segunda-feira, novembro 18, 2019

Quem sabe, sabe!

Um Governo que (não) governa, uma oposição que não se opõe, e um país que anda ao sabor de conveniências, da resposta a interesses de curto prazo, eleitoralistas, sem a avaliação das consequências”.

Quem escreve isto hoje é o jornal online Eco. Podia ter sido o Observador. Ou outra folha similar.

Houve eleições, apenas há semanas. O país teve toda a liberdade para escolher - e escolheu. Quem ganhou, em total liberdade, teve a ingenuidade de pensar que tinha legitimidade política para governar, sob o escrutínio parlamentar que a Constituição prevê. 

Mas o Eco, cuja representatividade opinativa não sabemos onde nasce (esperando nós que não radique nos interesses económicos que o financiam), descarta, com a arrogância de uma “boutade”, essa decisão livre dos cidadãos, desqualifica de uma penada o sentido da sua escolha, apouca mesmo a ação da oposição da qual não gosta. 

Não sobra nada em Portugal? Sobra, nem tudo está perdido! Sobra a voz sábia e definitiva do Eco!

Os cidadãos votantes, para o Eco, são um bando de palermas, uns inconscientes. O Eco, que passou semanas a promover a Iniciativa Liberal, a quem o descuido do país só conferiu um deputado, é que sabe como melhor se defenderiam os interesses da pátria.

Afinal, tudo é tão simples, em política: para as coisas seguirem no melhor dos mundos, bastaria seguir o que dizem o Eco, o Observador e outras folhas. Afinal, para que é necessário esse gesto vão que é votar?

5 comentários:

Luís Lavoura disse...

O "Eco" não descarta nada. O "Eco" não afirma (pelo menos nesta frase) que o atual governo não tenha legitimidade para governar. Mas o "Eco" tem toda a liberdade de criticar o governo, mesmo reconhecendo-lhe a legitimidade, tal como tem a liberdade de criticar a oposição.

Anónimo disse...

Quando um partido ganha as Eleições, que foi agora o caso do PS, não ganha o direito de os outros mudarem de opinião: pelo contrário é suposto que os outros continuem na sua , denunciando o que julgam ser o caminho para a estagnação e a morte da bezerra.
João Vieira

Anónimo disse...

Sr Embaixador. Esta gente do Eco, I.L. e quejandos, só gostam da coisa, quando são eles a montar o cavalinho.
Tenho amigos do PPD/PSD, que já pelas sondagens, estavam danados e diziam "o povo não tem emenda!" Quando não lhes dá jeito, são assim. Quando o literato de Boliqueime, ganhou 5 eleições, ai é que o povo acertou e até abanavam o rabo.

Anónimo disse...

O senhor, quando lhe dá para a demagogia, é um mestre, caramba! E ao bom estilo do atual MNE, nem disfarça: é choque frontal! No caso, com o direito à livre expressão dos pensamentos de cada um. Deve ser da idade, também...

joana gaivota disse...

O que o "articulista" do eco faz não é uma critica , nem uma opinião. Alinhou uma serie de slogans publicitários de aprendiz e zás, numa penada ,em linha e meia "disgnostica" ( mal) "como vai este pais" como a rábula do Breyner. tudo está mal , salvo o iluminado articulista. Ora abobora para este "jornalismo" de encomenda.

Vargas Llosa

Era um escritor genial. Politicamente, era um reacionário. Às vezes, acontece. Na minha hierarquia íntima de admiração, alguns desses criado...