terça-feira, dezembro 01, 2020

Em Paris, com Eduardo Lourenço (3)


Ao tempo em que dirigia a delegação em Paris da Fundação Calouste Gulbenkian, João Pedro Garcia organizou um interessante ciclo de conferências sobre a Europa. Figuras portuguesas e francesas diversas intervieram nessas jornadas, sempre muito concorridas, nos tempos em que a antiga residência de Gulbenkian na avenue d’Iéna acolhia esses eventos,

Um dia, coube a vez a Marcelo Rebelo de Sousa de dizer o que pensava da Europa. Ao tempo, o atual presidente da República era um conhecido comentador televisivo. As suas charlas dominicais, sobre tudo e sobre todos, eram acompanhadas pelo país, mesmo por aqueles setores que com ele não concordavam.

Coube a Eduardo Lourenço, ao tempo administrador não executivo da Fundação, fazer a apresentação de Marcelo Rebelo de Sousa. Fê-lo com imensa graça, trabalhando a figura académica, política e mediática de Marcelo. A certo ponto, saiu-se com esta tirada lapidar: "Hoje em dia, em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa é como aquelas figuras que, numa vila ou numa cidade pequena, estão à janela, a ver as pessoas passar na rua e vão comentando cada uma delas. Só que, no seu caso, ele acaba, por vezes, por ver “passar” nessa rua o cidadão político Marcelo Rebelo de Sousa e, claro, não se faz rogado e também faz comentários sobre ele”. Marcelo, como todos nós, riu-se imenso.

2 comentários:

Anónimo disse...

É pwna é que Marecelo, tão pronto e tão lesto a ajudar os outros, tenha de levar com 9 grevistas da fome sem os poder ir ver, nem os ajudar. Problemas de consciência para Marcelo...

dor em baixa disse...

Nem ele sabia que mais iria ser Presidente da República, perdão, Comentador da República.

Os amigos maluquinhos da Ucrânia

Chegou-me há dias um documento, assinado por algumas personagens de países do Leste da Europa em que, entre outras coisas, se defende isto: ...