terça-feira, fevereiro 07, 2017

Cavaco


Aníbal Cavaco Silva anuncia um livro de memórias. A editora arranjou-lhe um título modernaço, que sugere as conversas semanais com os primeiros-ministros, tidas às quintas-feiras. Vou ler, claro, não porque espere grande coisa deste volume - a julgar pelo anterior - mas porque sou um incorrigível leitor das coisas políticas. Quero com isto dizer que, à parte os não-livros (coletâneas de discursos), leio dessa área quase tudo o que sai. Confesso mesmo que li as memórias de Américo Tomás... 

Este tipo de livros destina-se sempre a controlar o débito da História a respeito de quem ela trata. A menos que Cavaco Silva nos reserve alguma surpresa, não creio que este volume tenha condições de o salvar daquela que foi uma saída muito triste da política. E, curiosamente, tivesse tido ele outro comportamento como presidente (mas, nesse caso, talvez não se chamasse Aníbal Cavaco Silva) e o saldo poderia ter sido outro. Mas isso é uma longa conversa.

4 comentários:

Anónimo disse...

De quando o Américo Thomas esteve nos pára-quedistas?
Guess who?

Luís Lavoura disse...

Se o Francisco é um leitor compulsivo de livros sobre política, será que também leu o "Eu e os políticos" de José António Saraiva?

Francisco Seixas da Costa disse...

Essa agora, Luis Lavoura! Está na mesinha de cabeceira...

Anónimo disse...

Tirando história referente a uma pessoa do meio jornalístico e de um ex-governante em tempos já tirado do armário não ouvi nada que Saraiva já não tivesse contado noutros lugares. Não percebi o escândalo alargado por algo tão serôdio. Das outras vezes não lhes tinha ocorrido o escândalo, quando parecia já haver o mesmo tipo de material a menos de duas figuras. Deve ser por uma delas (e não a referida personalidade do meio jornalístico) ter tantos apreciadores nas redacções.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...