Tenho todo o respeito por esta senhora - ainda há dias falei de Andrew Duff, um deputado britânico gago e imensamente competente - mas temos que ser realistas: um partido que só tem esta voz no parlamento vai ter imensas dificuldades para ser eficaz no debate político.
13 comentários:
Concordo. Há que ser realistas. Num debate parlamentar, como será a intervenção dela? Ainda há pouco, na TV, foi confrangedor a sua tentativa de explicação do que queria transmitir.
Acha? Vai ser o bom e o bonito quando Ferro lhe cortar a palavra. Porque é mulher. Porque é negra. Não sei se é gay, se for tem um trio de ases imbatível na era do politicamente correcto. Ser gaga é bónus.
Se George VI foi capaz de aprender a ler com toda a clareza um dos discursos mais importantes da História, Sr. Embaixador, tenho a certeza que a Senhora Deputada conseguirá com o tempo e o treino necessário aprender a exercer o dom de palavra, que o tem, mesmo que escondido pela gaguez.
E se isso demorar e o Livre sofrer por isso, pelo menos a sua eleição servirá para quebrar mais um tecto de vidro, a saber que uma mulher negra e gaga pode entrar no Parlamento para nos representar, mas também para lutar pelos direitos daqueles e daquelas que como ela sofrem de descriminação...
Espero que se engane e que a nova deputada não seja julgada pela gaguez (ou por ser negra, ou por ser mulher) mas pelas suas posições.
Sendo o mundo o que é, talvez tenha razão.
Mesmo assim, o Livre já ganhou em tê-la como cabeça-de-lista. Pelo menos ganhou o meu respeito e, provavelmente, o meu voto para a próxima eleição.
Está tudo muito certo e a senhora tem todo o nosso respeito , mas o parlamento não é o lugar ideal para lutar pelos direitos do seu partido , arrisca-se a ser ridicularizada mal passe o estado de graça das primeiras intervenções . Apesar da inteligência e do direito que lhe assiste de dar « voz « pelo seu partido . Bom senso também existe . A senhora devia ter alguém ao seu lado para ajudá-la a exprimir-se nos momentos mais difíceis . Então se fosse muda não poderia candidatar-se ? Sim , mas com alguém ao lado que traduzisse para que todos pudessem ouvir . Porque é que tenho a sensação que tudo isto é uma espécie de « mise en cène « para convencer os ouvintes ? A própria senhora , ao ver a figura que faz , devia ter o bom senso de não querer expor-se daquela maneira .
Concordo. Ela é confrangedora.
Inteiramente de acordo com Jaime Santos. É preciso quebrar estes e mais tectos de vidro, no que a sociedade portuguesa muito tem tardado.
A sugestão do anónimo das 10:28 parece-me válida. A deputada tem o direito regimental a ter um adjunto. O regimento deveria também prever a possibilidade de ser o adjunto a ler os discursos por ela.
Por amor de Deus, sejam adultos. Parecem crianças da primária. Luis Lavoura, ela é “confrangedora”? Não, é de uma coragem assinalável da parte dela ocupar aquele lugar e ouvir e ler tanta patetice confrangedora, tanta variação acerca da gaguez dela… confrangedor mesmo é uma pessoa supostamente instruída não fazer um esforço mínimo para aceitar e compreender o que ela diz. … Ela é tanto ou tão pouco confrangedora como o deputado britânico de que o senhor Embaixador aqui falou. Essa questão foi colocada em Inglaterra? Se calhar, nem os tabloides. Que coisa infantil… Se o mundo é como é, ou seja, se há tanta gente idiota, que ridiculariza quem tem alguma deficiência desse género e a acha inapta para a função por isso mesmo, não nos cabe a nós, não cabe também a si, senhor Embaixador, combater isso? Este é um domínio, por excelência, em que é preciso ser politicamente correto. Chama-se civilização. Não dêm gás aos idiotas.
Tudo bem, por mim, ela ainda pode ser gay, vegan e mais umas coisas.
Mas se é para partir tectos de vidro porque não os partidos arregimentarem mais pessoas de cor, em vez de só uma?
Vejo o Parlamento britânico e aquilo parece um caleidoscópio, no bom sentido!
Yep.
A direcção do Livre já pediu mais tempo para a Dra. Joacine falar. Porque é gaga. É claro que já era quando se candidatou. Agora, e em nome da costumeira “igualdade”, o Livre quer tratamento privilegiado. E é assim, caro embaixador, nestes detalhes, que os vou conhecendo. Veremos como se desenrola esta mini-novela.
A Senhora disse que não era gaga de pensamento. Pois seria boa assessora, para produzir matéria, para outro seu brilhar. O Parlamento é para parlamentar (falar).
Se eu fosse um daqueles tipos "preocupados" (tradução à letra do "americano" "concerned"), diria que a fotografia escolhida por FSC é misógina e racista.
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