terça-feira, novembro 05, 2019

Um país, dois sistemas


A estação é finaça, do Calatrava. À volta, a arquitetura, quase deslumbrante, é sei lá de quem famoso. Logo ali em baixo, a esta hora, no Websummit, fala-se do 5G e das tecnologias de informação mais avançadas. Aqui, no Alfa Pendular, o Wifi não funciona. Que a CP não aprende nós já sabemos. Mas será que não têm um mínimo de vergonha?

9 comentários:

netus disse...

Há décadas que não têm vergonha.
E a descarada ausência de vergonha na cara está no "fácies" dos sucessivos gestores e sobretudo nos dos sucessivos políticos /ministros e ajudantes que com tudo isto condescendem.
António Cabral

Portugalredecouvertes disse...


Sr. Embaixador,
talvez a CP esteja a oferecer uma viagem "free radiation" ?!

António disse...

Vergonha de quê? Alguém se pode mudar para a concorrência?

João Cabral disse...

E ainda há quem jogue as mãos à cabeça quando se fala da privatização da CP.

Anónimo disse...

Também se poderá questionar porque é que em Portugal, o País que organiza o maior evento de novas tecnologias do Mundo, e no qual poucos portugueses têm acesso, tal o preço das entradas, ainda encontrarmos o acesso à internet com preços estapafúrdios e com uma qualidade duvidosa. Porque é que as cidades ainda não disponibilizaram internet gratuita em todas as vias? Porque é que no interior ainda há inúmeros locais que o acesso à internet é uma miragem mesmo usando dados móveis?...

Vitor Nunes disse...

Sobre o Wifi da CP, como todos os wifi deste mundo, liga-se a uma rede global (chamemos-lhe assim). No caso ao que parece liga-se através dum "router" (em cada carruagem) a um dos operadores móveis (seja ele qual for). A cobertura dos operadores móveis na linha do Norte (ou do Sul) é o que é, mas é da responsabilidade deles. Seguramente já ouviu muitos dos seus companheiros de viagem dizerem repetidamente “estás-me a ouvir …não tenho rede”. Se é assim na conversa imagine-se nos dados (que é o caso).
A CP pode não ter vergonha em muitas coisas (e não tem) mas a cobertura da rede de comunicações móveis não faz parte das suas responsabilidades. A vergonha é de quem a não faz (aplica-se aos 3 operadores e no caso a um deles) e de quem a verifica (o regulador?).
Realmente a estação é do Calatrava (finaça), só que não serve para aquilo (quem a usa sabe).

dor em baixa disse...

Arquitetura finaça, a de Calatrava. Juntou uma imagem do Aqueduto das Águas Livres a outra dos pinheiros do Castelo de S. Jorge e aí está uma coisa de se ver. De se ver apenas, porque queixam-se os utilizadores quando ali esperam o comboio que não se aguentam a chuva, o vento e o frio.

Luís Lavoura disse...

Tal como o Vítor Nunes diz e eu já tinha sugerido, o problema do wifi na CP não deve ser realmente da CP, mas sim da cobertura das redes móveis. Há muitos locais ao longo das linhas férreas onde a rede móvel não chega, ou chega com sinal fraco. Já por diversas vezes me aconteceu, ao falar ao telemóvel no comboio, a chamada cair por falta de sinal.
Quem tem que fazer os investimentos são as redes móveis, não a CP. E quem tem que mandar vir se as coisas não funcionarem é a Autoridade Nacional de Telecomunicações.
Já agora, duvido que o problema ocorra na Estação do Oriente, onde certamente há sinal wifi.

Anónimo disse...

O Calatrava (pegando no comentário de Vítor Nunes), faz coisas bonitas mas...
Pode ser azar meu mas as duas estações que conheço (Lisboa e Liège), sofrem do mesmo problema: o vento entra lá dentro e são muito desconfortáveis para quem espera nos cais.

Quanto à questão da internet, posso dizer que a internet móvel (quer no telefone, quer no router para o PC), funcionam em quase toda a viagem. A da carruagem, está sempre em baixo.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...