terça-feira, junho 28, 2022

Princípios para a gaveta

É extraordinário - e histórico - o recuo da Suécia e da Finlândia, em matéria de princípios, para conseguirem ultrapassar o veto da Turquia à entrada para a Nato. Há coisas que ainda nos surpreendem.

4 comentários:

manuel rocha disse...

E pensar que ainda há um par de dias V convocava o argumento do "direito internacional". As pessoas movem-se por interesses, não por princípios. Quando não coincidem, atropela-se o "direito" e mudam-se os principíos. Simples.

MR

Joaquim de Freitas disse...

O oportunismo denota o desejo de explorar eventos dramáticos de um povo para fins políticos estreitos.

Entre certos chefes de Estado, dois estados onde a democracia reinou por séculos, o sentimento de fracasso e perda de credibilidade chegou a tal ponto que apenas contam para eles os meios mais rudimentares de recuperar um pouco de popularidade perdida.

A oportunidade chegou. Recuperar o mínimo mesmo à custa dos valores augustos da democracia que eles pregam há séculos. Às vezes eles usam o chapéu de salvador dos povos oprimidos, mas muitas vezes eles armam-se com aviões e tanques para expressar o seu pacifismo.

manuel campos disse...


"The good old" Groucho Marx nunca me falhou:

"Estes são os meus princípios. Se não lhes agrada, tenho outros"

É o que dá andarem os países a reboque das redes sociais (já não é o telejornal das 8), um mundo cobarde em que a mesma pessoa aplaude tudo e o seu contrário invocando esses famosos "princípios" que dão para tudo hoje e tudo amanhã desde que se encaixe na narrativa que lhe é mais conveniente.


Ainda do Groucho Marx:

"A política é a arte de procurar problemas, encontrá-los em todos os lados, diagnosticá-los incorrectamente e aplicar as piores soluções"

Estamos nesta, andamos nisto e nisto não vamos deixar de andar.

Como é que esta UE "barata tonta" vai saír da embrulhada mais que previsível para nós da mudança de poderes no Congresso dos USA em Novembro?

Dizem-me aí algumas pessoas da turma do "vai correr tudo bem", que são as que estão tão borradas (já com o Covid foi o mesmo) que não sabem articular mais nada, que a política americana não muda assim tanto estando lá uns ou outros.

Isso é verdade.
E os pormenores?
O diabo são sempre os pormenores.

Anónimo disse...

Também vai ser histórico quando os russos cortarem o gás por completo no inverno e toda a Europa tremer de frio...

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