quarta-feira, setembro 06, 2023

Conselhos

"O Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente". Além da dissolução da AR, demissão do governo e coisas de guerra e paz, cabe-lhe "aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções, quando este lho solicitar". E só. "For the record".

7 comentários:

afcm disse...

O que a mim me encanita e desanima é perceber que um Órgão que deve(ou devia) ser composto apenas e só por personalidades "à prova de bala" em termos de idoneidade, esteja transformado numa fonte de "politiquices" - nem no Conselho de Estado se consegue manter o (obrigatório ) sigilo !

aguerreiro disse...

Mais parece um Conselho de Anciãos! São conselhos com muita sabedoria, mas também cheios de mofo e reumático nas juntas.
É um vero retrato do envelhecimento nacional, Mais de 95% dos conselheiros já estão na reforma. Quantos deles e delas usam fralda? Gostava de saber pois é importante saber a quem está entregue a democracia.

Luís Lavoura disse...

Exatamente. E convém recordar que o Governo não tem que prestar contas ao Presidente da República, mas tão-somente à Assembleia da República. Nem é necessário que o Presidente da República goste do Governo.

Carlos Antunes disse...

Senhor Embaixador
Concordando a sua opinião sobre o CE, Vital Moreira no seu blog Causa Nossa:
«Segundo a Constituição, o Conselho de Estado é o órgão de consulta do PR, naturalmente quanto ao exercício dos seus poderes próprios. Por isso, deve ser a instância em que o Presidente ouve os conselheiros sobre os temas que lhe propõe.
(…)
Pelos vistos, em vez de discreto local de consulta presidencial, coligindo as opiniões nele expendidas, o Conselho de Estado está a ser transformado numa câmara de eco das opiniões presidenciais, logo depois indevidamente vazadas para os media.
(…)
O que a ordem de trabalhos definida para esta reunião do Conselho de Estado revela, em conclusão da anterior, é a compulsivo propósito do PR de assumir como supremo definidor da agenda política interna e externa do País, condicionando a orientação e as políticas do Governo, de acordo com o seu programa, claramente à margem da Constituição, segundo a qual é ao executivo, e só a ele, sob orientação exclusiva do Primeiro-ministro, que compete a condução da política geral (interna e externa) do País, pela qual responde perante o parlamento (e não perante o Conselho de Estado), do qual depende politicamente, apenas com a obrigação de manter o Presidente devidamente informado (a que a doutrina acrescenta um dever de consulta qualificado em matéria de política de defesa e de política externa). Manifestamente, o PR não tem um poder de superintendência política sobre o Governo.
Lamentavelmente, estamos assistir a uma deliberada tentativa presidencial de modificação do sistema de governo e de repartição de responsabilidades políticas constitucionalmente estabelecido.
Importa denunciá-lo para que não passe despercebido.»
O juízo rigoroso de Vital Moreira, na linha do que tem sido a sua denúncia sistemática sobre o desvio e abuso dos poderes constitucionais/presidenciais por parte do PR-Marcelo.

jose duarte disse...

Criando "factos" o PR, ao seu antigo estilo, está a criar um espaço de oposição completamente fora das atribuições do cargo e fora de qualquer ´duvida...
Curioso, também, ao que parece,o coro de criticas ao governo em que se juntou o chamado "Centro-Direita". Portanto, à falta de oposição de facto e no local certo o Conselho de Estado já não é o espaço de aconselhamento ao PR.
Para completar o estilo,até houve fugas de informação.

Anónimo disse...

O PR tem exorbitado das suas funções e continua a fazê-lo apesar das críticas: além das constitucionais, é comentador, amador de selfies, e quer ser até "assessor" do Governo, mas o Costa tem tido tomates para o pôr no "galho" certo! Mas não tem emenda!
Albertino Ferreira

Nuno Figueiredo disse...

múmias paralíticas...

Bernardo Pires de Lima

Leio no "Expresso" que Bernardo Pires de Lima vai para Bruxelas, reforçar a equipa de António Costa. É uma excelente notícia. O pr...