser leitor. Pelo contrário!
Bom ano!

Luís Lavoura disse...

Com Graça Freitas a seu lado, mas com a responsabilidade política que a esta não incumbe

É um facto que a responsabilidade política não incumbe a Graça Freitas mas, lamentavelmente, ela (Graça Freitas) muitas vezes falou e atuou como se lhe incumbisse. Em vez de dizer "o governo tomou esta decisão, pela qual não sou responsável", procurou justificar e respaldar decisões governamentais. Como quando proferiu aquela célebre tirada de que nos aviões não há grande perigo de contágio porque todos os passageiros vão virados para a frente, quando deveria, simplesmente, ter dito que os aviões foram autorizados a voar porque o governo assim o tinha decidido - uma decisão política, não técnica.

Este tipo de confusões entre pessoas que têm responsabilidade política e as que não a têm ficam muitíssimo mal.

Tony disse...

Inteiramente de acordo. A gentinha que diz mal, ´diz mal, porque sim. É gente medíocre, incapaz, frustrada, ressabiada, e, se lá estivessem, não fariam melhor.

josé ricardo disse...

Criticar a ministra da saúde - e tem muito por onde se pegar ao longo deste desgraçado ano - não tem de ser sinónimo de "detratores do Serviço Nacional de Saúde". Acho que Marta Temido é uma ministra ao jeito de António Costa: leve, levezinha, como quem chama por ele. Ou seja: voluntariado e pouco mais. Não se vislumbra, naquela cabecinha, nada de especial. A senhora que a acompanha, de seu nome Graça (Freitas?), é a visão da própria ministra, duas décadas mais adiante, como se fosse visitada pelo fantasma "dickensiano" do futuro.

Maria João disse...

Na mouche, José Ricardo.

Acrescento:

É uma tiraneta, como é próprio dos rasteirinhos.
É insegura, porquanto - justiça lhe seja feita - está consciente das suas (e alheias) insuficiências.
Usa de Português próprio de um delegado de propaganda médica (sem ofensa para os últimos). Atentem bem. Palavras somadas a palavras que, todas espremidas, veiculam ideia sintetizável em três vocábulos. Mas há que aparentar energia, serviço, acção. Que tristeza!

Com a excepção do Siza, do Santos Silva e da Alexandra Leitão, não se salva um.

Não basta o esforço. Merecemos mais. Temos de merecer mais.

JFM disse...

Sr. Embaixador estou 100% de acordo em que seja considerada a personalidade do Ano.
Votos de Bom Ano extensível aos detratores da ministra e da senhora DGS.

Flor disse...

A minha opinião é que o Primeiro Ministro quando formou governo errou ao dar a pasta da Saúde á Senhora Ministra Marta Temido. A pasta da Economia é a sua cara. Tem uma facilidade enorme em falar de milhares de milhões, de milhões de milhar que até fico enjoada.

Unknown disse...

Não posso estar mais de acordo.
Marta Temido tem tido pela frente uma tarefa gigantesca. Trabalha incansavelmente. Aguenta com boa cara, e competência, o manancial de ataques corporativos e de baixa politiquice. Marta Temido e Graça Freitas pertencem ao leque de mulheres que se destacaram pelo seu bom desempenho no difícil ano que acaba.

Portugalredecouvertes disse...

Devemos vislumbrar que a Sra. ministra da saúde tem gerido com coragem o stress
da grande responsabilidade que lhe coube com a pandemia, especialmente
dura para o seu ministério
e ela tem-se apresentado com a postura de alguém que consegue ultrapassar
o desânimo e a incerteza desta crise que é enorme
Votos de bom ano à D. Marta Temido e à sua equipa

Jaime Santos disse...

Maria João, você não é um dos detratores do SNS. É uma detratora, quando muito :) ... Ou será que é como o meu indistinto homónimo, que muda de pseudónimo (e de género, pelos vistos) como quem muda de casaco :) ?

Quanto a Marta Temido, ainda bem que os seus adversários a temem. Por todas as boas razões. Viva a Ministra da Saúde!

sts disse...

A figurinha.A portuguesinha grande.

OdeonMusico disse...

Não poderiaa estar mais de acordo consigo, sr. Embaixador. Votos de Bom Ano

Pedro Sousa Ribeiro disse...

Num contexto de dificuldade extrema, enfrentando uma pandemia de que pouco ainda se sabe, as Sras. Marta Temido e Graça Freitas têm demonstrado grande resiliência, aguentando com grande estoicismo os ataques de que têm sido alvo.

Maria João disse...

Jaime,

Sou, na perspectiva do nosso Embaixador, uma detractora (sem pseudónimo ou mudança de sexo). Quando me junto a todos os outros enviesados - eles e elas, que os há de todo o jeito -, torno-me num dos detractores. Quanto ao Jaime, é UMA das pessoas que entende diferente de mim.

Obrigada, Senhor Embaixador. Feliz 2021 para todos.

MJ

Maria João disse...

Rectius:

Que entendem diferente de mim.

MJ

Dulce Oliveira disse...

Marta Temido tem dois grandes defeitos: é mulher e é bonita e isso é condição para ser criticada
Acho que é de toda a justiça considerá-la a figura do ano.

rui esteves disse...

Gostava de ver a maioria dos antecessores da ministra Temido a enfrentar uma pandemia como a Covid 19!
A gente que está constantemente a aproveitar os lapsos da Ministra Temido - lapsos que são inevitáveis pois tudo é novo nesta pandemia - que se atravesse e apresente o nome de um dos antecessores de quem seria expectável um melhor desempenho.
Quanto à ministra, só tenho a elogiar. E agradecer a resiliência; agradecer as muitas horas de trabalho; e agradecer o não dar ouvidos aos cães que ladram enquanto a caravana passa.
Elogio extensivo à Directora-Geral da Saúde. Estamos em boas mãos.
E quando por fim a pandemia for ultrapassada, desejo que o PR esqueça a politiquice rasteira e lhes dê o devido reconhecimento.

Jaime Santos disse...

Pode ser detratora ou detrator, ou crítica, ou apoiante entusiástica do SNS o quanto quiser Maria João, pois todos esses pontos de vista são legítimos.

Convém é que não seja mal-educada (vá ver o que escreveu sobre Marta Temido), porque se o for, os seus restantes argumentos, válidos ou não, passam a valer zero, ninguém olhará para eles.

Parece que é isso que algumas pessoas não entendem. Se é só para lançar cizânia, muito bem, mas então não vale a pena virem armar-se em virgens ofendidas.

Carlos disse...

Sr Embaixador

Acompanho a sua carreira ha muitos anos (desde que participei em Bruxelas numa sessão o tratado de Nice). Revejo-me em muitos dos seus comentários sobre a realidade nacional e internacional e o acaso fez com que esteja a terminar a minha carreira num posto diplomatico em Brasilia.

Não partilho o seu juízo sobre o desemepnho da Sra Ministra. Sei que é fácil criticar quando estamos "de fora" mas não obstante e reconheço a coragem da Sra em afrontar quotidianamente as camaras e toda a pressão que esta exposição implica na tomada de decisões. Todavia, desde o fim do período de confinamento que se tornou patente a incapacidade da DGS e do Mnistério da Saúde para delinear uma estratégia coerente de monitorização da pandemia.

Na fase critica da pandemia a Ministra devidiu substituir a equipa do SPMS sem razão objectiva - o impacto foi visível quando chegou a fase das vacinas da gripe. Em junho e julho a DGS foi incapaz de monitorar as fontes de contágio. Houve centenas de passageiros a chegar ao aeroporto de Lisboa sem serem controlados. A monitorização dos casos positivos tem sido incipiente. Portugal apresenta indicadores que superam largamente os de outros países Europeus (incluindo a Belgica). E pelas palavras do Dr Ricardo Mexia ha uma manifesta dificuldade em antecipar os acontecimentos e tomar medidas preventivas eficazes. Estamos perante uma atitude predominantemnente reactiva.

Infelizmente o primeiro ministro tem mostrado dificuldade em gerar consensos alargados em matérias cruciais no contexto da pandemia.

José Figueiredo disse...

Concordo que a Ministra da Saúde merece o reconhecimento dos portugueses neste ano de pandemia. E a DGS, Graça Freitas, só pode ser maltratada por quem sofra de mau fígado.
José Figueiredo

José Alberto disse...

E porque não lembrar também o sr Paulo Macedo que, como ministro da saúde, foi um dos grandes responsáveis pela queda vertiginosa da qualidade do SNS? Não esquecendo, claro, todos aqueles que incentivaram o pessoal técnico de saúde a abandonar o país a par do sr Centeno que, enquanto ministro das finanças, estrangulou financeiramente o mesmo SNS. Tudo boa gente e premiados pelos bons serviços prestados... a quem? Aos portugueses, pelos vistos e pela situação gravíssima em que se envontra o SNS, parece que não.

Vou ler isto outra vez...