quinta-feira, julho 18, 2024

Vale tudo!

Afirmar-se abertamente a favor de Trump não é para todos. Ainda havia uma réstea de vergonha que levava ao recato de alguns. Mas a expetativa de que Trump, se ganhar, pode vir a deixar cair a Ucrânia começa a fazer "baixar a guarda" da decência. Trump? O Donbass vale bem isso!

2 comentários:

Joaquim de Freitas disse...


Ninguém sabe realmente como serão as eleições nos EUA, mas é certo que quem quer que seja o presidente também liderará a UE.

A controvérsia política sobre a competência ou representatividade dos líderes europeus é garantida, mas o principal é que a escolha do triunvirato governante da UE seja caracterizada por uma espécie de ramificação da NATO construída em torno da guerra contra a Rússia e políticas de austeridade.

Dizem: guerra contra a Rússia até a vitória. Mas este slogan significa o quê? - Se tudo correr bem - a continuação da guerra em curso e do horrível massacre durante os próximos anos.

Se, por outro lado, as coisas correrem mal, a escalada conduzirá a uma guerra nuclear num futuro próximo, da qual a Europa será o principal teatro de guerra. Em qualquer caso, as mortes serão acrescentadas a políticas de austeridade que reduzirão os direitos sociais e financiarão os gastos militares. Quando vejo a dívida da França, não foi só o Covid, mas a Ucrânia que sugou os meus impostos…

A escolha da UE de acentuar o seu papel na guerra do Donbass não tem nada a ver com os interesses dos povos europeus, mas corresponde exactamente aos interesses das elites americanas. Por três razões fundamentais:

Com o empenho cada vez mais forte da Europa e o disparo de mísseis em território russo, espera-se que a guerra se estenda para além das fronteiras ucranianas e envolva directamente a Europa, tanto a nível territorial como em termos de empenho dos soldados.
Até agora, foi a Ucrânia que travou a guerra em nome dos Estados Unidos; provavelmente amanhã será a Europa que desempenhará este papel suicida;

- A guerra, causada pela política dos EUA de alargamento da NATO e pelo incumprimento dos acordos de Minsk, foi, inicialmente, largamente financiada pelo país. Hoje, os custos transferem-se gradualmente para os ombros dos países europeus, que se vêem obrigados a financiar a guerra com o risco de que, no final do ano, os Estados Unidos fechem definitivamente as torneiras. Salvo se um segundo atirador já se encontra num telhado qualquer de Washington..

É óbvio que a enorme despesa militar irá aumentar e, portanto, reduzir os recursos dedicados ao bem-estar, ao investimento e à inovação.

A guerra que o triunvirato da UE considera a sua própria guerra pretende, portanto, agravar as políticas de austeridade e o sofrimento social dos povos europeus.

A ruptura brutal nas relações entre a Europa e a Rússia está a penalizar dramaticamente a competitividade da indústria alemã e, portanto, do complexo industrial europeu: a falta de matérias-primas baratas fornecidas pela Rússia já arrastou a economia alemã para a recessão. É óbvio que a economia italiana e a de vários outros países europeus estão inextrincavelmente ligadas ao aparelho industrial alemão, e que também nós estamos destinados a seguir o seu destino.

A escolha da guerra total por parte dos líderes da UE “renovada” conduz, portanto – para além dos riscos directos da guerra – à devastação económica e social da Europa. Os Estados Unidos agradecem por não terem mais que gastar um centavo ou colocar um homem para continuar uma guerra que queriam manter a Rússia presa num “Afeganistão” europeu.

Em suma, precisamos de uma greve geral contra a guerra na Ucrânia e para acabar com a loucura.

a_a disse...

réstia

A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...