sexta-feira, setembro 22, 2023

Diferenças


Um tribunal emitiu uma providência cautelar para, segundo a comunicação social, suspender a "transladação" dos restos mortais de Eça de Queiroz para o Panteão. Eu estaria preocupado se tivesse sido proibida a trasladação. Sendo a tal "transladação", não há o menor problema.

8 comentários:

Unknown disse...

Achei deliciosa a resposta de um familiar descendente sobre se ele não queria que fossem dadas honras de Estado ao Eça de Queirós, com a trasladação dos restos mortais para o Panteão, ao que ele respondeu que, com a trasladação, se pretendia, pelo contrário, dar honras AO Estado. Infelizmente, é o que acontece. E o Estado, leia-se o governo, não vai prescindir de tais honras, sendo que a posição da Fundação, que depende do poder politico, só pode ser mesmo a do apoio à trasladação,

manuel campos disse...


Tomo a liberdade (mais uma) de ocupar este espaço vazio.

Quando há uma tragédia como a de Marraquexe é certo e sabido que alguns meios de comunicação social andam uns tempos a anunciar todos os sismos que vão acontecendo em território nacional e proximidades, pois o impacto da notícia junto de um grande número de pessoas é garantido por razões que todos conhecemos.
Fariam no entanto bem em retirar às fofocas e ao futebol algum tempo e espaço, usando-os para ajudarem as pessoas a saberem o que fazer no caso de um sismo forte, pois não conheço quase ninguém que o saiba, como se fosse acontecimento que pudesse estar sujeito a um “logo se vê” cá no burgo muito característico.

Vem isto a propósito de ter acabado de ler que na Ilha Terceira foi sentido um sismo de magnitude 2.3 na escala de Richter.
Ora sismos de magnitude entre 2.0 e 2.9 há mais de um milhão por ano aí pelo mundo todo e, ainda que possam ser sentidos muito vagamente por algumas pessoas, só são detectados pelos sismógrafos.
No sítio do IPMA há muita informação na rúbrica “Sismos” e no caso do dr. Google aconselho as páginas da Wikipedia inglesa, mais completas e bem estruturadas.

Tenho-me dado conta ao longo da vida que, havendo um “pânico” bem justificado pela História sobre estes factos entre nós, há também um espírito característico na forma de os encarar e que é o do “prefiro nem pensar nisso”.
E portanto ninguém sabe o que fazer “no caso de”, onde está ou não protegido dentro de casa, se é melhor estar quieto ou fugir, que equipamento básico deve ter à mão (lanternas com pilhas NOVAS podem ser úteis, smartphones talvez sim, talvez não, depende do que acontecer às redes), etc, etc, toda essa informação está disponível mas contam-se pelos dedos de uma mão (e sobram) as pessoas que conheci ao longo da vida que fazem uma pálida ideia disto tudo.

Outra situação comum é o desconhecimento de que a escala de Richter é logarítmica pelo que o nível 3 é só um ponto acima do nível 2 mas o sismo é 10 vezes mais forte e por aí fora.
Por exemplo em Marraquexe a 1ª réplica foi 100 (cem) vezes mais fraca que o sismo original.

Consta por aí que em algumas “reabilitações urbanas” se tem vindo a eliminar as “gaiolas pombalinas” e, se assim fôr, não sei o que passa pela cabeça das pessoas que o fazem.





manuel campos disse...


Afinal o espaço não estava vazio e peço desculpa ao "Unknown".

Mas já agora.
Não ía falar nisso mas aproveito para dizer que conheço muito bem um outro familiar que não ouço na televisão a ter o seu momento de glória, ouço em minha casa ou na dele, dos que não se meteram nem querem meter nisto tudo. E E não tenho ideia de que o próprio Eça de Queiroz tivesse preferência em ficar onde está, há muitos anos que ouço histórias da família, não cheguei agora a este tema nem o vou abandonar para a semana.

Outra coisa que também adianto desde já, é que não vejo porque é que o não deixam lá ficar agora.
Talvez porque comece a escassear o espaço no Panteão, como li há dias.

Nuno Figueiredo disse...

? ...uma questão de semântica, nada mais...

manuel campos disse...


Tinha deixado a janela dos comentários aberta de manhã e quando lá voltei não fiz “refresh” nenhum, tenho que me lembrar de o fazer para não tirar conclusões precipitadas.

Quando dos grandes incêndios de há uns anos atrás lá pela zona onde eu tenho o meu “algures” houve muita gente a passar maus bocados.
No meu caso não é provável pois a zona é de moradias com grandes jardins e a casa e o terreno, apesar de grande, está rodeada de ruas por três dos lados.

Mas várias pessoas minhas conhecidas com casas menos “protegidas”, apesar de não serem no meio de nenhures, apanharam grandes sustos e conheço uma família que passou uma noite dentro da piscina (felizmente que a tinham), para onde levaram vários vizinhos (que não a tinham), o que poderia ter dado uma festa inesquecível noutras circunstâncias.

Ora nessa noite nenhum smartphone funcionou, o único aparato que nunca perdeu a rede foi o telemóvel muito velhinho da avó da família.
Também por isso tenho sempre à mão um NOKIA 3310 na versão actualizada, saída em 2017 e comprado nessa altura, que no Brasil tinha a alcunha de “tijolão” porque não era suposto alguma vez partir-se.

Mas perante as notícias de que a rede 3G vai começar a ser desligada em Portugal a partir deste mês, não auguro nada de bom.
É que quando dos “apagões pontuais” recentes em algumas redes, o único que nunca deixou de funcionar foi esse, o que permitia ligar para outras redes ou para os fixos da família toda.

manuel campos disse...


Ainda a propósito de ruas.

Continua a ser estranho que muita gente que nasceu e sempre viveu em Lisboa não faça ideia em que ponta de uma rua começam a contar os “números de polícia” de portas e portões.
De vez em quando lá recebo um telefonema do tipo “tu que andas sempre por aí, de que lado fica o nº 10 (ou o nº 100) da rua X ou da rua Y?".

Lá lhes explico que em Lisboa todas as ruas “começam” de sul para norte ou de nascente para poente, com os pares à direita e os ímpares à esquerda.
Nada feito, ninguém fixa, talvez porque têm o balcão de informações sempre aqui à mão.
O tempo de me telefonarem tinham visto no Google Maps e até ficavam com uma ideia do local, mas assim deram alguma utilidade ao meu “andar sempre por aí”.

PS- No Porto o princípio é o mesmo mas com um pormenor (que é um por maior, porque bem útil) muito importante pois o número de polícia do local é o comprimento em metros da rua desde o inicio até esse ponto.
Assim e através dos números das portas ficamos com a informação do que ainda nos falta calcorrear e sabemos que o 120 fica mais ou menos em frente do 121.

Em Lisboa é o que fôr, pois basta apanharmos de um lado da rua moradias com jardins e do outro lado prédios estreitos centenários para podermos ter o nº 5 em frente ao nº 55.
E agora que se ocupam com edifícios novos o espaço de vários prédios antigos, de um modo geral com uma porta principal e várias outras com o mesmo número mas com letras acopladas, isso continua a ser evidente por toda a parte.

manuel campos disse...


O comentário anterior saíu no sítio errado, como é fácil de imaginar.
Era para o texto anterior "Desisti!"
Coisas da idade.

manuel campos disse...


Errata e das grandes.
Um número ímpar em frente de outro número ímpar, shame on me.
Portanto onde está nº5 leia-se nº3 ou nº4.

Isto não foi da idade, mas de um almocito que tivemos com um neto particularmente "estudioso" de locais onde comer e beber bem.

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