Ouvir Macron falar do papel atual da França em África ou do quensignifica, em termos efetivos, o seu apoio à Arménia foi um espetáculo penoso, na entrevista televisiva de ontem. Custa ver um poder europeu em evidente declínio. E, no que me toca, custa-me mais, por ser a França.
6 comentários:
Não vi mas não gosto politicamente de Macron, desde que vi o seu comportamento inicial em relação à Ucrânia.
E o RU e a Alemanha já o perceberam.
Mas Macron só se pode queixar dele próprio.
O que vem aí para a França não é entusiasmante.
Não fui Embaixador em Paris mas tenho o francês como "2ª língua materna", tudo isto também me custa.
A França em África? aliás toda a Europa?
Apenas lá ficou os idiomas, as fronteiras e o alfobre para o futebol.
Isto com Macrons, de Gaules ou outros.
Custa ver um poder europeu em evidente declínio.
Tem graça, ainda há bem pouco tempo (um ou dois anos) se dizia que a França era um país com cada vez maior poder e iniciativa no interior da União Europeia, face ao declínio do parceiro alemão.
a França é uma naçon.
A França perde poder no seu quintal pós-colonial mas a Rússia instala-se lá.
Devemos todos estar contentes: mais um vestígio do pútrido colonialismo europeu desaparece e, em alternativa, é substituído pela ação de uma dinâmica democracia, humanista, independente e empenhada no desenvolvimento dos povos.
Não tenho a mínima dúvida de que a influência da Rús... - perdão - Federação Russa -, contribuirá para a libertação dos povos africanos que, de forma definitiva, se livrarão das grilhetas da exploração neocolonial, pondo fim a um capítulo negro (não é trocadilho), da História mundial.
Em breve, os botes carregados de imigrantes esfomeados acabarão. Não tenho qualquer dúvida relativamente a isto.
É claro que a contrainformação americana se encarregará de nos esconder os desenvolvimentos positivos da cooperação entre os africanos e os russos (é preciso dizer "federados"?), da mesma forma que não tem permitido que a fraterna ajuda chinesa em África seja conhecida entre nós. Temos de aceitar ser guiados por aqueles que se dedicam desde há muito a combater a propaganda capitalista e racista e com isso sairemos finalmente desta caverna de enganos em que vivemos.
Se a Federação Russa (acertei à primeira, agora), é capaz de se empenhar numa guerra com elevadíssimos custos e numerosos inimigos só por motivos humanitários, imaginem o que não será capaz de fazer se lhe permitirem agir em paz e sem oposição.
Prevejo dias radiosos para África. Eventualmente (isto indica uma hipótese e não uma certeza, atenção), assistiremos ao renascimento do continente africano, até aqui sempre adiado pela exploração estrangeira.
Ainda veremos os ucranianos - essas marionetas orgulhosas nas mãos da soberba ocidental -, irem pedir aos africanos que os venham ajudar a reconstruir o país que eles destruiram. A Mãe Rússia, apesar do coração imenso, tem direito a sentir-se ferida e a recusar dar a mão aos que a negaram.
Slava afrikaina!
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