Há pouco, ao ver uma placa de estrada para Coimbrões, lembrei-me da Liberdade. A Liberdade era a mulher do Sebastião, um alfaiate de Coimbrões, em Vila Nova de Gaia, que um dia decidiu transformar a loja num lugar de petiscos. Largou a profissão, a Liberdade pôs as suas qualidades gastronómicas a render na cozinha e assim nasceu um restaurante. Um dos pratos famosos da casa era o Bacalhau à Liberdade, que alguns erradamente achavam que era um petisco "político".
Quem me ensinou o lugar, há muitos anos, foi o Afonso Praça, um jornalista transmontano, fundador de "O Jornal", amante de boa mesa e conhecedor dos melhores poisos gastronómicos do país. O Afonso já desapareceu há muito, a Liberdade e o Sebastião também. O lugar mantém-se, reformado e com nome mudado, mas sem a Liberdade não me apetece voltar lá.
3 comentários:
O padrinho homem de muitos saberes gastronómicos, conduziu-nos após a cerimónia religiosa na igreja e perante um padre incrédulo em 1967, com a esposa e a menina das alianças para o repasto no Alfaiate.
Acho que nunca ninguém viu nenhum casamento assim, mas ainda dura.
Pois é, faltou-vos a Liberdade, a dos petiscos. Que nunca nos falte a outra.
Que a Liberdade esteja em liberdade e em paz!
Gostei muito do nome dessa senhora.
Um grande obrigado por manter vivo o nome dos meus saudosos avós, Sebastião alfaiate e hoteleiro de profissão, de trato fácil,bem disposto e amigo do seu amigo e da Liberdade senhora de gargalhadas contagiantes.
Alberto Sebastião L Queirós
Enviar um comentário