Se fosse só um terrível dilema ainda vá que não vá. O que é dramático é quando é mesmo um cruel dilema.
Por aqui evitam-se as bolas de Berlim com creme, um por umas razões e o outro por outras, no meu caso particular por profundos e complexos traumas de infância onde só tinha acesso a bolas sem creme, ficou-me o gosto na boca e nunca apreciei as outras. Claro que na falta cada vez mais frequente das bolas sem creme, lá marcham as com creme, que reconheço não me desiludem gustativamente, mas não são de facto as minhas preferidas.
Resta informar que fomos há pouco ali ao supermercado (PD passe a publicidade) reabastecer a dispensa aqui do nosso “algures” e lá vieram 3 bolas de Berlim com creme, decisão cuja responsabilidade recai totalmente neste seu post, ainda que difícil de provar em caso de acusação. E vieram aquelas porque, como já não há sem creme, as alternativas eram muito piores, à semelhança de outras situações gastronómicas vale tudo para se ser original nos gostos.
Provada a bola de Berlim era sofrível, é sempre. Como é evidente já não há bolas de Berlim como antigamente e isto não tem nada de saudosismo, os ingredientes sabe-se lá de onde vêm, os ovos em pastelaria já não são mesmo ovos, os equipamentos são industriais.
Bola de Berlim é a da praia, por mais manhosa que seja a origem sabe-nos sempre melhor que a da mais reputada pastelaria do país. E se caír na areia e tivermos que a sacudir, melhor ainda.
Sempre com creme! E sim, na praia, por mais ordinário que seja o dito creme sabem sempre bem, mas das que me alcançaram o palato até hoje, nada supera o das da Pastelaria Pingo de Mel (sita no Bairro Azul, Caldas da Rainha).
É mais ou menos como mastigar o açúcar que lá vem mas em mais duro.
Agora talvez que os familiares vão a correr comprar outra bola aos meninos, mas nem sempre foi assim para todos, houve tempos em que era aquela e pronto. E eu sou desse tempo.
E olhe que estes dentes são todos meus: já os paguei.
Era alfarroba ou algo do género (nem quis olhar muito) a que me referi lá atrás com o "...as alternativas eram muito piores, à semelhança de outras situações gastronómicas vale tudo para se ser original...".
Lembro-me de já nos ter falado do Bairro Azul ser o "seu" bairro em Lisboa.
Está na fronteira da Lisboa que era e da Lisboa que está a ser, penso eu que irá continuar felizmente assim dadas as suas características muito especiais que não atraem o turismo. Conheço muito bem aquilo tudo hoje em dia pois todas as semanas minha mulher tem que fazer um tratamento ali mesmo ao pé e eu passeio-me a fazer horas, que depois almoçamos e vamos às compras semanais ao supermercado do CI.
15 comentários:
Sugestão: Nos dias pares, com creme; nos ímpares, sem creme. Ao fim de semana, zero (para equilibrar os açucares).
Fernando Neves
Como dizem os italianos, absolutamente sem creme
Se fosse só um terrível dilema ainda vá que não vá.
O que é dramático é quando é mesmo um cruel dilema.
Por aqui evitam-se as bolas de Berlim com creme, um por umas razões e o outro por outras, no meu caso particular por profundos e complexos traumas de infância onde só tinha acesso a bolas sem creme, ficou-me o gosto na boca e nunca apreciei as outras.
Claro que na falta cada vez mais frequente das bolas sem creme, lá marcham as com creme, que reconheço não me desiludem gustativamente, mas não são de facto as minhas preferidas.
Resta informar que fomos há pouco ali ao supermercado (PD passe a publicidade) reabastecer a dispensa aqui do nosso “algures” e lá vieram 3 bolas de Berlim com creme, decisão cuja responsabilidade recai totalmente neste seu post, ainda que difícil de provar em caso de acusação.
E vieram aquelas porque, como já não há sem creme, as alternativas eram muito piores, à semelhança de outras situações gastronómicas vale tudo para se ser original nos gostos.
Na praia, sem creme. "Boliiiiinhas"
Provada a bola de Berlim era sofrível, é sempre.
Como é evidente já não há bolas de Berlim como antigamente e isto não tem nada de saudosismo, os ingredientes sabe-se lá de onde vêm, os ovos em pastelaria já não são mesmo ovos, os equipamentos são industriais.
Bola de Berlim é a da praia, por mais manhosa que seja a origem sabe-nos sempre melhor que a da mais reputada pastelaria do país.
E se caír na areia e tivermos que a sacudir, melhor ainda.
Manuel Campos, "E se cair na areia" até me arrepiei a pensar como seria mastigar areia :)
Sempre com creme! E sim, na praia, por mais ordinário que seja o dito creme sabem sempre bem, mas das que me alcançaram o palato até hoje, nada supera o das da Pastelaria Pingo de Mel (sita no Bairro Azul, Caldas da Rainha).
Flor
É mais ou menos como mastigar o açúcar que lá vem mas em mais duro.
Agora talvez que os familiares vão a correr comprar outra bola aos meninos, mas nem sempre foi assim para todos, houve tempos em que era aquela e pronto.
E eu sou desse tempo.
E olhe que estes dentes são todos meus: já os paguei.
O Francisco de Sousa Rodrigues nunca nos desilude no seu "bairrismo".
Todos fossem assim!
Tem de ser, Manuel Campos! Na saudosa Pastelaria Machado também tinham um creme fantástico, mas sempre preferi o conjunto da Pingo de Mel.
Por falar em "bairrismo", o "meu" bairro em Lisboa é mesmo o Bairro Azul.
Na costa mais ao sul, enfrentei um “trilema”. Sem creme, com creme e com alfarroba. Haja paciência !!!
Haja paciência, diz bem Rui Mesquita Branco.
Era alfarroba ou algo do género (nem quis olhar muito) a que me referi lá atrás com o "...as alternativas eram muito piores, à semelhança de outras situações gastronómicas vale tudo para se ser original...".
Francisco de Sousa Rodrigues
Lembro-me de já nos ter falado do Bairro Azul ser o "seu" bairro em Lisboa.
Está na fronteira da Lisboa que era e da Lisboa que está a ser, penso eu que irá continuar felizmente assim dadas as suas características muito especiais que não atraem o turismo.
Conheço muito bem aquilo tudo hoje em dia pois todas as semanas minha mulher tem que fazer um tratamento ali mesmo ao pé e eu passeio-me a fazer horas, que depois almoçamos e vamos às compras semanais ao supermercado do CI.
Manuel Campos,
Rica memória 😉
Faz muito bem, o Supercor é ótimo. Por falar no dito cujo, estou com umas saudades de umas Queijadas da Graciosa (pelo menos há uns anos vendiam-nas).
Quatorze comentários sobre uma sobremesa, prova o alto nível da gastronomia portuguesa...
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