sábado, julho 30, 2022

Deficiência

 


4 comentários:

Luís Lavoura disse...

O papel certamente foi colocado pela pessoa não deficiente que usufrui do local de estacionamento guardado para um deficiente já falecido.

manuel campos disse...


O Luís Lavoura podia ter posto a hipótese de se tratar de alguém com espírito cívico mas isso porventura seria pedir muito.

Há muitos anos atrás havia uma "associação" cujos membros punham uns autocolantes amarelos grandes nos vidros do condutor de carros estacionados com rodas em cima do passeio, mas havia uns que enchiam os pára-brisas com aquilo que tinha uma cola muito forte e isso deu para aí umas cenas tristes.

Um "local de estacionamento guardado para um deficiente já falecido" teria que ter lá a indicação precisa da matrícula do carro dessa pessoa ou pelo menos um número de identificação da viatura a quem foi dado "esse direito" por lei.

Ora qualquer pessoa, por mais básica que seja, vê que o sinal que ali está é "genérico" o que implica que qualquer um lá pode estacionar desde que tenha bem à vista o dístico autorizado e emitido pelas autoridades competentes.

E não basta ter uma incapacidade "normal" atribuída por um atestado multiusos, tem que ter uma incapacidade motora.

De resto só quem não sabe de todo o que o cerca é que não se dá conta que metade destes lugares que existem por aí estão habitualmente ocupados por carros que não têm dístico nenhum e que ninguém controla, algo a que costumo estar atento por curiosidade "cívica".

Mais ainda, perto de minha casa há um lugar destes sempre ocupado, com o(s) mesmo(s) carro(s) parado(s) lá o dia inteiro e, de há uns tempos a esta parte, acho que o dístico que lá está é sempre o mesmo apesar dos carros serem outros, uma "panelinha" talvez.
É que os dísticos não são todos do mesmo tamanho (vá-se lá saber porquê!) e aquele dá nas vistas.

De resto isto dá direito a uma coima que pode ser razoável e eventualmente a dois pontos na carta, but nobody cares.
E quando alguém "cares" temos o Lavoura e as suas declarações de intenções alheias (ele diz "certamente").


João Cabral disse...

O automobilista português lá nisso é democrático, desrespeita tanto o seu semelhante deficiente quanto o não-deficiente. Trata todos por igual.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Em matéria de estacionamento, este país só vai ao pilarete, alternativamente temos aqui uma boa ideia.

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