Continuando num registo de roupa, ontem brincava com um amigo a propósito do seu magnífico sobretudo bege, coisa "fina", da "Burberry", que devia ter custado uma nota.
E lembrei-me da história que o meu amigo Chico Trindade Lopes costuma contar, sobre uma figura popular de Viana do Castelo, dos anos 60 e 70.
Era o Vilaça, "chofér de praça" que parava na avenida central da cidade, creio que em frente ao "Viana Mar". O que mais distinguia o Vilaça era a sua voz rouca, cava, em que dizia graçolas num tom inconfundível e único. O pessoal mais novo mandava-lhe umas bocas, a que o Vilaça reagia à sua maneira, às vezes um tanto bruta.
Um dia, no tempo frio, o Vilaça surgiu com um longo sobretudo azul, comprido, de grande estilo. A surpresa geral com aquele novo adorno do Vilaça, que contrastava com a modéstia da roupa do resto do ano, foi imensa. O sobretudo era mote para graças, mas o Vilaça não se deixava abater com elas. E, naquela sua rouquidão funda, o Vilaça respondia, forte e desafiante, ao pessoal: "No inverno é que se vê quem tem roupa!". E arrumou a conversa! Grande Vilaça!
E lembrei-me da história que o meu amigo Chico Trindade Lopes costuma contar, sobre uma figura popular de Viana do Castelo, dos anos 60 e 70.
Era o Vilaça, "chofér de praça" que parava na avenida central da cidade, creio que em frente ao "Viana Mar". O que mais distinguia o Vilaça era a sua voz rouca, cava, em que dizia graçolas num tom inconfundível e único. O pessoal mais novo mandava-lhe umas bocas, a que o Vilaça reagia à sua maneira, às vezes um tanto bruta.
Um dia, no tempo frio, o Vilaça surgiu com um longo sobretudo azul, comprido, de grande estilo. A surpresa geral com aquele novo adorno do Vilaça, que contrastava com a modéstia da roupa do resto do ano, foi imensa. O sobretudo era mote para graças, mas o Vilaça não se deixava abater com elas. E, naquela sua rouquidão funda, o Vilaça respondia, forte e desafiante, ao pessoal: "No inverno é que se vê quem tem roupa!". E arrumou a conversa! Grande Vilaça!