O JUNTS e a ERC só querem saber um do outro e tudo o que fizerem será em função disso, um pouco como por cá antes do 25A e logo a seguir ao 25A se passou com a oposição democrática.
Essa teoria de que o rei pode convocar novas eleições com o argumento de que Sánchez não tinha previamente anunciado aos eleitores que iria aceitar as condições do Junts é perigosa. Transposta para Portugal, seria dizer que em 2015 teriam que ser convocadas novas eleições porque Costa não tinha avisado os eleitores que se iria coligar com o PCP e o BE. Constituiria ademais uma intromissão perigosa do rei no jogo político. Afirmar que um político avisou ou deixou de avisar os eleitores sobre aquilo que iria fazer com os votos deles é uma acusação altamente carregada politicamente.
A teoria é correcta e não vejo porque é que o facto de "infirmar" o que se passou por cá em 2015 a torna perigosa. O rei pode intrometer-se no jogo político se vir que estão em causa situações muito acima desse mesmo jogo político, como de facto estão e não estavam cá.
Repito-me, eu sei, mas como já disse várias vezes sempre votei PS desde o tempo em que o PS se "chamava" CEUD em 1969. Mas se soubesse antecipadamente que o PS se ia aliar ao PCP e ao BE se não conseguisse ganhar as eleições, como aconteceu, não teria votado no PS, tinha lá ido e entregue o voto em branco.
Não é que isso interesse muito ao PS, mais voto menos voto, mas interessa-me muito a mim, que só tenho um voto para dar. E não tenciono votar no meu "partido de sempre" enquanto não voltar a confiar nele nessas matérias.
Esteve bem ao dizer que o Puidgemont "teve de se ir embora", em vez de usar o estafado "fugiu". Depois, estragou tudo com o "Puidgemont e os seus amigos". Não estamos a falar de um grupo de café, caramba! Estamos a falar de um homem que é um líder político democraticamente eleito e que esteve à frente de uma região com milhões de habitantes.
Outra coisa: o Puidgemont não usou "meios do Estado" para o referendo. Ele usou meios do Governo da Catalunha para aplicar o programa eleitoral com o qual tinha sido eleito.
A Espanha só tem uma solução satisfatória: transformar-se numa confederação em tudo similar à helvética. Com as Forças Armadas e os Negócios Estrangeiros em comum, mas tudo o resto separado. Cada país com a sua língua, os seus feriados, o seu sistema de saúde, o seu sistema de educação, e a sua Segurança Social particulares. Há muitos espanhóis emigrados na Suíça, eles facilmente poderão ensinar aos seus patrícios como se faz.
A Espanha nao existe. Embora o rei de Castela e o Príncipe das Asturias seja a mesma pessoa. Por isso que os galegos de Cuba se revoltaram em 1900 E os castelhanos do Mexico foram corridos do Texas por meia duzia de pe descalcados ums anos antes.
7 comentários:
O JUNTS e a ERC só querem saber um do outro e tudo o que fizerem será em função disso, um pouco como por cá antes do 25A e logo a seguir ao 25A se passou com a oposição democrática.
Robert Fico acaba de ganhar as eleições na Eslováquia. Só posso imaginar o imenso sorriso na cara de Putin, enquanto bebe o seu café hoje de manhã...
Essa teoria de que o rei pode convocar novas eleições com o argumento de que Sánchez não tinha previamente anunciado aos eleitores que iria aceitar as condições do Junts é perigosa. Transposta para Portugal, seria dizer que em 2015 teriam que ser convocadas novas eleições porque Costa não tinha avisado os eleitores que se iria coligar com o PCP e o BE. Constituiria ademais uma intromissão perigosa do rei no jogo político. Afirmar que um político avisou ou deixou de avisar os eleitores sobre aquilo que iria fazer com os votos deles é uma acusação altamente carregada politicamente.
Balio
A teoria é correcta e não vejo porque é que o facto de "infirmar" o que se passou por cá em 2015 a torna perigosa.
O rei pode intrometer-se no jogo político se vir que estão em causa situações muito acima desse mesmo jogo político, como de facto estão e não estavam cá.
Repito-me, eu sei, mas como já disse várias vezes sempre votei PS desde o tempo em que o PS se "chamava" CEUD em 1969.
Mas se soubesse antecipadamente que o PS se ia aliar ao PCP e ao BE se não conseguisse ganhar as eleições, como aconteceu, não teria votado no PS, tinha lá ido e entregue o voto em branco.
Não é que isso interesse muito ao PS, mais voto menos voto, mas interessa-me muito a mim, que só tenho um voto para dar.
E não tenciono votar no meu "partido de sempre" enquanto não voltar a confiar nele nessas matérias.
Esteve bem ao dizer que o Puidgemont "teve de se ir embora", em vez de usar o estafado "fugiu". Depois, estragou tudo com o "Puidgemont e os seus amigos". Não estamos a falar de um grupo de café, caramba! Estamos a falar de um homem que é um líder político democraticamente eleito e que esteve à frente de uma região com milhões de habitantes.
Outra coisa: o Puidgemont não usou "meios do Estado" para o referendo. Ele usou meios do Governo da Catalunha para aplicar o programa eleitoral com o qual tinha sido eleito.
A Espanha só tem uma solução satisfatória: transformar-se numa confederação em tudo similar à helvética. Com as Forças Armadas e os Negócios Estrangeiros em comum, mas tudo o resto separado. Cada país com a sua língua, os seus feriados, o seu sistema de saúde, o seu sistema de educação, e a sua Segurança Social particulares.
Há muitos espanhóis emigrados na Suíça, eles facilmente poderão ensinar aos seus patrícios como se faz.
A Espanha nao existe. Embora o rei de Castela e o Príncipe das Asturias seja a mesma pessoa.
Por isso que os galegos de Cuba se revoltaram em 1900 E os castelhanos do Mexico foram corridos do Texas por meia duzia de pe descalcados ums anos antes.
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