quinta-feira, outubro 17, 2019

A diplomacia e o Brexit


O bom senso parece ter acabado por prevalecer na negociação do Brexit. O regresso a uma fórmula que Theresa May tinha rejeitado - que cria um regime específico para a Irlanda do Norte dentro do Reino Unido - pode ter sido a chave do sucesso.

Dentro da muito má notícia que é a saída do Reino Unido da União Europeia, provocando o sensível enfraquecimento desta (financeiro, militar, geopolítico, etc), este parece ser (digo, parece, porque os detalhes são complexos) um compromisso aceitável, um imenso alívio face à crise que um rompimento sem acordo provocaria.

Recordo que foi graças a uma laboriosa negociação que isto foi conseguido. A diplomacia está, assim, de parabéns!

4 comentários:

Anónimo disse...

E o Boris, não?

Anónimo disse...

afinal o johnson tem mais cabeca do que outros lhe dao.
ja o corbyn...

dor em baixa disse...

Não concordo que seja uma má ideia, penso que a saída é boa para ambas as partes. Só antevejo um problema é não é pequeno. Se a Alemanha vier a tornar-ser demasiado forte dentro da UE a ausência do RU tornará a situação muito perigosa.

Anónimo disse...

Há quem reconheça que por causa da Irlanda do Norte, 2 milhões de habitantes, (muitos deles com dupla "nacionalidade", polititicamente com círculos eleitorais desenhados a martelo, com uma demografia em que a percentagem de católicos aumenta, uma duzia de MPs ...) só com muita incorreção pode manter um Reino (Unido) e uma Europa (Unida) em separação litigiosa vai para 3 anos.
Não sabemos o que acontecerá amanhã, nem mesmo depois.
Mas falando de Uniões, boas ou más, uma coisa parece estar a se desenhar: a natural União da Irlanda (do Sul) e a do Norte. Boa sorte ao novo, velho, País. Paz e prosperidade para todos.

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...