segunda-feira, setembro 25, 2023

Outono

Não se consegue arranjar uma fotografia decente para ilustrar um tweet sobre o Outono. Só aparecem folhas e jardins com neblinas. Que falta de imaginação!

12 comentários:

aguerreiro disse...

Meta uma desfolhada "pour épater les citoyens"!

marsupilami disse...

No youtube, há a "Chanson d'Automne" de Verlaine em três versões: Trenet, Ferré ou Brassens.

Flor disse...

Eu não tenho problemas. Utilizo o Pinterest.

Nuno Figueiredo disse...

com 30º...

manuel campos disse...


Outono mas pouco.
Dei uma saltada à Baixa onde, como estou farto de garantir, me recuso a ír.

Para lá fui a pé, como sempre, para casa voltei de autocarro, como sempre.
De repente nota-se que está a sobrar mais mês no fim do vencimento, ruas sem nenhum trânsito automóvel ao meio-dia, pouco trânsito pedonal, até menos turistas (não deve estar aí nenhum arranha-céus flutuante), lojas vazias mas isso estão sempre, restaurantes “clássicos” sem grande parte dos “habitués”, com mesas pelos vistos vazias bem antes das 2 da tarde, que é a hora a que eu costumo ir e quando cheguei já estava às moscas.
Pode ser que seja Setembro, fim do dinheiro que sobrou das férias e se gastou no regresso às aulas, mas não me parece.

Entro num alfarrabista e topo logo com um livro em francês que andava a cobiçar há anos, em estado exterior impecável e baratíssimo, algo não batia bem, com o treino que tenho destas coisas não pago antes de folhear e da página 1 à página 300 e tal era só anotações à margem.
Um bocado irritante para o meu gosto (manias), ficou lá.
Passei por uma das pouquíssimas lojas de discos que restam, onde conheço toda a gente e ainda me diverti muito com as histórias que lá ouvi de situações vividas em lojas onde trabalharam ao longo da vida, confirmamos sempre que há gente muito mais esquisita que nós.

A Rua da Prata fechada há mais de um ano para reparação do colector romano não vai reabrir ao trânsito automóvel, ficando pedonal e para eléctricos.
Como os tapumes da obra ocupavam até meio dos passeios laterais tornando virtualmente impossível o transito de pessoas, bicicletas e trotinetes tudo ao molho (e os “segways” estão de volta), todas as lojas dessas duas zonas laterais estão ou fechadas temporariamente ou definitivamente, dá para distinguir pelo ar de abandono relativo.

A boa notícia (se assim se pode chamar) é que há cada vez menos tuk-tuks terceiro-mundistas, muitos já são maiores e eléctricos e, para alem disso, há cada vez mais uns carros (eléctricos) a imitar carros antigos o que começa a dar um ar civilizado a essa actividade turística.
Mas estes já os vou vendo há algum tempo debaixo das minhas janelas.

PS- Os carros a que me refiro podem ser vistos googlando e existem de várias marcas, modelos e cores (bem giros, para quem estava farto dos barulhentos e maltratados que por aí imperaram durante tantos anos):

Ver aqui: “Lisboa: Excursão em Réplica Histórica de Carro Antigo”.



manuel campos disse...


O "The Times" informa-nos hoje que "In 250 million years the seven continents of the Earth will no longer exist".

Já não durmo descansado.

manuel campos disse...


Confirmo a conversa de ontem.
Ruas e avenidas vazias, El Corte Ingles às moscas (o nosso dia de supermercado quinzenal), lugares em barda nos restaurantes do 7º andar, um passeiozinho pela Loja Gourmet sem chocar as habituais filas para a cafetaria, onde aliás as mesas que se viam cá de fora não tinham ninguém.
Ainda fomos a Alvalade tratar de uma moldura e buscar umas cortinas, as avenidas novas sem carros à vista nem à frente nem no retrovisor.

Fazer as compras no supermercado que referi não é um luxo como muitos pensam, dado o binómio preço/qualidade (não tenho comissão).
O que acontece é que as tentações são muitas e as pessoas vão cedendo aqui e ali e no fim a conta é que é.
Por aqui somos muito organizados os dois, a lista vai feita e é aquilo que trazemos (por acaso costumo trazer o Tullamore Dew e hoje trouxe o Bushmills, uma excentricidade que me custou mais 2€).

No meio disto tudo e noutra secção, aparece minha mulher com um determinado produto na mão e diz "olha aquilo de que tu falavas há dias".
Era o "shrinkflation" junto com o "excuseflation".
Só agora em casa iremos perceber se também é o "skimpflation".


Flor disse...

Manuel Campos muito obrigada pela informação sobre os passeios nas "Donas Elviras". :)

manuel campos disse...


Flor

De nada, agradeço como sempre o seu cuidado.

Não faço a mínima ideia de quanto custa mas não foi por falta de tentativas de me levarem a passear.
Quando se vive em locais onde passam muitos e se anda por aí com um ar que pelos vistos se assemelha ao de um turista um pouco mais endinheirado (deve ser do chapéu "Barbour"), páram uns atrás dos outros a perguntar (em inglês) se eu quero dar uma volta por Lisboa e, portanto, já podia ter perguntado.

manuel campos disse...


A Livraria Buccholz reabriu.

E o ecoponto da reciclagem aqui ao pé nunca teve um monte de cartão e caixas tão grande no sítio do "papel", nem se vê o topo (também tem um colchão em óptimo estado, talvez para alguém que queira esperar deitado pela recolha).

manuel campos disse...


O ecoponto está limpo, talvez porque os serviços tenham funcionado, talvez porque alguns vizinhos que vi a tirar fotos as tenham publicado algures.

De qualquer modo esta situação do lixo pode assumir outros contornos com a notícia, hoje divulgada, de que em Lisboa já foi detectada nos ultimos dias a espécie de mosquito "aedes albopictus", que transmite os vírus do dengue e zika.

Algumas precauções "caseiras" podem ser tomadas e existe informação.

manuel campos disse...


O seu a seu dono.
Interpretei mal a situação.
A culpa desta vez não é da CML mas sim das dezenas e dezenas de caixas de papelão que terão entrado cheios e estão a sair vazios de um nova loja que vai abrir aqui a 50 metros, não se percebeu ainda o que vão lá vender porque não há como espreitar lá para dentro (talvez deitando-me no chão, há ali uma nesga, mas já estou suficientemente mal visto na vizinhança):

Creio que em casos destes é possível às lojas combinarem com os competentes serviços da CML a recolha selectiva (é só cartão).

"Quem quer regueifas?"

Sou de um tempo em que, à beira da estrada antiga entre o Porto e Vila Real, havia umas senhoras a vender regueifas. Aquele pão também era p...