sábado, fevereiro 27, 2021

“Ai a loiça!”


O prédio é este, garanto! Ali ao pé da Estrela. Passei lá, há minutos, pela casa do senhor Anastácio. Toquei e ninguém respondeu, o que era estranho. Perguntei à vizinhança e disseram-me, na loja onde trabalha o Filipinho, que gosta da menina Juju, que tinham ido todos para o Porto, onde o Sporting do Anastácio (e meu) vai jogar daqui a pouco com um clube local. Caramba, e foi a família completa! Parece que quem os levou foi o Miguel, o motorista que anda com o carro de um “cartola” e que namora com a criada, a Rosa, a qual tinha ameaçado dar cabo da loiça se não a levassem também na viagem. A verdade, verdadinha, é que não estava ninguém em casa! Nem sequer o senhor Comandante, que mora no rés-do-chão, parava há pouco por lá. Com a crise que aí anda, vai-se a ver e ainda lhes assaltam a casa!

(Bom, nesse ano de 1947, ganhámos 2-1, embora o Anastácio tivesse previsto 3-1, para grande arrelia do seu conhecido portista Barata, que só foi atenuada pelo carinho das Lolas do casino de Espinho. Como será hoje?)

2 comentários:

Tony disse...

Hoje, não são os 13, mas os dez da ordem, bastam. É, para começar a acreditar.

Unknown disse...

Já, já a caminho do Marquês ...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...