Olhamos para esta comunicação nas redes sociais e rimo-nos. Nos dias de hoje, aceitamos que, com Trump, já tudo é possível. Mas o que é verdadeiramente assustador é que mais de 70 milhões de americanos apoiam-no e parece acharem este comportamento normal.
12 comentários:
Vou já comprar antes que esgote!
o que é verdadeiramente assustador é que mais de 70 milhões de americanos apoiam-no
Sendo a alternativa a que é - um Partido Democrata que quer continuamente por os EUA em guerra - é compreensível e adequado que o apoiem.
Se se quer que esses 70 milhões deixem de o apoiar, é preciso dar-lhes uma boa alternativa.
Em suma, a culpa não é de Trump, a culpa é do Partido Democrata.
Já não há mais adjectivos para qualificar Trump e a maioria dos americanos. Quando uma maioria apoia a politica exterior do seu país, que conduz uma matilha de lobos capaz do pior, como se pode ter confiança em lideres que se identificam ao pior dos crimes que consiste a tirar lucros dum genocídio? *
A guerra é um negócio. Genocídio também. O último relatório apresentado por Francesca Albanese, Relatora Especial sobre os Territórios Palestinianos Ocupados, lista 48 empresas e instituições, incluindo a Palantir Technologies Inc., a Lockheed Martin, a Alphabet Inc., a Amazon, a International Business Machine Corporation (IBM), a Caterpillar Inc., a Microsoft Corporation e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), juntamente com bancos e empresas financeiras como a Blackrock, seguradoras, imobiliárias e instituições de caridade, que, em violação do direito internacional, estão a lucrar milhares de milhões com a ocupação e o genocídio de palestinianos.
O relatório, que inclui uma base de dados de mais de mil entidades empresariais que colaboram com Israel, exige que estas empresas e instituições quebrem laços com Israel ou sejam responsabilizadas por cumplicidade em crimes de guerra. O relatório descreve a "ocupação perpétua" de Israel como "o campo de testes ideal para os fabricantes de armas e as grandes empresas tecnológicas — proporcionando uma oferta e procura significativas, pouca supervisão e responsabilidade zero — enquanto os investidores e as instituições públicas e privadas lucram livremente".
Claro que sabíamos todos disto, mas quando são os autores do genocídio que confessam, pela voz dum grande jornal : New York Times
Qual a política de Trump em relação à guerra na Ucrânia? Resposta: tentar terminá-la.
Que fez Trump em relação à guerra Israel-Irão? Resposta: acabou com ela (fingindo apoiar Israel, mas na verdade obrigando-o a parar).
Qual foi ou teria sido a política do Partido Democrata em relação a essas guerras? Em ambos os casos, atiçá-las e envolver os EUA nelas.
Isso é que conta. O resto, os perfumes, isso não interessa nada.
É pena que o Francisco, e outras pessoas do quadrante político dele, não entendam isto.
já sabemos que o trump aproveita qualquer coisa para fazer bom dinheiro (como se viu na forma como induziu, via tarifas, a queda dos mercados para lucrar com as cripto). mas isto é patético.
Li, como sempre, com grande interesse, o comentário do leitor Joaquim de Freitas.
a) P. Rufino
Dentro em breve também teremos um Trump Mobile T1 Phone, mais uma "venture" da empresa gerida pelos filhos do "pacifista-que-acaba-com-as-guerras-todas", que está em pré-venda a 599 USD e pelo que se vai sabendo não faz grande figura perante telefones de gama média-baixa, à exceção da piroseira da cor dourada.
Temos os mesmos jornalistas e comentadores por aqui…Recentemente, grande parte do noticiário das 20h00 do France 2, apresentado por Laurent Delahousse, foi dedicado ao ataque dos EUA ao Irão.
Claramente, esta estava longe de ser uma apresentação equilibrada. O tom do jornalista, bem como o dos seus colegas, era de fascínio, até mesmo de admiração, pela operação americana.
Era como se estivéssemos em 1991, na altura da primeira Guerra do Golfo, quando os jornalistas, confinados nos seus estúdios, brincavam a assustar-se uns aos outros insuflando a "ameaça iraquiana" (o 4º maior exército do mundo), perante uma armada que representava uma proporção de poder de pelo menos 100 para 1.
Foi nesta altura que os primeiros "especialistas militares" apareceram na televisão, sob a forma de generais reformados, orgulhosos da sua súbita celebridade.. Um desses especialistas, o General da Força Aérea Patrick Dutartre, foi convidado de Laurent Delahousse. Uma das primeiras declarações do general consistiu, precisamente, em referir-se à primeira Guerra do Golfo.
Ah…“Uma operação americana, mas nada poderia ter sido feito sem o trabalho, antes de mais, dos israelitas em terra. Neste contexto, o termo "trabalho" tem uma conotação eminentemente positiva. Delahousse fala dela como uma operação pacífica, uma operação de engenharia civil em grande escala.
O general chega a dizer estas palavras surpreendentes: "Os israelitas fizeram um trabalho enorme de suprimir, digamos assim, as ameaças. Mas, apesar destas precauções, os americanos fizeram de tudo, por precaução, para destruir estes sistemas [isto é, antiaéreos] e foram muito, muito raramente “agredidos” [sic!]. Que inversão!
Eis uma hiperpotência, talvez com uma relação de poder de 10.000 para 1 em relação a um país que não lhe fez nada, que não representa nenhuma ameaça, que a ataca sem aviso, e seria esta hiperpotência predadora a vítima, a atacada? Não nos faz isto lembrar o frasco de Colin Powell, brandida no pódio das Nações Unidas em 2003, um frasquito que supostamente continha amostras de produtos iraquianos mortíferos, e, no entanto, cheia... de pó de Perlimpinpin?
Durante a entrevista, o General Dutartre fez uma observação reveladora: diz que este bombardeamento de instalações nucleares iranianas é também um aviso indirecto a Putin, Kim Jong-Un e Xi Jinping.
Uma forma de dizer: o que nós, americanos, fazemos aos iranianos também pode fazer a vós, russos, norte-coreanos, chineses. [No que ele se está a iludir]. Mas isto também lança luz, em retrospectiva, sobre a utilização da bomba atómica em 1945 contra Hiroshima e Nagasaki. Pois estas bombas não só eram (para além do seu aspecto racista) destinadas a um Japão já derrotado, como também tinham como objectivo intimidar Estaline e congelá-lo na Europa.
Evidentemente que tudo isto passa “comme une lettre à la poste” como se diz por aqui, porque os europeus estão sob o poder da chapa de chumbo mediática que os asfixia. ..
Trump é o que sempre foi, um homem de negócios. Não vejo nada de extraordinário. Se uns lançam livros ou cobram fortunas por meia hora de conversa (muitas vezes de chacha), porque não há-de o homem lançar um perfume seu? Seria conveniente esperar pelo fim do cargo, mas isso seria esperar demais da personagem.
Correcção, senhor embaixador: parecem achar.
Está errado, João Cabral. Escreve-se como eu escrevi
Senhor embaixador, há gramáticos que admitem as duas formas, mas há-de convir que, neste caso, estando flexionado já um verbo anterior ("apoiam"), a flexão em "acharem", saltando o verbo auxiliar "parecer", é eufonicamente um choque.
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