sábado, setembro 23, 2023

A guerra na Ucrânia e os cenários de futuro

 

Ver aqui.

6 comentários:

mensagensnanett disse...

Ocidentais mainstream ao seu ""nível"': MAIS UMA GUERRA MENTIROSA.
.
.
---> A guerra mentirosa do Iraque:
- a mentira da existência de armas de destruição maciça.
---> A guerra da Ucrânia:
- a mentira da «guerra não provocada»: alargaram a NATO para leste (haviam prometido que não o iriam fazer), financiamento da revolução 'colorida' de 2014, financiamento de neo-nazis para que estes perseguissem, bombardeassem, massacrassem russófonos das regiões russófonas do leste da Ucrânia (um nota: estas regiões não foram dadas, pelos sovietes, à Ucrânia: foram dadas pelos sovietes, isso sim, foi à República Socialista Soviética da Ucrânia).
.
.
GUERRAS MENTIROSAS QUE VALERAM A PENA:
1- Iraque: as empresas ocidentais de armamento obtiveram óptimos lucros, muitas outras empresas ocidentais aproveitaram o caos da guerra para efectuar óptimos negócios; mais:
- o regime de Saddam desapareceu.
2- Ucrânia: as empresas ocidentais de armamento obtiveram óptimos lucros, muitas outras empresas ocidentais aproveitaram o caos da guerra para efectuar óptimos negócios; e mais:
- a Russia foi submetida a um desgaste, e mais, centenas de milhares de (estúpidos) neo-nazis ucranianos foram mortos.
.
.

UCRANIANOS AO 'NÍVEL' DE NAPOLEÃO E DE HITLER:
-> Existiam óptimas perspectivas de pilhagem, sim: nove, em cada dez, dos mais variados analistas garantiam: armas da NATO na Ucrânia... juntamente com sanções económicas à Russia, e...
a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no 'caos-Ieltsin' na década de 1990.
Nota: pois sim sim: era expectável que os russos fossem socorrer os russófonos das regiões russófonas.
.
.
ELES 'CORRERAM' A FALAR À 'BOCA PODRE'
--->>> Pouco depois da guerra ter começado... os ucranianos (Petro Poroshenko) CONFIANTES naquilo que nove em cada dez diziam... correram a colocar-se em 'bicos de pés', e falaram à boca podre:
- «os acordos de Minsk não eram para ser cumpridos... esses acordos de paz foram um golpe de mestre Sun Tsu para enganar os parvos dos russos».
--->>> Os financiadores ocidentais, Merkel e Holland, também correram a falarem à 'boca podre' : autoafirmaram-se mestres Sun Tsu.

Joaquim de Freitas disse...

"mensagemnanett" disse: "a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no 'caos-Ieltsin' na década de 1990." Claro, mas o plano existia jà no fim da guerra de 39/45. Reagan e Gorbatchev deram um impulso essencial a este plano nos anos 90. Era uma espécie de contra-revolução.

A contra-revolução foi guiada pela estratégia fascista do imperialismo norte-americano, visando estabelecer a sua dominação global e a restauração completa do capitalismo no globo, o que, objectivamente, era impossível.

A destruição vil da União Soviética significou uma séria derrota do sistema socialista mundial, um enfraquecimento do processo revolucionário mundial, uma degradação da democracia política e do progresso social em todo o mundo, e a extrema intensificação da crise mundial do capitalismo.

Com o desmembramento da União Soviética, foi desencadeada a agressão imperialista global contra a humanidade, uma vez que o mundo tinha perdido o seu principal poder de dissuasao. .

Foi assim que o imperialismo norte-americano tem trabalhado para provocar guerras civis, conflitos étnicos e religiosos, e temos visto bandos armados florescerem em diferentes “pontos críticos”: o Cáucaso, os Balcãs, a Ásia Central, o Médio Oriente, o Norte de África, a Ucrânia e outros países. lugares do planeta.
Eventualmente, a “guerra de interesses” piorou significativamente em todo o mundo.

A destruição da União Soviética foi imediatamente seguida pela escravização colonial do país desintegrado: aniquilação em grande escala das suas forças produtivas e transformação do seu território num apêndice de matérias-primas para monopólios transnacionais, genocídio do seu povo.

O principal papel destrutivo foi desempenhado pela privatização dos meios de produção, visando a restauração do capitalismo no país desmantelado.

Diretamente oposta à principal lei objetiva do desenvolvimento da produção material – a sua socialização – a privatização terminou num fracasso catastrófico da economia nacional e num colapso completo da produção social.
As consequências sociais da privatização foram o empobrecimento massivo da população, a polarização social da sociedade, a extinção da população do país. Os povos da União Soviética encontraram-se sob a ameaça do fim da sua existência como comunidade histórica de pessoas.

Para os povos da União Soviética, a destruição do seu estado federal causou uma catástrofe nacional na primeira metade de 1990 devido ao colapso da base económica comum da sociedade soviética, minando os alicerces materiais e produtivos das populações.

Os povos da URSS foram destruídos sob o domínio do capital comprador, à medida que a privatização da economia colocou a sua riqueza social sob o controlo ou mesmo propriedade directa de monopólios estrangeiros. Isto inclui a soberania dos povos ex-soviéticos que está ameaçada.

O imperialismo moribundo ainda pode destruir dezenas de nações e lançar a humanidade para trás no caminho do seu desenvolvimento histórico.Vimos bem em que estado deixou o Vietname, o Iraque, o Afganistao, a Libia...

Joaquim de Freitas disse...


Suite ao post de " mensagensnanett":

Mencionou os Acordos de Minsk, e tem razao. Merkel e Hollande confirmaram a trafulhice destes Acordos...

Assim, foram os próprios europeus que intervieram para sabotar as duas primeiras tentativas de negociação.

Durante a segunda, o próprio Boris Johnson viajou para Kiev para proibir Zelensky de negociar.

Assim, com gestos e palavras, Boris Johnson convenceu a Rússia de que o Ocidente era o seu verdadeiro inimigo e que nenhuma negociação seria possível.
E lembremo-nos que Angela Merkel, mas também François Hollande, acertaram em cheio ao declarar publicamente que os acordos de Minsk eram apenas uma táctica dilatória para dar tempo para transformar a Ucrânia numa cabeça de ponte da NATO.

Revelaram assim à opinião pública russa que:

1) a actual hostilidade da Europa não nasceu da decisão de recorrer às armas em 24 de Fevereiro, mas já formou o eixo orientador de toda a política ocidental,


2) qualquer acordo diplomático connosco é absolutamente impossível. A consequência lógica: toda a estratégia russa deve consistir em enojar o Ocidente com o seu projecto hostil, ou, mais simplesmente, deixá-lo sozinho de uma vez por todas.
Correndo o risco de chocar, : a vitória de 1945 foi, para a URSS/Rússia, uma vitória de Pirro. Deixou-a exangue, da qual o Ocidente imediatamente se aproveitou.

Único na história, os Estados Unidos estabeleceram o seu império com base numa vitória que foi paga principalmente com o sangue de um aliado, a Rússia. Então, usaram a força resultante para tentar reduzir esse ex-aliado. E, é preciso admitir, estiveram muito perto do sucesso na década de 90.

Assim, o conflito que eclodiu em 24 de Fevereiro é um conflito global, militar, diplomático e económico que visa pôr fim à guerra que o Ocidente trava contra a Rússia, e portanto rever as condições de saída da Segunda Guerra.

É uma luta “até à morte”, onde a Rússia está em jogo pela sua sobrevivência.

Uma derrota significaria o desaparecimento do Estado e a fragmentação do país em estados colonizados,(velho sonho do Ocidente) bem como um empobrecimento drástico da população, com todos os recursos a serem desviados em benefício dos mais importantes interesses financeiros ocidentais. Em última análise, a cultura russa desapareceria.

Anónimo disse...

Ainda bem que vão aparecendo algumas pessoas lúcidas, que não se deixam manipular pela informação miserável que a Comunicação Social (arregimentada por interesses políticos inqualificáveis e a soldo de interesses económicos deploráveis, fazendo fretes a quem pretende ganhar com esta guerra, no plano político, estratégico e económico) e os aparelhos políticos em geral (Instituições, governos, etc, como Washington/Nato e UE/CE, etc), quer em Portugal, quer por este Ocidente em decadência democrática e são capazes de ver através da “névoa” com que nos querem ofuscar. Refiro-me aos comentadores “mensagensnanet” e Joaquim de Freitas. E outros, que, ocasionalmente aqui se pronunciam de igual forma. Subscrevo os comentários de ambos.
a) P.Rufino

Anónimo disse...

O Seixas da Costa parece-me que está equívocado na sua análise. Os objectivos da Rússia na Ucrânia não são apenas a libertação de território que os russos consideram como sendo seu, mas também a desnazificação e desmilitarização total da Ucrânia. Sem que estes três objectivos sejam integralmente atingidos, não haverá cessação de hostilidades da parte da Rússia e muito menos um cesar-fogo ou "conflito congelado" ao estilo das Coreias, como o Ocidente parece cada vez mais querer. A Rússia vai continuar a Operação Militar Especial até que toda a Ucrânia esteja desnazificada e desmilitarizada, o próprio Lavrov ainda esta semana reafirmou isto na ONU de forma bem clara e não há nada, mas nada mesmo que a NATO e o Ocidente possam fazer, para impedir Putin e a Rússia de atingir os objectvos da Operação Militar Especial na Ucrânia. Foi o Ocidente que provocou desnecessariamente esta guerra com a sua arrogância desmedida e agora, os ocidentais podem-se deitar na caminha que fizeram para eles mesmos... quando esta guerra terminar, vão levar com uma Rússia que vai ser dez vezes mais forte e bem armada e treinada do que antes do conflito...

Francisco F disse...

Nada do que está escrito nos comentários anteriores é "radical" ou "populista", até porque este blog não é cabide para ninguém...

Respeito

A profunda revolta sentida pelo povo palestino, depois de décadas de injustiça e de hostilidade a que continua a ser submetido pelos governo...