Há algumas coisas de que, ao final de alguns anos, acabamos por desistir. Um exemplo? Saber de cor, sem enganos nem hesitações, a ordem e o caráter longitudinal ou transversal de todas as ruas de Campo de Ourique.
A solução seria designar as ruas por números, como se faz em Nova Iorque e em Espinho. Em Espinho, as ruas no sentido este-oeste têm números pares, a as no sentido norte-sul têm números ímpares. Ninguém se engana. Num bairro plano, como Campo de Ourique é, seria fácil e prático utilizar tal esquema.
Começa a ser um pouco por toda a parte e há que estar atento, mais por pura curiosidade do que outra coisa, há pouco a fazer. Vivemos todos os dias e desde há bastante tempo situações de “SKIMPFLATION” que é a redução da qualidade do produto pagando o mesmo preço e situações de “SHRINKFLATION” que é a redução da quantidade do produto pagando o mesmo preço. Este ano foi cunhado novo termo, a “EXCUSEFLATION” que é o aumento de preço na sequência de acontecimentos económicos, políticos ou sociais que servem de desculpa. Habituem-se.
PS- A sugestão do Luis Lavoura levaria a que os residentes de Campo de Ourique fizessem o que faz toda a gente em todo o país cada vez que mudam o nome a uma rua: dizer o novo nome e acrescentar o antigo para os outros perceberem.
Como tudo isto começa lá e acaba cá, here we go again.
Temos assim que focar também a “TIPFLATION”, que é o alargar da gorjeta a situações onde nunca foi de todo habitual dar gorjeta nem se vê bem o que é que a justifica. Mas acontece que com a utilização cada vez mais frequente do pagamento electrónico, é cada vez mais comum lá pelos EUA aparecer a sugestão de gorjeta em situações tão simples como um café que levamos para a mesa, uma salada que compomos num buffet ou até uma encomenda de comida que levamos para casa e um pão que compramos numa padaria.
Explicado por muitos como uma consequência dos tempos do Covid em que veio à tona alguma generosidade, fruto das dificuldades por que muitos trabalhadores de muitas destas actividades passaram, o facto é que se está a assistir a um “tipping creep”, um “deslizar” do hábito da gorjeta para inúmeras actividades, o que começa a complicar ainda mais o dia-a-dia de quem já o tem muito complicado. E esta quase imposição da gorjeta feita à cabeça leva a um estado de “guilt-tipping” a que se sucede um outro estado de “tip fatigue”, que é o que começa a acontecer por lá, onde já há quem peça um “parar para pensar” (pura ingenuidade).
O facto é que por cá isto já começa a ser frequente e, se sou o primeiro a perceber o enquadramento profissional de muitos trabalhadores do ramo que bem merecem a gorjeta, também há algumas vezes que somos nós – os clientes pacientes – que merecíamos ser ressarcidos.
4 comentários:
A solução seria designar as ruas por números, como se faz em Nova Iorque e em Espinho.
Em Espinho, as ruas no sentido este-oeste têm números pares, a as no sentido norte-sul têm números ímpares. Ninguém se engana.
Num bairro plano, como Campo de Ourique é, seria fácil e prático utilizar tal esquema.
Começa a ser um pouco por toda a parte e há que estar atento, mais por pura curiosidade do que outra coisa, há pouco a fazer.
Vivemos todos os dias e desde há bastante tempo situações de “SKIMPFLATION” que é a redução da qualidade do produto pagando o mesmo preço e situações de “SHRINKFLATION” que é a redução da quantidade do produto pagando o mesmo preço.
Este ano foi cunhado novo termo, a “EXCUSEFLATION” que é o aumento de preço na sequência de acontecimentos económicos, políticos ou sociais que servem de desculpa.
Habituem-se.
PS- A sugestão do Luis Lavoura levaria a que os residentes de Campo de Ourique fizessem o que faz toda a gente em todo o país cada vez que mudam o nome a uma rua: dizer o novo nome e acrescentar o antigo para os outros perceberem.
Como tudo isto começa lá e acaba cá, here we go again.
Temos assim que focar também a “TIPFLATION”, que é o alargar da gorjeta a situações onde nunca foi de todo habitual dar gorjeta nem se vê bem o que é que a justifica.
Mas acontece que com a utilização cada vez mais frequente do pagamento electrónico, é cada vez mais comum lá pelos EUA aparecer a sugestão de gorjeta em situações tão simples como um café que levamos para a mesa, uma salada que compomos num buffet ou até uma encomenda de comida que levamos para casa e um pão que compramos numa padaria.
Explicado por muitos como uma consequência dos tempos do Covid em que veio à tona alguma generosidade, fruto das dificuldades por que muitos trabalhadores de muitas destas actividades passaram, o facto é que se está a assistir a um “tipping creep”, um “deslizar” do hábito da gorjeta para inúmeras actividades, o que começa a complicar ainda mais o dia-a-dia de quem já o tem muito complicado.
E esta quase imposição da gorjeta feita à cabeça leva a um estado de “guilt-tipping” a que se sucede um outro estado de “tip fatigue”, que é o que começa a acontecer por lá, onde já há quem peça um “parar para pensar” (pura ingenuidade).
O facto é que por cá isto já começa a ser frequente e, se sou o primeiro a perceber o enquadramento profissional de muitos trabalhadores do ramo que bem merecem a gorjeta, também há algumas vezes que somos nós – os clientes pacientes – que merecíamos ser ressarcidos.
missão impossível...
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