segunda-feira, novembro 15, 2010

Dívidas e dúvidas

Ao ler comentários em certa imprensa e em alguns blogues, fico por vezes na dúvida sobre o lugar onde os devo colocar, nesse triângulo das Bermudas onde toda a racionalidade desaparece e que é delimitado pela estupidez, pela ignorância e pela má fé.

Vem isto a propósito de declarações de responsáveis políticos estrangeiros que se pronunciaram - uns a favor, outros contra - sobre a aquisição de títulos de dívida portuguesa, colocados no mercado internacional.

Perante as manifestações de interesse ou desinteresse nesses títulos, há por aí "especialistas" que enveredam por análises marcadas por considerações de natureza política, afetiva e até ideológica, como se alguém estivesse disposto a sacrificar o interesse do seu país apenas para nos ser simpático. Comprar ou não comprar títulos de dívida portuguesa é uma opção que se baseia, como não podia deixar de ser, exclusivamente, nas vantagens decorrentes do nível dos juros que pagamos por essa dívida.

Com tanto economista por aí à solta, a mandar "bitaites" em debates e colunas, não há ninguém que lhes explique isto, de uma vez por todas?

5 comentários:

Ferreira, M.S. disse...

Não. Parece ser mais fácil dizer mal sem fundamentar a razão.

Anónimo disse...

Na dúvida pode ser que leiam este Post...
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Nao há maior cego que aquele que nao quere ver...
Francisco F. Teixeira

DL disse...

Senhor Embaixador, adicione um vértice ao seu polígono: o da desinformação. É que os dias do post livre e individual nos blogues acabaram. Nos blogues ditos políticos juntam-se muitos grupos e interesses, cada qual a puxar para o seu lado. Não vale a pena esperar isenção nem imparcialidade.

Helena Sacadura Cabral disse...

Vale para todos, Senhor Embaixador, como se viu no caso de Timor.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...