terça-feira, setembro 26, 2023

Russofobia

A triste cena ocorrida no parlamento do Canadá, onde um equívoco histórico pôs toda a gente a saudar entusiasticamente um combatente pró-nazi, só foi possível pelo ignorante ambiente de russofobia, incapaz de separar o regime de Putin da heróica luta da URSS contra o nazismo.

49 comentários:

Anónimo disse...

Heroica luta quando viram o rabo a arder porque, antes, fizeram o célebre acordo entre a nata do regime nazi alemão e a nata do regime stalinista russo.
E enquanto a Europa ardia os manos conluiados invadiam e repartiam a Polónia fity-fity para, logo de seguida, cometerem o holocausto de Katyn.
Agora são trombetas gigantescas anunciando a bondade da desnazificação do mundo, se preciso, à bomba.
Foi bonito não é!
jose neves

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

USSR is dead, but USSR lives on.

No imaginário de muita gente é isto.

Lúcio Ferro disse...

Olé.

Joaquim de Freitas disse...


Completamente de acordo, Senhor Embaixador. Mas o Senhor arrisca-se a ser "fuzilado" ao levantar do Sol , pelos "democratas"...

"Não é coincidência" que o Canadá tenha monumentos aos líderes nacionalistas ucranianos, enquanto o governo permite que a esmagadora maioria dos veteranos nazistas como Hunka, que recebeu asilo no Canadá após o fim da Segunda Guerra Mundial, vivam "em segurança, honrados e cuidados (em particular, pela vice-primeiro-ministro Chrystia Freeland) como 'combatentes contra o comunismo russo'".

E não é só no Canada. Na realidade, muitos são aqueles que em nome do anti-comunismo visceral, se entregam ao nazismo. “Antes “Hitler que a Frente Popular”, já se dizia em França antes da guerra.

E nos blogues mais respeitáveis vê-se florescer reflexões que tendem sempre a menosprezar o sacrifício do povo soviético, ignorando-o, por vezes, da mesma maneira que celebram os EUA como o vencedor da Segunda Guerra Mundial.

A russofobia esconde-se frequentemente num discurso liberal, sob o manto da democracia. Mesmo a cultura dum povo, dum grande povo, que nao é a dum regime , nao escapa ao obscurantismo e estupidez dos algozes.

Punir Goethe e Beethoven pelos crimes nazis ?

Anónimo disse...

Ó caro Freitas, mais uma vez e sempre, tudo que vos sai do teclado é acerca da russofobia dos democratas e o resto fica na gaveta.
Se pensa que existe uma russofobia porque nasceu tal ideia? Não será uma resposta a uma ideia oposta? Ou seja porque antes nascera e prosperara uma amaricanofobia que na prática se traduz descaradamente numa atitude antidemomracia que já alastrou e quer inundar a UE e todo o dito ocidente?
Onde é que os russos perseguiram e combateram os nazis após a guerra 1939/45 ou, mesmo, tomaram alguma medida contra aos responsáveis pelo pacto Stalin-Hitler?
A URSS caiu de apodrecimento interno e não porque alguém a invadiu. O sistema instituído após a Revolução de Outubro revelou-se um fracasso prático e, sobretudo, revelou um marxismo-leninismo que aplicado resulta, necessariamente, numa tirania devido contrariar a natureza humana: a teoria da alienação marxista é um erro filosófico que custou milhões de vidas sob o stalinismo e mesmo depois.
Vós, os comunistas, perderam toda a razão pela demonstração prática da existência e vida na URSS e, agora, voltam ao ataque a quererem ressuscitar um morto que morreu de podre por inadaptação ao ser humano.
A democracia é má, dizem, e até querem-nos fazer crer que não há democracia nem os gregos inventaram qualquer democracia porque eram analfabetos mas, contudo, sendo má e ate´muito má em alguns lados é será sempre melhor e mais próximo do ser humano que as tiranias russas, chinesas, iranianas, sauditas ou até norte coreanas com quem agora se bandeiam e branqueiam.
jose neves

Luís Lavoura disse...

Afinal Putin, quando fala em "desnazificar" a Ucrânia, tem alguma razão. É que, o nacionalismo ucraniano ainda hoje continua a glorificar pessoas que estiveram, de facto, de forma nada inocente, associadas ao nazismo.

Joaquim de Freitas disse...

Oh Senhor José Neves : Então, cito-o: « Heróica luta quando viram o rabo a arder porque, antes, fizeram o célebre acordo entre a nata do regime nazi alemão e a nata do regime estalinista russo.” “? Onde leu a sua “História”?

Sabe por acaso que em 29 de Setembro de 1938, foi assinado o Acordo de Munique, sem os checoslovacos nem os soviéticos?

a)- Procure saber quem estava sentado à mesa com Hitler! –
b)- Quem autorizou a Alemanha a ocupar a região dos Sudetas
c)- Quem autorizou a Polónia a recuperar Zaolzie (Outubro de 1938)
d)— Quem autorizou a Hungria ocupar o sul da Eslováquia (Novembro de 1938)
e)- Quem autorizou a Hungria a anexar a região da Rutênia ,uma parte em Novembro de 1938, a outra em Março de 1939 (Primeira Arbitragem de Viena)

Sabia que, em Londres, Ivan Maiski, o embaixador soviético, visitou o seu homólogo checoslovaco, Jan Masaryk, que, tendo ouvido a notícia dos Acordos de Munique, disse: “Eles venderam-nos como escravos”. Eles são os ocidentais que estavam sentados à mesa com Hitler. Conhece os nomes.

Eles são a França e a Grande-Bretanha, que,“o rabo a arder” (sua expressão!) pensam salvar a paz. Eles estão seriamente enganados.

O Senhor José Neves sabia que, ao recusarem abertamente a paz oferecida pela URSS, (penso na Ucrânia !) que nunca deixou de desejar um acordo com o Ocidente, os dois países abrem indirectamente o caminho para um acordo entre a Alemanha e a URSS?

Mas foi a França, não a URSS, que, em 6 de Dezembro de 1938, durante a visita de Joachim Von Ribbentrop, assinou um pacto de amizade com os nazistas. Um banquete, para o qual os três ministros judeus do governo francês não foram convidados, foi até organizado em homenagem ao convidado alemão.

Claro, apesar das suas promessas, Hitler não parou na região dos Sudetas. Em Março de 1939, a Alemanha invadiu toda a Checoslováquia, integrando parte dela no Reich e criando uma Eslováquia satélite. Depois, no mesmo mês, tomou o porto estratégico de Memel, na Lituânia. E em breve será sobre a Polónia que Hitler terá o olho em cima!
O Reino Unido decidiu assim dar a sua garantia à Polónia em 31 de Marco de 1939, imitada pela França. Sabia que a opinião pública britânica, consciente de que o confronto é inevitável, deseja sobretudo uma aliança entre o seu país e a URSS.
E mais uma vez são os soviéticos que estão a tomar a decisão. Estaline ordenou a Litvinov, em 17 de baril de 1939, que desse o primeiro passo em direcção ao Ocidente. Este último não demorou a propor mais uma vez uma aliança militar à França e à Grã-Bretanha, incluindo a defesa da Finlândia, dos países bálticos e da Roménia contra a Alemanha. Sabia disso?


Mas o tempo falta porque os planos de Hitler para invadir a Polónia já estão prontos.
Além disso, a Polónia, ainda se recusa a permitir que o Exército Vermelho entre no seu território, mesmo para garantir a sua defesa.

Em 15 de Agosto de 1939, duas semanas antes da invasão da Polónia, as discussões entre a URSS e a Alemanha intensificaram-se e Moscovo queria ter a certeza de que o Terceiro Reich nunca atacaria o seu território. E assim, alguns dias depois, em 23 de Agosto de 1939, o pacto germano-soviético foi ratificado por Molotov para os soviéticos e por Ribbentrop para os alemães. Incluía a não agressão de ambos os países, mas também um anexo secreto, garantindo que a URSS teria liberdade para retomar todos os territórios que havia perdido no final da Primeira Guerra Mundial.
A invasão da Polónia é iminente e, através da sua estupidez, os ocidentais encontram-se agora sozinhos contra Hitler e os seus aliados.

Joaquim de Freitas disse...

Suite ao Senhor José Neves :


Para o mundo ocidental – agora alinhado atrás da bandeira estrelada – a coligação de democracias contra a hidra hitlerista está a dar lugar à coligação de democracias contra a hidra comunista.

Lançando às ortigas o esforço colossal feito pela URSS para derrubar o Terceiro Reich, o discurso dominante no Ocidente pretende infligir a Estaline uma verdadeira reductio ad hitlerum. A luta titânica entre a Wehrmacht e o Exército Vermelho, em suma, teria causado uma ilusão de óptica: tal como a árvore esconde a floresta, o seu confronto militar teria mascarado o conluio entre as duas tiranias do século. Li Hannah Arendt suficientemente …para compreender !

É por isso que a guerra nazi contra a URSS foi desde o início uma guerra total, uma guerra de extermínio (Vernichtungskrieg). Contra os novos peles-vermelhas, as directivas do Führer às suas tropas invasoras tinham imediatamente uma conotação política: os comissários políticos - especialmente se fossem judeus - seriam imediatamente executados, de acordo com a famosa Kommissarbefehl (ordem sobre os comissários).) de 6 de Junho. , 1941.
Não foi apenas o Exército Vermelho, mas todo o regime soviético que tinha de ser destruído. Uma determinação alimentada pela concepção nazi de um “Estado judaico-bolchevique” cuja destruição exigiu o extermínio dos executivos judeus que faziam funcionar o Estado soviético.

A ideologia racista nazista também definiu os povos eslavos da União Soviética como uma raça inferior de Untermenschen, subumanos. Em 30 de março de 1941, Hitler anunciou aos seus generais: “A guerra contra a Rússia é o tipo de guerra que não pode ser conduzida de maneira cavalheiresca: é uma luta entre diferentes ideologias e raças, e não pode ser conduzida a um nível sem precedentes. de violência, sem piedade ou trégua”. Linguagem que se encontra de volta sob no regima de Zelensky, que para jà so proibiu os partidos de oposiçao...

Anónimo disse...

Sim, fala à boca cheia, agora, em "desnazificar" a Ucrânia mas, antes, ainda em 1939 fez um pacto com os nazis para nazificar a Europa toda e naturalmente, tal como acordado acerca da Polónia, dividir a Europa fivty-fivty entre Hitler e Stalin. Só que, o cabo nazi enganou o soldado Stalin pois nunca pensou em dividir mas sim em incluir, inclusivamente, a própria Rússia que invadiu posteriormente após ocupar toda a Europa continental.
A hipocrisia é tanta que só agora a Rússia fala em tal quando teve 44 anos (quarenta e quatro) todo o seu poder absoluto sobre a Ucrânia, que aplicou contra o seu povo e os ucranianos, e nunca se lembrou de promover e executar essa tal, agora, tão necessária e trombeteada desnazificação.
É preciso ler e reler muito, especialmente a história das ideias, para termos uma ideia geral racional dos acontecimentos, contudo quando a natureza foi parca na concessão de inteligência, pouco ou nada há a fazer.
jose neves

Unknown disse...

A russofobia, que actualmente se respira, tem toda a justificação. Não é o povo russo que tolera Putin, o elege e reelege?

Joaquim de Freitas disse...

José Neves : A russofobia dos democratas nao me incomoda ! Mas a dos fascistas, dos nazistas e do ignorantes, - a grande maioria- é que me incomoda. Porque aceitam que se proíba os partidos politicos, e nao so os comunistas, que as orquestras russas , os maestros, os músicos, as obras musicais sejam programadas no Ocidente, que a literatura russa seja interdita, que os professores ensinem nas universidades ocidentais, que os desportistas de todos os desportos se exibam no Ocidente e participem nos jogos olímpicos e todas competições desportivas, que os media russos sejam publicados no Ocidente, etc, etc?

Deveríamos punir Goethe ou Mozart pelos abusos cometidos pela Alemanha nazista? Deveríamos queimar todos os livros alemães só porque são alemães? Como podemos viver sem Dostoiévski e Tchaikovsky? Alguns dos melhores compositores do mundo são russos. A cultura russa não é a música de um governo, de um chefe de estado. A cultura russa é a cultura de todo um povo, a canção de um povo, de um grande povo. Na Rússia, teatros inteiros estão repletos apenas de poesia. Tente encher uma sala com um poeta na França e verá como é difícil. E em Portugal ? A riqueza da cultura seria perdida se amanhã não houvesse mais obras russas chegando até nós.

Isto é, tudo aquilo que o Ocidente acusa os russos de praticar no seu pais, em relação ao Ocidente.

Isto no campo cultural . No sector economico é tudo o que se sabe , mesmo se se transforma em tiro nos pés...

Francisco F disse...

O José Neves esqueceu-se ainda de outros aspetos "heroicos" da URSS:

- perseguição e entrega de judeus aos alemães
- massacre de oficiais do exército polaco
- política de carne para canhão (dois soldados para uma espingarda, por exemplo)
- negação de auxílio aos polacos aquando da revolta de Varsóvia
- táticas terroristas aplicadas aos próprios soldados para os forçar a combater
- abandono à fome e frio de prisioneiros de guerra alemães
- violações em massa de mulheres alemãs (1,4 milhões segundo o Anthony Beevor)
- roubos e pilhagens generalizados
- opressão das populações conquistadas
- ostracização e castigo dos prisioneiros russos em campos alemães
- imposição de ditaduras políticas

E há sempre aquele pormenorzinho esquecido relativo à ajuda americana ao abrigo do programa "Lend and Lease", que permitiu dotar o Exército Vermelho de camiões de transporte de material e pessoal.

Unknown disse...

A russofobia que sinto é, bem entendido, não em relação a todos os russos nem à cultura russa mas em relação aos russos que apoiam a invasão da Ucrânia, que são, provavelmente, a maioria. Por isso, não tenho visitado a Rússia...

Anónimo disse...

O pacto Hitler-Staline foi um facto que vem em todas as histórias e não apenas na "minha história" e é tão historicamente conhecida que não pode ser apagada como as fotos de Trotsky.
E como diz aconteceu mesmo na data de vésperas da invasão da Polónia. Pode o senhor Freitas invocar, tal como agora fazem em relação à Ucrânia, mil casos de "culpas" havidas antes (provavelmente tão duvidosas como é a "História da URRS da autoria de Stalin) que nada apaga a crueldade do pacto russo-germânico na véspera de invadir a Polónia, para mais, com uma clausula secreta para a divisão fivty-fivty da Polõnia entre comunistas e nazis. Sempre em nome da proteção, tal como agora na Ucrânia, as minorias russófilas locais, contudo, mal tomaram conta do território cometeram o holocausto de katyn no qual liquidaram, entre quarenta mil polacos, 15 mil oficiais do exército polaco.
Diz que sabe porque leu Hannah Arendt mas não parece, pois, não basta ler de olhadela ou través para saber. Se ler, não apenas a Terceira Parte o "Totalitarismo" mas desde o princípio o livro "Origens do Totalitarismo" verá claramente como o nazismo e o stalinismo, um baseado na "raça" superior e outro baseado na "classe" superior copiavam as leis um do outro e se tornaram socialmente parecidos.
Calma senhor Freitas, pois, que a Rússia é um império de conquista do povo europeu eslavo Russo sobre todos os antigos povos asiáticos e portanto de cultura europeia; até o Voltaire esteve anos ao serviço da Catarina. Logo a cultura russa é uma cultura europeia que nenhum democrata escamoteia ou duvida da sua grandeza; Harol Bloom coloca Tolstoi no cânon da cultura ocidental. Mas atenção, senhor Freitas, a grande cultura russa-europeia é, toda ela, anterior ao regime da URSS. Stalin prescreveu qual o cinema, qual a pintura, qual a música, qual a história, qual a literatura que era obrigatória observar na URSS para além de proibir Freud e o estudo da psicanálise ou psicologia das escolas; no cinema, como em muitas artes intrometeu-se diretamente na autoria tal qual como fez com a sua "História da Rússia" ou como apagou Trotsky das fotos históricas da Revolução. Entrou em conflito com Eisenstein, com Chostocovith, com Solgenitsine e com praticamente todos grandes homens russos do seu tempo.
Culturalmente, a URSS, não produziu nada que voltasse a deixar marca, nem de longe, da anterior cultura russa.
jose neves

Joaquim de Freitas disse...

Descobrimos aqui, em alguns comentários, ao mesmo tempo, aqueles que tentam fazer esquecer Auschwitz e Treblinka ,não como incidentes, não como acidentes, mas como uma continuidade desde aquele dia desastroso de 1830, quando a fera imunda aterrou nas nossas terras.

“Você aprende a ver, em vez de ficar com os olhos arregalados... O útero ainda é fértil, do qual surgiu a fera imunda.”

Ele está fértil, mas não livre de abortos espontâneos, na mesma noite negra, Praça Maidan, em Santiago do Chile, em Cabul como em Guantanamo. E amanhà , com nomes diferentes, "chez nous" ?

.

Joaquim de Freitas disse...

Do Senhor José Neves : "Culturalmente, a URSS, não produziu nada que voltasse a deixar marca, nem de longe, da anterior cultura russa".

Calma Senhor José Neves: esse era o argumento do homem que sacava da pistola cada vez que ouvia falar de "kultura". Um pouco mais e o Senhor vai escorregar no "untermenschen"...

O argumento mais forte do seu texto ainda é este: "o nazismo e o stalinismo, um baseado na "raça" superior e outro baseado na "classe" superior copiavam as leis um do outro e se tornaram socialmente parecidos".

Ora ora, Senhor Neves ! O Senhor nao inventa nada! Um velho sonho dos nazistas.

Em Setembro de 2019, o Parlamento Europeu votou a favor de uma resolução que coloca o comunismo e o nazismo no mesmo nível, com a direita, os liberais e a extrema direita, mas também, infelizmente, os socialistas, os social-democratas e os ambientalistas.

O que aconteceu na ONU confirma a todos aqueles que poderiam duvidar do verdadeiro objectivo desta vergonhosa equivalência entre o comunismo e o nazismo, infelizmente assumida em França por muitos intelectuais e forças políticas, mesmo no programa oficial de história, nas faculdades.

Uma sondagem entre adolescentes revelou que a maioria acreditava que Hitler e Estaline eram aliados na Segunda Guerra Mundial, embora todos os nossos avós celebrassem a vitória em Estalinegrado como o ponto de viragem da guerra, monopolizando ao mesmo tempo os recursos do Reich. e finalmente permitindo o desembarque no Ocidente.

Aqueles que querem fazer as pessoas acreditarem que o comunismo equivale ao nazismo são antes de tudo aqueles que lutam contra qualquer alternativa ao capitalismo, qualquer ideia de outra sociedade, que querem proibir pensar numa sociedade que dá poder a quem trabalha contra quem possuir.

Ao associar o comunismo e o nazismo, procuram criar as condições para a proibição das ideias comunistas, começando pelos símbolos, e depois proibindo os partidos políticos, como na Lituânia ou, portanto, em Espanha...

Na sequência desta resolução, em Espanha, a direita conservadora, herdeira do ditador Franco, tentou no Congresso condenar o “totalitarismo comunista”, colocando-o no mesmo nível do “totalitarismo nazi”.

Mas são os neonazistas que estão esfregando as mãos, porque na verdade quem proíbe os comunistas é quem legaliza os nazistas! Vemos desfiles da SS nos países bálticos, na Ucrânia e em todos os lugares onde a extrema direita é organizada na Alemanha, Áustria, Itália…

Quando vemos o que podem tornar-se os apoiantes de Trump que saqueiam o Capitólio, compreendemos melhor que o verdadeiro desafio do anticomunismo é reconstruir as bases sociais do fascismo...

A resolução sobre a qual a França se absteve expressou a sua “profunda preocupação com a glorificação do nazismo, do neonazismo e dos antigos membros da Waffen-SS” sob qualquer forma. A resolução enfatizou que “o neonazismo é mais do que a glorificação de um movimento passado: é um fenómeno contemporâneo”. Movimentos neonazistas e similares “alimentam formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, anti-semitismo, islamofobia, cristianofobia, xenofobia e intolerância relacionada”.

É urgente que o anti-fascismo recupere o seu lugar na cultura política progressista...

Sabemos que ministros neonazis participaram abertamente no governo da Ucrânia, com o apoio dos países ocidentais…


Convido-o a saltar desse comboio, Senhor José Neves

Francisco F disse...

Devia haver uma espécie de "muro da vergonha" para pendurar a cara(tonha) de pessoas que passam a vida a colocar aqui textos copiados à letra ou traduzidos pela Google.

É que se nota logo...

Joaquim de Freitas disse...

Francisco F; que escreve : violações em massa de mulheres alemãs (1,4 milhões segundo o Anthony Beevor)/

Vous fazer do "whataboutismo" ; Oh Senhor Francisco FF: Que grande novidade ! Nao sabia que todos os exércitos do mundo praticam esse crime?

Leia entao: No outono de 1944, as tropas francesas e americanas à beira do confronto
Três meses após o Dia D, os normandos não aguentavam mais os abusos dos soldados que os libertaram.


« Des scènes de sauvagerie et de bestialité désolent nos campagnes. On pille, on viole, on assassine, toute sécurité a disparu aussi bien à domicile que par nos chemins. C'est une véritable terreur qui sème l'épouvante. L'exaspération des populations est à son comble. » Le 17 octobre 1944, quatre mois et demi après le Débarquement en Normandie, La Presse cherbourgeoise, quotidien local de Cherbourg, publie cette mise en garde sous le titre « Très sérieux avertissement ».

À l'automne 44, ceux qui pillent, violent et assassinent sont les Américains : le journal accuse les libérateurs de se comporter en soudards dans un pays conquis. Comment un tel paradoxe deux mois après la fin des combats en Normandie ?
“Cenas de selvageria e bestialidade desolam nosso campo. Pilhamos, violamos, assassinamos, toda a segurança desapareceu tanto em casa como nas nossas estradas. É um verdadeiro terror que semeia terror. A exasperação das populações está no seu auge. » Em 17 de outubro de 1944, quatro meses e meio após o desembarque na Normandia, La Presse cherbourgeoise, o jornal diário local de Cherbourg, publicou este aviso sob o título “Aviso muito sério”.

No outono de 44, quem pilhava, violava e assassinava eram os americanos: o jornal acusava os libertadores de se comportarem como bandidos num país conquistado. Como pode tal paradoxo ocorrer dois meses após o fim dos combates na Normandia?

Os armazéns de Cotentin mobilizam soldados em grande número: os 430 mil habitantes do departamento da Mancha vivem ao lado de 120 mil soldados americanos, incluindo 50 mil afro-americanos. Desde o início, a coabitação, que continuou até 1946, não parecia fácil: “O entusiasmo dos normandos pelas forças anglo-americanas corre o risco de ser revertido proporcionalmente à duração da nossa estadia na Normandia.», Alertou o 1.º Exército Americano em o verão de 1944.

O historiador Michel Boivin registrou 206 estupros de origem americana. Segundo a Polícia Militar, “80 a 85% dos crimes graves (estupro, homicídio) foram cometidos por militares de cor”. O exército americano da década de 1940 era, tal como o país, segregacionista. Em Cherbourg, existem dois centros da Cruz Vermelha: um para soldados brancos e outro para negros.

Na sequência de violações e queixas de civis, a justiça militar executou 29 soldados, a maioria dos quais eram afro-americanos.

Se desejar saber mais sobre estes crimes, leia Robert Lilly, Estupros cometidos por tropas americanas na Europa entre 1942 e 1945, edições Payot, 2003.

Joaquim de Freitas disse...


Este paragrafo destinado ao Senhor Francisco F: Sobre o estupro de mulheres alemas pelos russos.

O Senhot Francisco F; imaginou um instante o que foi o drama das mulheres soviéticas sob a bota alema?



A partir daí, a posição de Himmler evoluiu: em setembro de 1943 autorizou a reaproximação com os croatas de "boa educação", os estónios e os letões.

De facto, vários testemunhos atestam violações, muitas vezes seguidas de assassinatos, de jovens raparigas ou mulheres russas, mesmo judias, cometidas desde o início da Operação Barbarossa, como em Riga, em Julho de 1941.
O aumento das doenças venéreas confirma-o.: cerca de 7.000 soldados estavam constantemente em tratamento. Esta violência terá sido particularmente numerosa na primeira fase da ofensiva, durante as buscas domiciliárias e os interrogatórios, resultando em práticas de humilhação: despir-se forçadamente, revistas corporais ou torturas específicas (pancadas nos seios) destinadas a relegar as mulheres ao papel de objeto sexual.



As violações também eram comuns em vários locais de detenção, com particular intensidade no gueto de Minsk e nos campos vizinhos, como Koldychevo. A exploração económica dos territórios eslavos e a fome planeada também deram origem à prostituição de sobrevivência.

Finalmente, há muito tempo escondida, a escravatura sexual foi muito difundida, afectando pelo menos 50.000 mulheres marcadas com uma tatuagem específica.

Sem levar em conta a sua nacionalidade e/ou religião, os nazis seleccionaram-nos por idade e físico, incluindo em campos entre 4 a 5.000 reclusos de Ravensbrück a partir de 1941 e abriram numerosos bordéis militares classificados de acordo com a sua clientela.

Uns anjos, estes alemaes ! Nao desculpa nenhum crime cometido por outros exércitos onde quer que fosse. Mas desculpar os nazistas é compromissao.

manuel campos disse...


Ora vamos lá a ver se eu percebi bem.
Uma pessoa arranja um emprego numa empresa de uma economia “capitalista”, trabalha com afinco para progredir nessa empresa, vai sendo promovida por aí acima até ao topo porque decerto contribui para um aumento dos lucros do patronato explorador, viaja toda a vida profissional pelo mundo “capitalista” para conseguir acordos favoráveis aos seus malvados empregadores e acaba por se reformar de forma que se imagina aceitável e segura num estado social “capitalista”.
E depois de reformada, já não precisando do “capitalismo” para nada, essa pessoa dedica-se a combatê-lo sem tréguas.
É isso?
Se fôr isso, tem sem dúvida toda a lógica.

Anónimo disse...

Caro senhor Joaquim Freitas,
O meu combóio foi e será sempre o da democracia, pois, só esta pode resolver, pela dialéctica social-filosófica de ideias, os problemas que os avanços sociais e científicos colocam às sociedades modernas. Porque os regimes totalitários como a Rússia, A China, A.Saudita, Irão e especialmente o regime do boneco de marionetes chineses que é o UN da Coreia do Norte, jamais resolvem os problemas sociais no sentido de uma contínua melhor humanidade e, consequentemente, contra o desejo de liberdade e participação natural dos cidadãos na coisa pública, em vez de liberdade são obrigados ao uso do terror dos goulags sobre os povos a quem deviam prestar contas.
Basta ver que ainda não passados 10 anos da Revolução Francesa e do assassinato do rei já os franceses tinham um feroz imperador em cima. O mesmo com a Revolução de Outubro que, também ainda não passados 10 anos e já o povo russo sentia o terror stalinista em cima.
Vocês nem reparam que apenas têm uma ladainda de acontecimentos e não acontecimentos (reuniões, opiniões,discursos e decisões que não se realizaram, não passaram de intenções) para ladainhar porque são provenientes das democracias cujas reuniões e discussões são relatadas à opinião pública. Sabe o senhor Freitas algo de relatos acerca do que se discute e decide no interior do PCC, no círculo dos aiatolas iranianos, saudita ou do regime de amigos ricos russo?
Penso que a democracia apenas se pode compreender plenamente conhecendo a história da sua invenção pelos gregos, para além, de que nunca se sentirá a força da democracia não lendo e estudando os mesmos gregos clássicos porque, não os lendo, compreendendo e sentindo perde o fio à meada e, tal como na matemática quando não se sabe as bases, nunca acertamos no resultado igualmente no que diz respeito à democracia, não a entendendo, muitos preferem a submissão consentida.

Francisco F disse...

Chamo novamente a atenção para os conteúdos com termos que não são comuns por cá, o que pressupõe traduções pela Google e não propriamente conteúdos originais.

Joaquim de Freitas disse...


Um comentador acusa-me,de combater um sistema, capitalista, que após um século de dominação, continua a deixar morrer de fome, todos os dias, 25 mil pessoas, incluindo mais de 10 mil crianças, de fome e causas relacionadas.

Um sistema qe evolui num estado de guerra permanente no planeta, (duas guerras mundiais = dezenas de milhões de mortos) e dezenas doutras guerras, e não aceita adaptar-se às críticas e protestos que o põem em causa,

Críticas e protestos a partir da lei – greves e manifestações -, apontando o que constitui os seus limites e que contribuem para ajustes dentro do próprio sistema capitalista.

Sistema liderado pela mais poderosa potência do planeta, que o impõe pela força ou pela manipulação ou golpe de estado, segundo a situação.

Se o comentador em questão não compreende a necessidade de mudar de sistema é que a miséria do mundo lhe importa pouco. E não temos mais possibilidade de dialogar.

Sim, eu defendo um anti capitalismo mais radical, susceptível de criar as condições para a verdadeira morte deste sistema humanicida.


Sim, denuncio os crimes deste sistema, perante o qual se curvam, diante da sua aparente invencibilidade, todos aqueles para quem não existe outro mundo possível que o que desespera milhões de humanos que correm para a morte todos os dias, precisamente na busca dum mundo melhor.

Vivi e vivo neste sistema, do meu trabalho, mas o facto de viver bem não me satisfaz como humano nem como cidadão.

A sociedade actual, ou é solidária ou está condenada a convulsões trágicas para a humanidade.

Joaquim de Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joaquim de Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
manuel campos disse...


Sr. Joaquim de Freitas

O comentador tem nome, o meu e não o acusei de nada, não está lá o nome de ninguém.
Escrevi um texto que dá para muita gente e de que não faltam exemplos à nossa volta.
E o Sr. que é tão lesto a citar o meu nome a despropósito e a tempo inteiro, logo na única vez que o podia ter citado a propósito não o faz.
Sintomático do que eu digo sempre, consegue ler mas não consegue interpretar os outros (todos, não o meu caso em particular).

Mas ainda bem que enfiou logo a carapuça.
Eu até estava preocupado que não servisse a ninguém e guardei o talão de troca, mas assim "tout est bien qui finit bien".
Continue a usá-la que lhe deve assentar como uma luva.

No entanto quero salientar que o senhor Joaquim de Freitas escreveu:

1º) "Se o comentador em questão não compreende a necessidade de mudar de sistema é que a miséria do mundo lhe importa pouco. E não temos mais possibilidade de dialogar."

2º) "Sim, eu defendo um anti capitalismo mais radical, susceptível de criar as condições para a verdadeira morte deste sistema humanicida."

3º)"Vivi e vivo neste sistema, do meu trabalho, mas o facto de viver bem não me satisfaz como humano nem como cidadão.

Porreiro, pá.
Mas estava à espera de ler o que tinha feito para o mudar.
É que isto de combater um sistema que se odeia, na certeza, certezinha, de que o sistema não vai mudar tão depressa e vamos continuar a fazer a nossa vidinha burguesa ("viver bem", diz o senhor) pelos anos que nos restam tem um nome.
E não digo o nome porque o Sr. Freitas, que diz que "a miséria do mundo me importa pouco" sem saber nada da minha vida, se ofende com tudo.

Francisco F disse...

E não há quem crave uma bandeira ucraniana no Château de Maupertuis?

manuel campos disse...


Faltou-me acrescentar uma opinião, que vai totalmente ao encontro do que o Sr. Francisco F. escreveu.

Quando se põe o Google a traduzir textos tem que se ter em conta que, de um modo geral, os "tradutores" existentes são para português do Brasil e isso é mais que evidente â leitura.
Por outro lado, todos aqueles que escrevemos bastante, muito ou até demais, temos que partir do princípio que vamos ser lidos por pessoas pelo menos tão perspicazes e conhecedoras como nós nos consideramos (o que pode estar bem longe do que realmente somos), portanto pessoas que já identificaram o nosso estilo de escrita há muito tempo.

Seria talvez mais útil identificar as fontes, porque fazer os outros passar por parvos (ainda que o sejam mesmo) não é simpático, é bem capaz de se virar contra os que se acham espertos.

Anónimo disse...

«A sociedade actual, ou é solidária ou está condenada a convulsões trágicas para a humanidade.»

Os gregos do séc.V(a.C.) inventaram a democracia precisamente para se livrarem dos regimes únicos de tiranos que sempre houvera e havia nesse tempo; Sólon, o legislador a favor dos espoliados, Pisístrato, o tirano esclarecido e Clístenes chefe do partido democrata lutaram e criaram, cada um com seu contributo, para proclamar na praça pública repleta do povo ateniense o sistema de regime democrático participativo regido pela Lei como imperativo, tal como propusera Platão, na sua fase idosa, no seu último diálogo: "Leis".
Depois disso quase todos os pensadores propuseram sistema sociais, que segundo suas teorias, trariam mais felicidade aos humanos e das últimas e mais fracturantes foram precisamente as de Marx e de Nietzsche; um com base na luta de classes guiada pela classe revolucionária do proletariado e outro baseado no superhomem e sua vontade de poder; sabemos bem todos como acabaram os regimes baseados em tais pressupostos ideológicos.
Qual a razão epistemológica forte que nos faça pensar ou crer que um sistema novo, quer radical quer semelhante ou o mesmo já testado com maus resultados seja, agora, melhor para a sociedade humana futura?
O futuro, quer pensado pelas melhores cabeças quer pelos mais bem intencionados é sempre desconhecido e jamais alguém pode afirmar, conscientemente, que tem em carteira uma solução ou soluções por medida para a complexidade da vida das comunidades e países do planeta.
Os argumentos morais servem para esconder, tão só, o argumento ideológico.
Assim, continuo pensando que a democracia, tal como inventada pelos sábios gregos, continua sendo o regime mais dedicado e propício à solidariedade entre povos e humanos.
jose neves

Francisco F disse...

O Manuel Campos é extremamente injusto! Ter duas contas de Facebook com o único fim de desancar nos EUA não conta como tentativa de tornar o mundo melhor? Faça melhor, se conseguir!

Joaquim de Freitas disse...


O Senhor Manuel Campos às 13:40 : pensa que é preciso reflectir muito tempo para conhecer o destinatario das suas farpas? A sua ideologia transpira em cada frase sua . Saiu do ventre imundo onde se abriga desde 1945.Ideologia que eu combato desde a minha juventude...que vivi em Portugal.

Tendo recuperado a liberdade utilizo o meu tempo livre e o meu "português", que também recuperei ( e muito neste blogue), e que tinha perdido em 50 anos de nao utilizaçao, para continuar o combate das ideias.

Mas eu assumo as minhas ideias. O Senhor Campos nunca responde às questoes, aos textos : so lhe interessa os autores.

O combate de ideias não lhe interessa, porque, como escrevi, e como escreve João Pedro mais acima, vocês já perderam o combate. Mas custa-lhes a aceitar.

A sua acçao caracteriza-se por vocabulário pobre e sintaxe rudimentar, de modo a limitar os instrumentos da razão crítica e do pensamento complexo.

Porreiro, pá.

Joaquim de Freitas disse...

Eu teria dado como encerrada a discussão com o Senhor José Neves . Mas quando leio no seu “post” das 16:56 : “Os argumentos morais servem para esconder, tão só, o argumento ideológico...

E continua :
Assim, continuo pensando que a democracia, tal como inventada pelos sábios gregos, continua sendo o regime mais dedicado e propício à solidariedade entre povos e humanos.”
jose neves

Não resisto. Que o Papa Francisco perde tempo a tentar evangelizar estes cristãos é uma certeza. Mas a este ponto!

Mas o Senhor José Neves não leu ?!

Com uma das expressões directas e contundentes a que nos habituamos, o Papa Francisco voltou ao tema da propriedade privada: partilhar, disse ele, “não é comunismo, é puro cristianismo.

Eu li assim: “o princípio do uso comum dos bens criados para todos é o primeiro princípio da ordem ética e social, é um direito natural, primordial e prioritário” .e “todos os outros direitos, incluindo o da propriedade privada, não devem impedir, mas, pelo contrário, facilitar a sua realização”.

Não haveria espaço para tentar melhorar o sistema actual do capitalismo selvagem com uma leitura honesta do que precede?

Quem pode negar por um julgamento franco e severo sobre as suas contradições, sobre os custos humanos, sociais e ambientais que este modelo de desenvolvimento implica.

Ou é por anti comunismo ou anti cristianismo primário que se considera, como escreve o Senhor José Neves, cito: “que a democracia, tal como inventada pelos sábios gregos, continua sendo o regime mais dedicado e propício à solidariedade entre povos e humanos.”

A democracia que consagra os tais 25 000 mortos por dia, por falta de justiça social? A economia capitalista dominante , isto é, a ditadura do mercado e do lucro não teria uma alternativa, como dizia Thatcher ?

manuel campos disse...


Francisco F.

Pois tem toda a razão, tinha-me passado essa, claro que conta e muito, entre esta caixa de comentários e o FB destrói-se o complexo militar-industrial imperialista e muda-se o mundo em três tempos, a coisa fica resolvida.
E tem ainda mais uma vez razão quando me diz para eu fazer melhor, se o conseguisse, pois eu nunca o iria conseguir, fica muito acima dos mínimos que conseguiria atingir, ao menos disso tenho alguma consciência.


manuel campos disse...


Estou aqui a pensar se respondo a mais uma valente dose de arrogância e má-criação do Sr. Joaquim de Freitas, o que sabe tudo sobre os outros que não lê e os trata ao nível inferior a que os põe, do alto da sua superioridade.

Mas acho que eu mereço esse prazer ainda que ele não o mereça.

Estarei assim de volta, procurando no meu texto, caracterizado como sempre por vocabulário pobre e sintaxe rudimentar (é o que há!), limitar os instrumentos da razão crítica e do pensamento complexo (seja lá isso o que fôr, God only knows).

manuel campos disse...


Começo por pedir desculpa ao embaixador Seixas da Costa por mais uma vez vir para aqui com a minha proverbial falta de humildade, escrever, escrever, escrever.
Mas esta semana saíu-me mais um “peso” de cima e vai-se renascendo assim.

E como não sou nada humilde nem vejo razão para o ser, não calo o teclado.

Como disse Sempé (o do Petit Nicolas):

“C’est facile d’être humble quand on est nul” .

Dividirei assim o texto em 2 partes (por causa dos 4096 caracteres) e um extra.

manuel campos disse...


Pois não é preciso reflectir muito tempo para saber a quem se destinava a “farpa”, que ponho entre aspas não vá ser mal interpretado (ainda que, de qualquer modo, o seja sempre).
Gostei particularmente de ler que a minha ideologia transpira em cada frase minha, saída do ventre imundo onde estava abrigada desde 1945 e que o senhor combate desde a sua juventude.

Depois de a começar a combater ainda muito jovem, terá depois feito um intervalo de umas dezenas de anos até “recuperar a sua liberdade” (é o senhor que o diz), tendo pelos vistos estado preso contra sua vontade e com grande prejuízo da sua vida, mas confirmando assim o que eu escrevi sobre um percurso profissional ao serviço do miserável capitalismo explorador, o tal que eu não renego de baraço ao pescoço, o que nos devia aproximar, apesar de tudo.

Ora eu conheço por aí muito rapazola da minha idade que, lá porque foi para França, assistiu a umas reuniões e a uns concertos de “intervenção”, acha que estiveram na oposição e lutaram pela liberdade quando o facto é que oposição e luta pela liberdade era cá que se faziam desde que não se estivesse debaixo de ameaça de prisão.
Pouca gente sabe que o próprio PCP na clandestinidade “defendia” que os seus militantes e os estudantes universitários (a geração mais bem preparada de sempre ao tempo), devia fazer a tropa pois era o melhor meio de “converter as Forças Armadas por dentro” à ideia da revolução, o que se veio a verificar ter bastante razão de ser.

Curiosamente, to say the least, não foi esse o meu percurso, dado que por duas vezes fui apanhado nas malhas de empresas nacionalizadas nossas, portanto estive ao serviço das massas exploradas (não sei se sabe mas em empresas de capitais maioritariamente públicos, nos gloriosos anos 80 e 90, os vencimentos estavam plafonados em níveis relativamente baixos e eu, vá-se lá perceber porquê, queria outra vida para os meus).
Aliás numa delas, quando informei que me ia embora, tive a comissão de trabalhadores (CGTP) à perna para eu repensar a situação, não queriam que eu me fosse embora, veja lá que andei anos a falar com eles todos os dias, a transpirar ideologia nojenta cada vez que abria a boca e aquela gente ainda me escreveu uma carta (tenho-a aí) a sugerir-me que mudasse de ideias.

Ele há cada um, soubessem eles na altura que eu ia descambar neste miserável fascista em que me tornei, doublé de reaccionário à 5ª casa, eventualmente até "nazista" de pacotilha, que aqui aparece em toda a sua nudez e nulidade intelectual a tentar dialogar (estultícia minha, claro) com mentes ungidas pela verdade e pela sabedoria, tinham-me corrido a pontapé logo que eu entrei pela 1ª vez na empresa, era um favor que me tinham feito, muito me chateei para pouco proveito enquanto lá estive, as lições de vida pagam-se.

O senhor Joaquim de Freitas conjuga tudo o que seja, na sua opinião, grandioso e prenhe dos mais elevados sentimentos de solidariedade, na primeira pessoa do singular, por um pouco não utiliza o majestático “nós”, talvez lá se chegue.

manuel campos disse...


(Continuação do relambório anterior)

Ora eu também conjugo todos os dias por aqui imensa coisa na primeira pessoa do singular.
Mas é para dizer “eu fui à Baixa”, “eu fui ao Guincho”, “eu ia sendo atropelado por um tuk-tuk”, “eu gosto muito de estar aí numa casa que tenho algures e ir comer à minha cantina” e coisas banais e até mesquinhas desse género, o senhor não deve saber disso porque são problemas menores de gente que para si não existe, mas virá aqui muita gente que não vai à Baixa, nem ao Guincho, nem sequer à rua para poder ser atropelado, porventura já vendeu a casa algures pois já não consegue ir lá.
E não é porque não queiram mas porque não podem fisicamente, a quem talvez interesse mais saber como está agora a Baixa, o Guincho ou o transito de tuk-tuks na Lisboa antiga do que as teorias magnificas que os “donos da verdade” têm para resolver os grandes problemas da Humanidade, daqueles 8 mil milhões de pessoas ignorantes que é preciso proteger delas próprias, “au besoin” acabando mesmo com elas.

E tudo isto numa espécie de onanismo que, por definição, não tem nada a ver com amor, num “é culpa de todos nós” que odeio porque quando é culpa de todos não é de ninguém em particular, num “precisamos de fazer isto ou aquilo” que também odeio pois traz quase sempre agarrado que os outros se vão mexendo que eu já lá vou ter.
Diz o senhor que assume as suas ideias, olha a novidade, não faz outra coisa, a questão não é essa, disso ninguém alguma vez duvidou nem podia duvidar.

Claro que não respondo às questões e aos textos que são a sua única razão de viver, já lhe expliquei várias vezes que o mundo para mim nunca foi, não é e nunca será a preto e branco, que são as únicas cores que o sr. Joaquim de Freitas conhece, como se viu a seguir no seu texto, não há nada na vida a preto e branco, mas para isso é preciso ter uma vida vivida e não idealizada (e saber que o cérebro é como um para-quedas, só é útil se estiver aberto).

O combate de ideias interessa-me tanto que já devo ter escrito aqui tanto e sobre tudo e mais alguma coisa como o Sr. Joaquim de Freitas no ultimo talvez ano, pois qualquer tema de debate é bom e útil para mim.
Agora fazer o combate de ideias à volta dos pouquíssimos assuntos sobre os quais o senhor perora, repetindo “ad infinitum” e quiçá “ad eternum” as mesmas ideias num binómio “Russia boa/EUA mau”, de facto não me interessa de todo, se não sabe ou não quer falar de mais nada está no seu mais absoluto direito, criticar os outros porque seguem o mesmo caminho e isso não lhe agrada é um perigoso tique não digo que totalitário, mas no mínimo muito pouco democrático.

Mas a cereja no topo do bolo é o “vocês já perderam o combate. Mas custa-lhes a aceitar.”.
Vocês?
Vocês quem?
Isso é comigo?
Quem não é por si em tudo é contra si em tudo (nem Salazar foi tão longe)?
Agora termina-se um texto no estilo da conversa de café entre benfiquistas e sportinguistas?
Com que direito mais uma vez o Sr. Joaquim de Freitas me classifica a “preto e branco” no lado da barricada onde classifica todos que o irritam, num estilo que diz muitíssimo sobre si e nada de nada sobres esses outros, classificações assim vindas de fanatismos são sintomas e não opiniões.
Pelos vistos nunca deixei de ter razão, sabe talvez ler mas não sabe decerto interpretar.

manuel campos disse...


(Post Scriptum aos relambórios)

PS- Eu sei que o senhor não tem qualquer interesse pela vida dos outros, já mo disse.
Mas como não vejo TV, só leio, escrevo e converso sempre ouvindo música, tenho estado a ouvir uma das grandes gravações existentes no mercado de obras “mais ligeiras” de Dmitri Shostakovich, as duas “Suites de Jazz”, alguma música para filmes e três suites de bailado.

Como deve saber Shostakovich teve uma vida de cão na URSS de Stalin pois esse simpático senhor apareceu de repente em Janeiro de 1936 num teatro onde era apresentada uma ópera do desgraçado do Dmitri, saíu de lá furioso (música decadente…), o compositor andou anos ostracizado e na miséria (o salário reduzido a 1/10 graças aos editoriais do PRAVDA), todos os “colegas músicos” fugiam dele como da peste.
Ora quando contra tudo e todos ele conseguiu estrear a sua 5ª sinfonia em Leninegrado, que obteve um êxito retumbante, o sistema fez tudo para o “reintegrar” com o argumento que era uma música “muito diferente” das obras anteriores e que ele “tinha aprendido com os erros”, a conversa que a gente conhece nos regimes que se sabe, o que lhe trouxe todos os “amigos” de volta.
Paz de alguma duração, pois em 1948 houve outra “purga” decretada pelo tal senhor de bom feitio sobre os músicos mais “imaginativos”, que ficaram obrigados a escrever “música proletária” (sic).
Não tendo aceitado pedir desculpas perante o Comité (cada um tem o McCarthismo que merece), as suas obras foram banidas e a família perdeu todos os poucos privilégios que tinha.
Vá que em 1949 o camarada Stalin decidiu que a URSS tinha que enviar representantes do mundo artístico ao “Cultural and Scientific Congress for World Peace in New York” mas não foi fácil pois Shostakovich acabou humilhado, até por outros russos, por não se demarcar claramente (com a família retida na terra, está-se mesmo a ver).
Só com a morte de Stalin ele teve algum descanso.

Para além desta Música mais ligeira, tenho todas as Sinfonias dele e muita da obra de música de câmara.
Isto que estou a ouvir é tocado pela National Symphony Orchestra of Ukraine com o maestro ucraniano Theodore Kuchar (que também tem a nacionalidade americana pois nasceu em Nova Iorque em 1963).
Deixo aqui uma ligação para a “Jazz Suite nº1”, na gravação que estou a ouvir, são só 8 minutos.
É googlar “watch?v=3tGOFEgDzug” que o Youtube oferece o resto.

Merridale and Ward disse...

A Guerra Russo-Ucraniana não vai terminar tão cedo e desenganem-se aqueles que ingenuamente têm caído na propaganda da NATO e que, por isso, julgam que a Rússia "não tem capacidade" ou que de alguma forma "está exausta". As Forças Armadas da Federação Russa nunca foram fortes, bem equipadas e bem treinadas como hoje. Ademais, a cada dia que passa, os russos estão gradualmente a adquirir mais capacidades, conhecimentos e meios. A experiência bélica na Ucrânia, está a ser uma autêntica escola para os militares russos, que estão a perceber melhor como funciona de facto a doutrina militar da NATO e o respectivo armamento da aliança atlântica, que de resto, tem tido um desempenho muito abaixo das expectativas na Ucrânia. A verdade é que o armamento da NATO não é feito para ganhar guerras, mas sim, para dar lucros pornográficos ao complexo militar-industrial que produz essas mesmas armas.

Os russos vão prosseguir esta guerra até que a Ucrânia se renda incondicionalmente. Sobre este facto que ninguém se iluda. Esta guerra vai acabar da mesma forma que terminou a Segunda Guerra Mundial para o Japão na Baía de Tóquio em 1945, ou seja, com a rendição total e incondicional da Ucrânia e muito possivelmente, com tropas russas na fronteira da Polónia.

manuel campos disse...


Um àparte sobre esta parte.
Não me lembro em tempos recentes de tantos comentários a um texto.
Ainda bem, é um blogue vivo e bem vivo.
E comentários só dos comentadores, pois há autores que puxam por eles e, ao comentar todos os comentadores, duplicam logo o número de comentários pelo menos.
E digo pelo menos porque os comentadores se vêem muitas vezes na obrigação (por delicadeza ou para conversar mais) e outras vezes na necessidade (porque querem acrescentar ou rebater algo) de responder à resposta do autor que depois lhes responde e tudo vai por aí fora.

Anónimo disse...

Senhor Freitas,
Realmente, constato agora sem dúvida que o senhor sabe ler mas, de certeza muito mal, pois não é capaz de entender o que escrevi quando disse que “Os argumentos morais servem para esconder, tão só, o argumento ideológico». Já me tinha apercebido quando disse que "sabia" porque tinha lido Hannah Arend e depois argumentava contra tudo o que, verdadeiramente, Hannah diz nesse livro e é a sua verdadeira mensagem; o totalitarismo nazi e stalinista tendo origem em pressupostos ideológicos diferentes tornaran-se, na sua práxis, semelhantes.
Agora à minha opinião de que os argumentos morais, por ele proferidos diretamente assim, "Vivi e vivo neste sistema, do meu trabalho, mas o facto de viver bem não me satisfaz como humano nem como cidadão." responde com um chorrilho de ditos do papa Francisco sobre propriedade e direitos de propriedade para todos.
Então, aqui e agora, a igreja da religião e ideologia ocidental já não tem um passado maléfico e odioso de "cruzadas" de "inquisição" de casos "Giordano Bruno e Galileu" e tantos males que lhe deram o epíteto de "Ópio do Povo"?.
Mas o seu juízo moralista acerca do "Vivi e vivo neste sistema, do meu trabalho, mas o facto de viver bem não me satisfaz como humano nem como cidadão" é, verdadeiramente, dum moralismo tão pobre e mal disfarçado que se descobre tanto como o gato de rabo escondido com o corpo de fora.
O senhor Freitas é manhoso e quer enganar os outros com argumentos moralistas rascas; se se sentisse assim com tal vontade como diz e, dado que nos aponta a nós ocidentais lugares onde podemos satisfazer esses desejos de ser humanos e cidadãos de pé e corpo inteiro, já há muito teria escolhido esse local para si onde seria mais feliz sendo mais cidadão e mais humano.
Sinceramente, a ladainha putinista, é cada vez mais um oráculo tipo santinha da ladeira.

Anónimo disse...

Nota: o comentário das 02:41 é de autoria jose neves como, certamente, o administrador do blogue percebeu pela resposta e pelo texto, ao publicá-lo.
Ao contrário o senhor Freitas ainda nâo leu o suficiente, ou não tem capacidade para tanto, para saber discernir e interpretar um texto-resposta normal e, então, dispara com alhos e bugalhos disparatados por força de imposição da ladainha única que sabe de cor via net e lhe serve para tudo como papa de linhaça.
jose neves

Joaquim de Freitas disse...


Alhos e bugalhos para o Senhor José Neves:

a) “O princípio do uso comum dos bens criados para todos é o primeiro princípio da ordem ética e social, é um direito natural, primordial e prioritário”.
b) “Todos os outros direitos, incluindo o da propriedade privada, não devem impedir, mas, pelo contrário, facilitar a sua realização”.

c) Tentar melhorar o sistema actual do capitalismo selvagem , pensando nos 25 000 mortos por dia do sistema capitalista no mundo.

O ultimo paragrafo das O2:41 nao é digno do Senhor.

d) julgamento franco e severo sobre as suas contradições, sobre os custos humanos, sociais e ambientais que este modelo de desenvolvimento implica.


e) Provar “que a democracia, tal como inventada pelos sábios gregos, continua sendo o regime mais dedicado e propício à solidariedade entre povos e humanos.”

f) Provar que a economia capitalista dominante , isto é, a ditadura do mercado e do lucro não teria uma alternativa, como dizia Thatcher ?

g)Provar que “os argumentos morais servem para esconder, tão só, o argumento ideológico...

h) Demonstrar esta sua afirmaçao: "O senhor Freitas é manhoso e quer enganar os outros com argumentos moralistas rascas"

Confirmo que vivo muito vem, ganhei muito bem a minha vida, e quero pagar mais impostos que os que pago actualmente : 20 000 euros por ano.

Como cidadão gostaria de ver desaparecer os 10 milhões de pobres que temos em França, em constante aumento. Gostaria que as tensões crescentes devido às crises do sistema capitalista, guerras e especulaçoes, evasoes fiscais e outros, desapareçam, antes que a sociedade se desloque.

Como cidadão gostaria de ver desaparecer os 8 milhões de pobres que temos em França, em constante aumento. Gostaria que as tensões crescentes devido às crises do sistema capitalista desapareçam, antes que a sociedade se desloque.



As políticas de redistribuição levam ao extremismo da revolta. A riqueza para si mesmo deve ser paralela à riqueza para outrem, para o país. Não é vergonhoso nem desprezível de ser rico quando estas riquezas são fundadas sobre valores, partilhadas, úteis ao Estado, às instituições, à cultura, à saúde, à educação a uma sociedade impregnada de justiça social, individual e colectiva.

Conheci um capitalista, que foi o meu primeiro patrão, o maior da minha terra de Guimarães, que foi o maior investidor em vários sectores, criando empregos, construido moradias de baixa renda, e pagando salários decentes.

Investia assim a riqueza produzida. Não enviava os lucros para as Bahamas ou Panamá. Era um grande patrão, Um patriota à sua maneira. E era amigo de Salazar e do Governador Civil…

São estes os deveres morais, Senhor José Neves.

O último o parágrafo das 02:41 não é digno do Senhor. Olhe que não iria viver para a Rússia. Mas para os Estados também não. Passe bem.


Apresento as minhas sinceras desculpas ao Senhor Embaixador pelo espaço dos meus textos.










Joaquim de Freitas disse...

Nos dois paragrafos sobre a pobreza em França, um é do jornal "Le Monde" e o outro de "Marianne".

Ainda sobre os impostos, mesmo nos Estados Unidos, bilionários pedem para pagar mais impostos. O sentimento é que no sistema capitalista, aqueles que fazem as leis, importam-se pouco ou nada com as classes desfavorecidas, que se enterram na miséria, por falta de justiça social. Qual é o interesse para a sociedade de ter uma minoria escandalosamente rica.

Impulsionadas pelo aumento dos preços das acções, as grandes fortunas dispararam nos últimos dez anos: dos 100 dólares de riqueza criada, 54,40 dólares foram para os bolsos dos 1% mais ricos, enquanto 70 cêntimos beneficiaram os 50% menos afortunados.

Francisco F disse...

"(...)"
Como cidadão gostaria de ver desaparecer os 10 milhões de pobres que temos em França, em constante aumento. Gostaria que as tensões crescentes devido às crises do sistema capitalista, guerras e especulaçoes, evasoes fiscais e outros, desapareçam, antes que a sociedade se desloque.

Como cidadão gostaria de ver desaparecer os 8 milhões de pobres que temos em França, em constante aumento. Gostaria que as tensões crescentes devido às crises do sistema capitalista desapareçam, antes que a sociedade se desloque.
"(...)"


Reparem como em tão curto espaço, a repetição de um texto faz desaparecer dois milhões de pobres. E ainda há quem ponha em causa a utilidade de pessoas como o Joaquim Freitas!

Ainda falam no Lula...



Entretanto, aproveito para lembrar a qualquer pessoa que sinta remorsos por pagar poucos impostos que pode sempre doar tudo o que quiser a instituições sociais.
Isto tem duas vantagens: ajudar o próximo e permitir ter exemplos próprios para não ter de citar os de outros.

Joaquim de Freitas disse...

Francisco F: Existem outros numeros , de outras fontes, com numeros diferentes. Citei dois, de fontes conhecidas. Existem outros números, de outras fontes, com números diferentes. Citei dois, de fontes conhecidas. Mas Francisco F. não anda neste blogue para comentar, porque é incapaz, mas para demonstrar a sua sapiência, verificando se falta uma vírgula num texto. Porque não pode ir mais longe. Há gente assim, picuinhas, em toda a parte.

Francisco F disse...

"Existem outros numeros , de outras fontes, com numeros diferentes. Citei dois, de fontes conhecidas. Existem outros números, de outras fontes, com números diferentes. Citei dois, de fontes conhecidas. (...)"

Já se nota uma tendência, aqui.
Já se nota uma tendência, aqui.
Já se nota uma tendência, aqui.

Joaquim de Freitas disse...

Mas eu tinha a certeza que o espertalhão viria à caça duma vírgula ou duma repetição …Que passa tempo tão estúpido !…Veio direitinho…Pobre homem.

Francisco F disse...

Dizem que a Inteligência Artificial é um perigo para a Humanidade mas há infelizes para quem ela é uma absoluta necessidade.

"Quem quer regueifas?"

Sou de um tempo em que, à beira da estrada antiga entre o Porto e Vila Real, havia umas senhoras a vender regueifas. Aquele pão também era p...