quinta-feira, outubro 17, 2019

Relações internacionais


Haverá sempre uns maduros, que, à medida que os anos passam por eles, mais fingem “adolescer” pela afirmação de uma esforçada iconoclastia, que acharão muito bem que se “rompa” com o formalismo e se chame ”os bois pelos nomes”.

A esses agradará, estou certo, o estilo desta carta de Trump ao seu homólogo turco. Tenho, porém, a absoluta certeza de que esta peça envergonha a esmagadora maioria dos profissionais americanos de relações internacionais.

3 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

Mas é o estilo habitual do vendedor de « deals » nos negócios imobiliários, onde sempre viveu, e onde burlou o fisco! Para Trump tudo pode ser matéria para um “deal”, este termo não estando só limitado ao mundo da droga!

O que é grave é que fez “deals” com Kim, da Coreia do Norte, e perdeu o negócio. Procurou um “deal” com o Irão, e não fará negocio nenhum, propôs um “deal” ao novo presidente da Ucrânia, com o resultado que sabemos, propôs um “deal” à sua primeira esposa para comprar a segunda. Tudo se compra e tudo se vende no mundo de Trump. Homens e mulheres, e sobretudo a dignidade. E se os negócios vão bem com a Arábia Saudita é que lhes vende muito material e muito medo e é muito bem pago.
Quanto aos “deals” com Israel, não se fala…E quando penso que é o aliado da NATO e que tem no "stock" turco 65 bombas nucleares...americanas !

Joaquim de Freitas disse...

A propósito da traição de Trump e do “deal” proposto a Erdogan. E da luz Verde de Trump ...

Em 25 de Julho de 1990, a embaixatriz dos EUA no Iraque, April Glaspie, perguntou ao governo iraquiano a razão da presença do exército iraquiano junto da fronteira do Kuwait.

Ela disse então ao seu interlocutor que "Washington, inspirado pela amizade e não pelo confronto, não tinha opinião" sobre a discordância entre o Kuwait e o Iraque, afirmando que :-

"Não temos opinião sobre os conflitos árabo-árabes".

A Embaixatriz informou Saddam Hussein que "os Estados Unidos não tinham a intenção de iniciar uma guerra económica com o Iraque."

Geortge Bush Pai tinha visitado Saddham Hussein à Bagdad semanas antes e feito bons negócios…

Muitos são os especialistas do Médio Oriente que dizem que estas declarações podem ter conduzido o governo iraquiano a acreditar que tinha sido dada a luz verde pelos Estados Unidos para invadir o Kuwait.

Quando sabemos que historicamente, o Partido Baath e os nacionalistas iraquianos nunca haviam aceitado os acordos Sykes-Picot de 1915-1916, onde os britânicos e franceses compartilharam o Oriente Médio, após o controle do Império Otomano, em zonas de influência.

E que além disso, eles nunca tinham aceitado o estabelecimento de uma monarquia no Iraque, pelos britânicos, sem consultar a população, colocando um monarca estrangeiro no trono do Iraque, uma espécie de "marionete" que devia tudo aos britânicos, o que significava para os nacionalistas, e os Baathists, que o país era um quase protectorado britânico até 1958, aquando do golpe militar que terminou com a o monarquia.

Os ingleses esperaram até 1961 para dar a independência ao Kuwait. Para muitos iraquianos, o Kuwait era um estado artificial, criado a partir do zero pelos britânicos, enquanto que historicamente era uma região da Mesopotâmia (actual Iraque), e a sua existência era apenas por causa das suas ricas reservas em petróleo, enquanto que se não tivesse tais recursos naturais, a existência desse Estado não faria sentido, e, portanto, os britânicos não o teria criado.

A moral da historia é que:

1° Os americanos são daltónicos, e confundem facilmente as cores…Verde com Vermelho, por exemplo!

2° Os “deals” na mesa de jogo do Far West acabavam sempre em belas cenas de pancadaria. Havia sempre um trafulha e sempre o mesmo !

Take Direto disse...

Tinha esperança que isso fosse fake.

Adeus, "Costa do Sol"!

Há já uns bons anos, alguém me disse que, em Vila Pouca de Aguiar, tinha surgido um novo restaurante. Conhecia então toda a oferta de restau...