segunda-feira, setembro 11, 2023

Mistérios

Um dos mistérios da atividade russa nos territórios que "nacionalizou" na Ucrânia é a sua persistência na realização de referendos e eleições. Moscovo deve saber que ninguém, em nenhum lado, aceita esses exercícios como minimamente credíveis e, no entanto, persiste em fazê-los, vá-se lá saber para quê.

15 comentários:

Anónimo disse...

Realmente, é um mistério,
Nos outros não as há.
É assim e pronto.

Luís Lavoura disse...

As eleições fazem-se para eleger pessoas para cargos de responsabilidade. Não se fazem para que países estrangeiros as considerem "credíveis".
É irrelevante que países estrangeiros considerem ou não considerem as eleições autárquicas na Rússia credíveis. Elas são realizadas, os autarcas ficam eleitos, e prontos. Isso é que interessa.

Nuno Figueiredo disse...

mistérios...?

J Carvalho disse...

Ao que julgo saber as eleições fazem se, regularmente, desde 2014, com as auto proclamada Repúblicas. É que a guerra começou ainda antes de 2014. Portanto, concorde-se ou nao, as eleições justificam-se na perspectiva daquelas populações.

Anónimo disse...

Uns fazem eleições, outros ilegalizam partidos..... não há mistérios!!

Joaquim de Freitas disse...


A verdade é que as eleições no Iraque, na líbia no Kosovo, arrancado à Sérvia, são mais credíveis...

E no Afeganistão? Recordo que muitos observadores estrangeiros sugeriram o adiamento das eleições presidenciais para uma data posterior, para reunir as condições políticas para a realização de eleições verdadeiramente transparentes e democráticas que determinariam o futuro do Afeganistão.

Resultado: O governo de Hamid Karzai só controlava realmente Cabul, onde a presença de mais de 6.000 soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), apoiados por outros tantos soldados afegãos.

Na mesma veia, Por vezes pergunto-me se G.Bush foi um presidente credível, quando penso às eleições na Florida contra Al Gore…Recorda-se Senhor Embaixador, “la une” de CNN ? "So, who really won? What the Bush v. Gore studies showed ? "

A crença de que a Suprema Corte dos EUA entregou a presidência a Bush ou a retirou de Gore durou algum tempo…

Que a comunidade internacional aliada aos EUA tenha esquecido o Kosovo e se ofusque com o Donbass, é normal. Esta comunidade também nao é credivel, sobretudo apos a sabotagem do gasduto da Gazprom...

Nuno Figueiredo disse...

Joaquim de Freitas: Afeganistão, a vergonha do Mundo. Ponto.

Luís Lavoura disse...

Joaquim de Freitas

a comunidade internacional aliada aos EUA [...] não é credível, sobretudo após a sabotagem do gasoduto da Gazprom

Essa bela comunidade, na qual os serviços secretos de um dos países sabotam um gasoduto que é economicamente vital para outro país da mesma comunidade.

Fica tudo em comum, dentro da comunidade...

Francisco F disse...

É vê-los sair da toca...

Anónimo disse...

É uma vforma não voluntária de reconhecer a universalidade dos valores ditos ocidentais que, diga-se a verdade, os ocidentais só respeitam quando servem os seus interesses. Depois da justa liquidacao da abertura v chefa, os Us, como hojevsecssbe, ajudaram a matar a derrubar Ie matar Allende
Fernando Neves

Anónimo disse...

"Vá-se lá saber porquê?".
Hitler tinha como motivação vingança e ao seu lado um povo empobrecido, ofendido, à procura do orgulho perdido. Funcionou até ao fim.
Putin é só delírio de autocrata. O povo -entre acomodados, receosos- só mudará, e rapidamente, quando os seus mortos forem demais e o conflito chegar ao seu bairro.
Putin acreditou nos seus subservientes, oportunistas, militares. Empurrado por igualmente delirantes, insaciáveis, oligarcas que foram ficando pelo caminho.
Como qualquer "bully" nem em "Estalinegrado" quererá parar.

Francisco F disse...

Por falar em mistério:

Alguém sabe qual será o montante da ajuda prestada pela Rússia a Marrocos e à Líbia?

Luís Lavoura disse...

Em vez de questionar porque é que a Rússia levou a cabo eleições, mesmo sob condições de guerra, o Francisco deveria questionar porque é que a Ucrânia não leva a cabo as eleições que deveriam ter lugar este ano.
É certo que as condições para a realização de eleições livres e justas não são as ideais, mas isso dificilmente justifica que elas sejam adiadas sine die.

Francisco F disse...

Se o Lavoura não estivesse (como sempre), tão preocupado em defender o Putin talvez "percebesse" que, para um democrata, não faz sentido fazer eleições sem condições para tal, enquanto que, para um ditador, quaisquer condições servem porque todas as eleições são fingidas.

Joaquim de Freitas disse...


Francisco F disse...
Por falar em mistério:

Alguém sabe qual será o montante da ajuda prestada pela Rússia a Marrocos e à Líbia?

19:04

Mas Senhor Francisco F. : A quem se deve enviar ajuda ? Às forças armadas do GNA, o chamado governo de acordo nacional reconhecido pela ONU e liderado por Fisent Al-Sarraj, ou ao exército rebelde do marechal Khalifa Haftar.?

Aqueles que fizeram da Líbia um caos humanitário devem ajudar, mas hesitam entre a defesa da pátria líbia e a defesa dos poços de petróleo!


Em 2011, a Líbia era um país rico e os líbios tinham o melhor padrão de vida do continente. Não houve migrantes do Sahel que encontraram trabalho na Líbia.
Os lucros do petróleo contribuíram para a emergência da África, particularmente em termos de dinheiro e infra-estruturas.
No entanto, Gaddafi, um autocrata no poder desde 1969, preocupa o Ocidente, pela ausência de liberdades e a recusa da alternância. Nunca foram à Arabia Saudita ...

Mas ele era especialmente perturbador externamente porque o seu país tinha imensas reservas de petróleo (48 mil milhões de barris, 4 vezes as da Argélia) e reservas de gás da mesma ordem. Mas também as promessas de grandes quantidades de gás e petróleo de xisto às portas da Europa.

A tentação ocidental foi (é) forte. Uma coalizão heterogénea (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França) foi formada com base em uma resolução votada pelos “salvadores” do costume, os mesmos que salvaram o Afganistao, o Iraque, a Siria, o Vietname, o Panamà , Cuba , a Venezuela, etc.

Com o sésamo interpretado pela França, Grã-Bretanha e Estados Unidos como uma licença para matar, começaram a demolir metodicamente a Líbia.

Gaddafi sofrerá um destino atroz. Um dia a verdade será revelada sobre como ocorreu esse assassinato. O conturbado papel de Bernard-Henry Levy será então conhecido.

“Viemos, vimos, ele morreu.» “Eu vim, eu vi, ele morreu”, exclamou Hillary Clinton parodiando César “Veni, Vidi, Vici”, que veio para a Líbia após a morte de Gaddafi.

Finalmente saberemos o porquê da persistência; a situação actual poderia ter durado mil anos enquanto o petróleo estivesse fluindo.
A ENI , TOTAL, BP, EXXON. Talvez possam encontrar alguns cêntimos na caixa para ajudar. Mas ajudar quem?

O comentador não leu a Historia. Só viu a Rússia. So vê Putin !

S. Tomé, a Rússia, a CPLP e nós

Se tiverem uns escassos minutos, gostava que ouvissem a curta conversa que ontem tive com Pedro Bello Moraes na CNN Portugal sobre a decisão...