A entrevista de hoje de Emmanuel Macron à televisão francesa foi um repositório enfático de auto-propaganda, muito ao estilo do "o que preocupa os franceses é...", um velho truque demagógico para só dar como resposta o que se quer fazer passar. Macron é hoje uma carta esgotada.
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Bernardo Pires de Lima
Leio no "Expresso" que Bernardo Pires de Lima vai para Bruxelas, reforçar a equipa de António Costa. É uma excelente notícia. O pr...
4 comentários:
Macron é hoje uma carta esgotada.
Exatamente.
Carta esgotada e estafada ! Exactamente.
Macron só dá importância ao macro, porque brilha, é grande, é bonito, é chique, é internacional e permite uma comunicação excepcional. E então, ele dedica todo o seu tempo a isso. Ele viaja ao redor do mundo para cortes estrangeiras porque isso rende lindas fotos e é bom ser homenageado em vez de criticado; ele multiplica declarações vazias e contraditórias nas cimeiras da UE, no G20, em Davos e algures...
Reúne a sua Convenção dos Cidadãos para o Clima; ele criou o Grande Comando Espacial e fez-se passar por defensor cibernético; ele fala diante dos chefes das multinacionais na cúpula Choose France em Versalhes; diante do Coronavírus, ele institui um Conselho Científico que dá seriedade à sua falta de preparaçao.
Aumenta os orçamentos do exército como Trump e Biden exigem, permite-lhe fazer-se passar por um líder de guerra.
Macron não tem visão global, não tem direção, só conhece a aparência, o fingimento, só sabe fazer espectáculo.
Nada do que ele faz e diz na ordem macro se traduz em realidade. Não importa, porque não foi por isso que a oligarquia o elegeu presidente de França, o principal, a este nível, é que ele desempenhe bem o seu papel, o de “um grande chefe de Estado investido de uma grande missão”.
Macron despreza tudo o que é pequeno, a começar pelos “nadas” que somos. Ele deixa a microeconomia aos seus capangas, contratados como ele para saquear a França em benefício da oligarquia. Infelizmente, se podemos criar ilusões com os meios de comunicação a nível macro, é mais difícil a nível micro que afecta directamente as populações.
Essa é a dificuldade de governar: é preciso ter a cabeça nas estrelas e os pés no chão. Mas Macron chegou às estrelas dum golpe de asas ...
Quando eu tinha 40 anos, fui Director Comercial da minha empresa.Mas tinha jà vinte anos de comercial longo curso... Levou-me mais 10 anos para chegar a Director Geral...
Macron, nunca tinha sido eleito- nem autarca, nem maire, nem deputado nem ministro ! Passou directamente para Presidente da Republica... Sem experiência, mas um diploma do Banco Rothschild...E basta !
Depois dum mediocre Franois Hollande, coveiro do socialismo francês; veio um valet da finança.
Os bilionários que lideram Macron não são idiotas. Eles sabem que, se no nível macro podemos nos contentar em fingir, o desprezo pelo micro gera revoltas e caos.
O capitalismo não pode ser democrático, pois promove o crescimento do capital e, portanto, de uma oligarquia. Consiste em fazer com que o menor número possível de pessoas trabalhe com o menor custo possível. Quaisquer direitos que você possa ter desaparecem no trabalho onde você é totalmente subordinado.
Os chefes de Macron sabem de tudo isto, uma vez que o sistema foi criado para eles e para eles. E para justificar isso, sequestraram a palavra “Economia” e deram o estatuto de cientistas a autoproclamados economistas que são, na verdade, ideólogos propagandistas.
Os Estados Unidos, a estrela que segue Macron, são o exemplo típico destes regimes baseados unicamente na comunicação. Acabam por acreditar na sua própria propaganda, não vêem o seu país afundar-se.
suis pas sûr.
Por acaso, essa coisa do "o que interessa aos [preencha como preferir] é...", também é muito usada por cá. Creio já a ter ouvido várias vezes da boca do nosso PM.
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