Mário Soares comemoraria hoje o seu aniversário. Recordo-me da festa que lhe foi feita nos 80 anos e, em especial, da bela ocasião que foi o almoço comemorativo dos seus 90 anos, tendo ainda a seu lado essa também imensa figura que foi Maria Barroso.
Portugal é um país feliz por ter podido contar com uma figura como Mário Soares, na sua História contemporânea. Devemos-lhe o desenho político do regime que hoje nos governa, como já lhe tínhamos ficado a dever a sua coragem na luta contra a ditadura. Soares deu-nos lições de bom-senso, de profundo sentido democrático, de tolerância mas também de grande determinação na defesa de valores e de princípios que hoje são estruturantes da nossa vida cívica coletiva.
Neste que, repescando Saramago, é “o ano da morte de Mário Soares”, apetece-me dizer, com a alegria de quem teve o privilégio de ser seu amigo: “Viva Mário Soares”.
7 comentários:
A democracia (e claro, Portugal) muito deve a Mário Soares. Cometeu uma omissão de monta em minha opinião: nunca ter reconhecido, como fez Melo Antunes (a quem Portugal e a democracia muito devem também, que em relação à descolonização podia ter feito melhor. Insistiu sempre na sua exemplaridade...
VIVA !
Viva!
A Mário Soares qualquer trapinho lhe fica bem, qualquer boca dele faz fé.
Sobre a descolonização exemplar, "isto é assim, em democracia, se o Algarve pedir a independência temos que lha dar", é uma das máximas que a memória cirurgicamente faz esquecer.
Já a Maria de Jesus também teve uma boca santa, em Santa Apolónia no desembarque: "Agora não precisamos emigrar mais".
Muita gente pensou que se referia a todos os portugueses e as pessoas ficaram felizes e cheias de fé, que não era só para ela e família.
Enfim...! fiquemos por aqui, porque a história só se escreve uns bons anitos após.
Ehhhh
So tenho estas palavrinhas a dizer acerca do defunto
Rui Mateus Livro Contos Proibidos
Apesar dos erros ( quem nao os cometeu)devemos-lhe a Liberdade e a Democracia porque soube optar no momento exacto, para o bem de Portugal.
Viva!
Francisco F. Teixeira
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