sexta-feira, junho 24, 2022

Recuo

Com a tragédia da guerra a Leste, nos últimos meses, bem como na decisão do Supremo Tribunal dos EUA, que hoje foi anunciada, fica provado que o mundo pula mas, às vezes, em lugar de avançar, recua.

8 comentários:

Francisco disse...

Na história dos Homens e das suas instituições, acontece por vezes, depois de se darem dois passos em frente, ter que se dar um passo à rectaguarda. Não se trata necessariamente de um retrocesso, mas apenas de um compasso de espera, que tornará possível o avanço seguinte. Suponho até (mas a memória, prega-nos partidas), que já houve quem teorizasse sobre o tema.

João Cabral disse...

O mundo é o que sempre foi, senhor embaixador.

AV disse...

Incrivelmente triste.

mensagensnanett disse...

Parece que a Russia terá proposto a troca de mercenários capturados por Julian Assande.

Afonso Correia disse...

Foi noticiado por estes dias que em Portugal, em 2021, ano em que ouve menos IVG, foram feitos 32 abortos por dia. Ou seja, uma sala de aulas cheia de miúdos, a chilrear, 365 salas de aulas que, num ano de poucos abortos, ficaram sem miúdos. Nos EUA terão sido feitos mais de 70 milhões de abortos, segundo ontem informaram alguns canais de TV. Na manifestação em frente ao Supremo Tribunal havia manifestantes contra o aborto.
Porque não se vê ninguém a defender a vida? Porque proibe a lei se mostre à candidata ao aborto a ecografia do feto? Porque se considera retrocesso «civilizacional» a defesa da vida? A mulher será dona do seu corpo mas não é dona do corpo do bébé que, a não ser assassinado, nasceria e logo seria protegido pela lei.
Porque não recorrer aos métodos anticonceptivos? Porque não dar o bébé para adopção?
Será que esta opiniâo passa na «moderação»? AC

manuel campos disse...



A decisão do Supremo Tribunal era um post, talvez com algum enquadramento mínimo.

Misturar estes dois assuntos tão "infinitamente" díspares em tudo não faz sentido.

Luís Lavoura disse...

Concordo com o comentador Francisco.
O Supremo Tribunal decidiu corretamente: nada há na constituição federal dos EUA que imponha a permissão do aborto a nível federal.
Não se deve judicializar questões que devem ser debatidas e decididas pelo poder legislativo.
Também não se deve tratar a um nível federal questões que devem ser debatidas e decididas a nível estatal.
Compete às legislaturas de cada estado, e não a um tribunal federal, decidir se, quando e onde o aborto deve ser permitido.

Joaquim de Freitas disse...

As americanas mudarao de residência se a necessidade da IVG se impõe. Sobretudo que nesses seis estados, a lei nem sequer reconhece nenhuma excepção à proibição do aborto. Nem estupro nem incesto.

E Trump retirou imediatamente os seus benefícios, ao declarar nas ondas de rádio da Fox News que a decisão respondia à “vontade de Deus. »! Graças à nomeação e instalação de três constitucionalistas (dos seus) para a Suprema Corte dos Estados Unidos.

O cerco jà começou em torno da pílula do aborto.

Hà uma moral a retirar deste recuo da sociedade americana: o poder religioso é presente em muitas das leis e costumes dos americanos, e quando um avanço societal existe, ele nunca fica gravado no mármore.

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