A coligação de esquerda criada por Jean-Luc Mélenchon tem propostas absolutamente inaceitáveis para quem acredita no projeto europeu. Custa ter de admitir que a sua vitória seria uma catástrofe para a Europa. É, assim, uma coisa boa não ter de votar em França.
5 comentários:
Aqui está uma outra perspectiva defendida por Piketty, alguém que está longe de ser um anti-europeísta ou um extremista ...
«En réalité, si l’on examine les choses sereinement, le programme de transformation proposé en 2022 est plutôt moins ambitieux que ceux de 1936 ou de 1981.
(...)
Venons-en à la question européenne. Tous les partis membres de la Nouvelle Union populaire écologique et sociale défendent l’harmonisation sociale et fiscale en Europe et le passage à la règle de la majorité. Tenter de les faire passer pour anti-européens, alors que ce sont les plus fédéralistes de tous, est une manœuvre grossière. Les libéraux qui se prétendent européens ne font en réalité qu’instrumentaliser l’idée européenne pour poursuivre leur politique antisociale. Ce faisant, ce sont eux qui mettent l’Europe en danger.»
https://www.lemonde.fr/idees/article/2022/05/07/thomas-piketty-le-programme-adopte-par-les-partis-de-gauche-marque-le-retour-de-la-justice-sociale-et-fiscale_6125101_3232.html
Mais grave é perceber-se que dentro da coligação, o PSF nem sequer acredita naquilo que Mélenchon propõe. Uma casa dividida só pode cair. Eu, se fosse francês, votaria no Partido de Macron sem hesitação e sem entusiasmo...
Se me fosse permitida uma glosa, era rapaz para a propor nestes termos:
"A coligação de esquerda criada por Jean-Luc Mélenchon, tem propostas absolutamente inaceitáveis para quem acredita no actual projeto neo-liberal europeu. Não custa por isso admitir, que a sua vitória seria um contributo para evitar a catástrofe para a Europa. Seria assim uma coisa boa, poder votar em França".
Enfim, é apenas uma ideia alternativa.
Eu diria que as ideias dela são inaceitáveis para a França, não para a Europa. Refiro-me principalmente à ideia de baixar a idade da reforma para os 60 anos.
Jaime Santos: "
"Mais grave é perceber-se que dentro da coligação, o PSF nem sequer acredita naquilo que Mélenchon propõe."
Sabemos o que nos custou de crer no que disseram os dirigentes socialistas franceses, como François Hollande, quando "gritaram" no Bourget : "O meu inimigo é a finança".
O discurso de Emmanuel Macron continua a surpreender muita gente. É verdade que raramente vimos um zeloso servidor do Capital criticar o sistema com tanta violência e, sobretudo, prever o fim das democracias se nada mudar.
A CS das Televisões e da imprensa, pertencentes integralmente aos 9 milionários franceses conhecidos, jà começaram a musica habitual, que tende a demonstrar antes da segunda volta das eleiçoes legislativas do próximo domingo, que Melenchon é o caos, se for eleito...
Com Macron, passamos de “o Estado, sou eu” para “eu, sou o Estado””.
Essa é a verdade! Portanto, que não venha cantar músicas em que ele não acredita… Por outro lado, ele pode estara começar a temer os efeitos da tempestade… que troveja !
Democratas, às urnas !
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