quinta-feira, fevereiro 18, 2021

Retrovisor


E é assim que se fala de Portugal por terras de De Gaulle.

Vou escrever uma carta de protesto ao Jean-Jacques Servan-Schreiber.

22 comentários:

amadeu moura disse...

Absolutamente de acordo! E respectiva copia conforme ao General De Gaulle.

Luís Lavoura disse...

É uma indireta. Comparam o confinamento a uma ditadura.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Ai, Senhor, não me digam que em Santa Comba ocorreu um fenómeno sucupirense, em que o botas qual Odorico Paraguaçu se levantou da cova.
C'est un peu trop, quand même?!

Obelix disse...

Com cópia para o Pétain

Manuel disse...

provavelmente referiam-se ao Salazar do Instituto

jj.amarante disse...

Os preconceitos, neste caso franceses, demoram imenso tempo a desaparecer.

Dalma disse...

Absolutamente incrível, isto quase 50 anos depois,um desrespeito, mais cartas lá deviam chegar e talvez uma minha recorrendo ao francês que aprendi há muitos anos mas que ainda deve chegar!

Jaime Santos disse...

E faz muito bem. Noto a homenagem que faz a França, ao referir-se ao contemporâneo de Salazar, homem de Direita e símbolo máximo da luta anti-fascista no Hexágono...

Tomé Namora disse...

Caro Sr. Embaixador
Solidarizo-me com o seu protesto! Será que eles gostariam de ser conhecidos como o País de Vichy?! Que nunca lhe falte força para afrontar as falhas de respeito e de caráter!
Tenha um muito bom dia.
Tomé Namora

Joaquim de Freitas disse...

Quando é um afilhado de Caetano, do qual herdou o prenome de Marcelo, ministro de Salazar (como o Pai) que é reeleito com mais de 60% dos votos, e que incarna perfeitamente a diferença entre “popular” e “populista”, que está à vontade entre as elites do poder como com os desfavorecidos, Portugal pertence-lhe como pertenceu a Salazar.

O Express não vê a diferença entre o padrinho e o afilhado.

aguerreiro disse...

Envie lá a "cartinha" com recomendações para o sr. Pierre Laval! que foi contemporâneo do António Salazar, com os meus cumprimentos

carlos cardoso disse...

Apoiado Senhor Embaixador. Espero que mande mesmo essa carta aos herdeiros dos "collabos".

PauloV disse...

Apoiado Sr. Embaixador, envie também na missiva cumprimentos ao "Messieur" Chauvin.....

amadeu moura disse...

As erradas referèncias históricas do texto, devem-se a um simples "sale hasard" do jornalista.

Portugalredecouvertes disse...

Será uma montagem de carnaval ?!
É que o pessoal tem pouco conhecimento histórico, ainda por cima do estrangeiro !!!
eheheheh

Jaime Santos disse...

Errado, Sr. Joaquim de Freitas. Marcello Caetano é padrinho de casamento dos Rebelo de Sousa, mas não é padrinho do actual PR, contrariamente ao que se pensa.

Mas nem que MRS fosse filho de Salazar, isso não importaria um átomo. É um democrata e foi eleito por uma larga maioria dos Portugueses, em eleições livres e justas (e eu até nem votei nele).

E sempre é melhor ser eleito por 60% dos Portugueses do que pelas percentagens norte-coreanas que elegem o Presidente Kim Jong-un :) ...

Ou nas eleições 'multipartidárias' que elegiam a National Front (curioso nome!), a coligação de Partidos (fantoches) controlada pelo SED da DDR... O tal Partido que tinha surgido da união forçada do SPD e do KPD, no território alemão ocupado pelos soviéticos. Julgo que os franceses chamam a isto a táctica da alcachofra...

Aquele sistema político que o Senhor recentemente elogiou... Ostalgie, julgo que é o nome que os alemães, uns brincalhões, deram ao sentimento...

João Pedro disse...

Joaquim de Freitas, Marcelo NÃO é afilhado de Caetano

Joaquim de Freitas disse...

Creio que o Senhor Jaime Santos não lhe interessa uma versão diferente da que conhece. É o seu direito.
Na reunificação, surgiram as diferenças sociais extremas entre a Alemanha Ocidental e Oriental, Já escrevi sobre a origem da abastança do Oeste. Plano Marshall, abandono das indemnizações de guerra dos ocidentais, etc. Quando não se pagam as dividas, é se mais rico !

Na RDA, todos tinham um emprego, protecção social, saúde, um teto sobre as suas cabeças e alguma segurança financeira, mesmo que a vida pudesse ser frugal. Sem as instituições da RDA, muitos alemães orientais de repente encontraram-se no desemprego. Foi um choque brutal quando o liberalismo se impôs.

Se o Senhor visitasse Berlim e falasse com as pessoas, compreenderia o que quer dizer essa “brincadeira” , como lhe chama , da OSTALGIA, isto é, nostalgia do Leste.

"Era melhor antes." Ouve-se cada vez mais este refrão entre os antigos alemães orientais. Três décadas após a reunificação, alguns expressam insatisfação à medida que as desigualdades continuam. Particularmente nesta parte da Alemanha onde o voto para a extrema-direita é elevado, com um em cada quatro eleitores em média.

Mesmo a Chanceler Ângela Merkel o concede: “A vida na RDA às vezes era quase confortável", Ela também vem da Alemanha de Leste.Leia a sua entrevista do 9 Novembro no Süddeutsche Zeitung,.

Joaquim de Freitas disse...

Estou errado, e peço desculpa. Estava mal informado. Então. Marcelo Ribeiro de Sousa não tem nada a ver com Marcelo Caetano...que era o seu padrinho mas não o que pensava. Mas o cordon umbilical do PR com o Estado Novo persiste!

Joaquim de Freitas disse...

O Senhor Jaime Santos não tem simpatia nenhuma pelo Kim Jong-un,( portanto grande amigo de Trump,) que é eleito como Salazar no seu tempo…e outros ainda hoje no vasto mundo.

Mas este sistema é aborrecido: tudo está previsto!

É verdade que, nas democracias, por vezes, é mais saltitante: oferecem espectáculos eleitorais com valsas a dois tempos, onde se vê os eleitores escalar os edifícios do Parlamento para impor pela força um vencedor “escolhido” mas não eleito…

Existe de tudo neste mundo..

Joaquim de Freitas disse...

Senhor João Pedro : Como respondi mais acima ao Senhor Jaime Santos, aparentemente eu estava mal informado. Ou confundi os dois termos: padrinho de casamento e padrinho de baptizado. Vivo há 60 anos em França, e habituei-me ao termo “testemunha” de casamento. Não existe o termo em França de “padrinho” neste caso. Apresento as minhas desculpas.

Joaquim de Freitas disse...

Este "post" do Senhor Embaixador, é talvez um dos mais maquiavélicos do seu blogue! Claro que escrever "-E é assim que se fala de Portugal por terras de De Gaulle." quando o Express fala de "Portugal de Salazar", podia justificar , em vez de "terras de de Gaulle" , "terras de Pétain", também contemporâneo de Salazar ! Mas o Senhor Embaixador é mestre nas suas terras! E do humor !

A porta abriu-se então à francofobia, e a algumas visitas da História particulares.

Assim, um comentador, notou a “homenagem do Senhor Embaixador à França, ao referir-se ao contemporâneo de Salazar, homem de Direita e símbolo máximo da luta anti-fascista no Hexágono...”

Eu teria escrito antes: “ao referir-se a De Gaulle, homem de Direita e símbolo máximo da luta anti-fascista no Hexágono. e não só, contemporâneo de Salazar. E que contemporâneo!

Como o escreveu Patrick Gautrat: O advento em Vichy de um regime com uma profunda afinidade com o de Lisboa, um "irmãozinho nasceu" nas margens do Allier e o Estado francês procurará beneficiar plenamente da experiência lusitana através de relações intensas em todas as áreas.

Mas a entrada em jogo da "dissidência" gaullista e do General Giraud vai esbater as cartas criando uma situação complexa onde veremos a França ter simultaneamente durante alguns meses três representações em Lisboa. Este é o tempo da ambiguidade, Salazar não quer reconhecer a França Livre, continuando a negociar com ela em matéria comercial e a fornecer Hitler.

Vemos outros comentários fornecendo endereços para a carta do Senhor Embaixador: Pierre Laval, Pétain, mesmo esse pobre Monsieur Chauvin…como se ele não existisse por todo o lado, com outro nome!

Bom, eu aceito que estes nomes Petain, Laval, voltem à baila, mas espero que não sirvam de álibi para celebrar os “êxitos do Batalhão Sertório que serviu na Divisão Azul, em Estalinegrado, como fazem neste momento em Espanha … Já chega de nazis!

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