domingo, julho 21, 2024

A vítima

Há uma "vítima" do dia de hoje: o atentado contra Donald Trump. A partir de agora, deixou de ser assunto.

1 comentário:

manuel campos disse...


Se o jornal de hoje já só serve para embrulhar o peixe de amanhã desde que há jornais, é para mim evidente que nestes tempos, em que o "clic" comanda a vida de quase toda a gente, o atentado já teria passado à História como algo de essencial aos acontecimentos que se avizinhassem uma semana depois, mesmo sem estes últimos factos.
De resto os jornais e as revistas americanas que consultei na última hora já nem falam nisso ou apenas abordam aspectos laterais como os das falhas de segurança.

Ora não se falar mais nisso parece-me bom para as duas campanhas.
A excessiva eventual “vitimização” à custa do dito acaba por cansar, a excessiva eventual “negação” de que o dito teve lugar também acaba por cansar.

Este é aliás um ponto estranho para mim.
Se os Serviços Secretos, o FBI e outras autoridades nestas coisas reconhecem os factos e os seus falhanços, não estando estes de modo algum ao serviço de Trump e dos republicanos, como é que se consegue continuar ter a certeza que nada daquilo terá sido assim como eles confirmam?
É que basta ter umas noções dos modos sofisticadíssimos de verificação dos factos de qualquer polícia de investigação que se preze e seguir-lhe as notícias no original, dado que a língua portuguesa é traiçoeira e ainda mais quando a atraiçoam.
Usa-se e abusa-se da tradução automática na nossa CS, estamos a ler e damos logo por isso pois é literal demais, depois sai o que saír ou o que convenha que saia a cada autor, se há “Tradutor, traidor (Traduttore, traditore)” então o automático bate-os a todos com eventuais ajudinhas finais.
Portanto leio os artigos no original sempre que possível e os livros também, ainda que haja traduções magníficas.

Posto isto vou tratar de um assunto sério e ainda demoro uma meia hora até lá chegar: um belíssimo “ensopado de enguias” já encomendado logo de manhã antes que esgotasse.

Augusto M. Seabra

Eu tinha entrado por concurso público para as Necessidades em 1975. Há já uns anos que saíra do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (a...