Na passada semana, na minha coluna no “Jornal de Notícias”, falei da deputada do Livre e daquilo que pensava ser nefasto numa parte da sua agenda política. Recebi uma (já esperada) revoada de críticas, sendo mesmo acusado de racismo e de anti-feminismo, em várias áreas das redes sociais. Aparentemente, e não obstante eu ter defendido a senhora, aquando do surgimento da bandeira da Guiné-Bissau na noite da sua eleição, o facto de se tratar de uma mulher negra e de esquerda deveria ter-me inibido de criticar as suas posições. E houve mesmo quem se interrogasse sobre a oportunidade daquele meu artigo. Neste último caso, mas só neste, reconheço que tinham plena razão: eu devia ter esperado uma semana mais para ter motivos para escrever sobre ela...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Agostinho Jardim Gonçalves
Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...
5 comentários:
Mas deixe lá, Sr. Embaixador.
Parece que ainda vai ter muito que escrever, sobre ela e não só.
Ela decidiu guerrear o partido pelo qual foi eleita (embora diga que se elegeu sozinha!)
Entretanto, o Mamadou Ba do SOS Racismo também decidiu sair do BE.
Estaremos prestes a assistir ao nascimento de algo perigoso, este sim verdadeiramente incentivador de atitudes racistas?
O pior é que a senhora já ameaçou que ficava onde estava e ninguém a faria deixar a « bancada « onde se sentou ...
Anónimo, nenhum deputado pode ser forçado a abandonar o lugar para o qual foi eleito. Já houve, por exemplo, muitos dissidentes do PCP que continuaram como deputados até ao final da legislatura.
Se o Livre escolheu mal a sua candidata principal, isso é problema dele (Livre). A Joacine, essa tem todo o direito e toda a legitimidade para continuar no lugar para o qual foi eleita.
É o Políticamente Correcto Sr. Embaixador. Quando lhe começarem a censurar artigos será menos cordato com os radicais da parvoeira. Eu estou banido em blogues de esquerda radical e de direita radical (e de vez em quando aqui também). Banido por fazer perguntas, note-se - aparentemente os radicais só pregam a convertidos, o que, diga-se de passagem, é estupidez.
É o colapso do Livre. Um projeto que até parecia ter interesse. Joacine Moreira tem culpa, por ser o quê é, uma pessoa com péssimos dons de oratória para o cargo que ocupa e, em termos técnicos, totalmente impreparada. Porém, a direção do Livre tb tem culpas: nunca a deveriam ter escolhido como cabeça de lista. Agora, aguentem (e nós todos, que martírio ter de "ouvir" as intervenções de Joacine Moreira no Parlamento).
Enviar um comentário