É quase comovente ver o desvelo para com o Serviço Nacional de Saúde por parte de uma importante força política que votou contra a respetiva criação. Percebe-se que possa, entretanto, ter mudado de opinião, mas um discreto ato de contrição histórica não lhe ficaria nada mal.
7 comentários:
Deve ser doloroso para quem se manifestou tão entusiasta de Marta Themido assistir agora a este caos no SNS...
O desvelo deve-se ao simples facto de que não só votou contra a sua criação como é contra a sua manutenção nos presentes moldes. Prefere o Sistema Nacional de Saúde em que naturalmente os privados terão um peso maior. Vivi na Alemanha e o sistema deles, que funciona nesses moldes (serve de inspiração a alguma da nossa Direita Social) é melhor do que o nosso. Azar dos Távoras, é também mais caro, mas a defesa das contas públicas certas é uma ideologia que tem dias...
Quer que peçam desculpa, senhor embaixador?
Senhor Embaixador, não sendo meu hábito comentar comentários, entendi, para descargo de consciência, prestar um esclarecimento sobre o comentário nº 2.
No comentário não se informa o leitor devidamente sobre o facto de o sistema "privado" de saúde, na Alemanha, funcionar a várias velocidades e qualidade de assistência.
Com efeito, os cuidados de saúde dependem da Caixa de Previdência do beneficiário - "pobres/ricos"- sendo a AOK, generalista, o prestadir que acolhe as profissões mais baixas.
Como nota final apenas o reparo de o doente poder encontrar, de acordo com o seu sistema de saúde, duas salas de espera diferentes, com tempo de espera também diverso.
E mais não digo.
Votaram contra o projecto-lei do PS. Insistem, até hoje, com essa narrativa que foram contra a criação do SNS. Abstiveram-se no projecto-lei do CDS. Que, já agora, o PS votou contra. Significa isto, que foi meio contra o SNS?
Não interessa nada estar a lembrar qual era a posição de um qualquer partido há umas dezenas de anos. Naturalemente que, há muito tempo, todos os partidos tinham posições diferentes das que têm atualmente.
António Abreu
desde o inicio de 2020, com o aparecimento do Virus que foi visível a incapacidade da Ministra Marta Temido e Dra Graça Freitas para enfrentar a situação para a qual não havia antecedentes.
A situação dos internados nos lares (desde o caso de Idanha), o problema do uso ou não das máscaras) a falta de antevisão e de preparação para enfrentar a situação pos-natal e Ano Novo, o prejuízo e desorganização na assistência dos restantes serviços dos SNS, a acusação de cobardia e de falta de empenho dos médicos no caso de Reguengos, e recentemente a confusão desde o fim de 2021 e a ausência de medidas correctivas para a situação conhecida dos médicos e enfermeiros e o pagamento diferenciado dos tarefeiros para horas extraordinárias que leva os Tecnicos a irem prestar esse serviço em outros hospitais. Há uma cultura nos nossos político de não assumirem as suas responsabilidades directas e indirectas; de criarem/ apontarem culpados e depois proclamarem actuações em assuntos laterais e que muitas vezes nem se quer se concretizam. É esta a situação que agora se verifica no nosso País e com o apoio do Presidente a beijar barrigas de grávidas e a dizer autenticas baboseiras e "non sense". Desculpe o desabafo
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