quinta-feira, novembro 11, 2010

Batalha naval


Esta velha história de Viana do Castelo surgiu ontem, numa conversa ao almoço, com um recém-descoberto novo amigo vianense, ele proprio filho de um grande amigo do meu pai.

Estava-se durante a segunda guerra mundial. Portugal vivia dividido entre os apoiantes dos Aliados e os defensores da Alemanha e do Eixo. Na juventude vianense da época, a afetividade pendia mais para o lado dos Aliados, mas alguns germanófilos sobreviviam. Um destes últimos era uma figura um tanto caricata, tradicionalmente alvo de algumas "partidas", por via de uma credulidade que se somava a um inultrapassável défice cultural.

Um dia, os "aliadófilos" chegam junto desse seu amigo próximo do Eixo, mostrando-se escandalizados:

- Vocês não têm vergonha?! Acaba de ser anunciado que a Alemanha abateu, em alto mar, um contra-torpedeiro suíço. Ao que chegámos! Berlim nem sequer respeita os países neutrais!

O amigo germanófilo, cujos conhecimentos geográficos escasseavam, deu como óbvia a perca do navio daquela que seria a "poderosa" marinha suíça e, pragmático, respondeu, já desafiador:

- O que é que vocês querem?! Guerra é guerra!

11 comentários:

Julia Macias-Valet disse...

Um português pergunta a um suiço :
" - Porque é que vocês têm um Ministério da Marinha ?
O suiço responde, perguntando : "- E vocês porque é que têm um Ministério das Finanças !?"

Mônica disse...

Francisco
Eu não joguei batalha naval, mas meus irmãos jogavam demais
com carinho MOnica
Estamos com visitas

Anónimo disse...

Não publique por favor...
Mas o sr. suscitou uma dúvida de português que já foi alvo de discussões de sexo dos anjos e discutida ad nauseum pela minha zé fundamentalista como cavalo de batalha...
Perda segundo Ela é o termo correto quando usado como substantivo ...

Vou tentar fazer pesquisa, mas como o Sr. é a minha referência...

Encontrei basicamente esta resposta não é muito elucidativa...

"funciona como substantivo, portanto, o correto seria “perda”.

O termo “perca” somente é aplicável em situações em que houver possibilidade de o verbo “perder” ser flexionado, assim representada:

Eles jamais querem que eu perca meu posto na empresa."


Um abraço
Isabel

Nuno Sotto Mayor Ferrao disse...

Caríssimo Senhor Embaixador Francisco Seixas da Costa,

Concedi-lhe, no meu blogue, pelo gosto que tenho em lê-lo o “Prémio Dardos” da blogosfera considerando este blogue como um Clássico por se ter tornado num espaço incontornável de memórias diplomáticas, de notas de cultura e de actualidade. Bem-haja!

Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt

margarida disse...

E, como no Amor, vale tudo! Até navegações a seco.

Mário Machado disse...

Eu queria assistir um exercício conjunto das frotas suiças e equatorianas. Para que juntas provem ao mundo que nem só de mar vive uma esquadra.

Abs,

Anónimo disse...

Também, o que não é visto...
Não é lembrado...

A não ser

Bendito aquele que acredita sem ver.

Agora,germanófilo(?!...)
Isabel Seixas

Edite disse...

Perca é peixe... Penso que quereria dizer "Perda"...

Helena Sacadura Cabral disse...

Parafraseando "ignorância é sempre ignorância". Às vezes até é santa...

LP disse...

Hummm, não posso contar na integra, mas para quem sabe a anedota da invasão de um convento por um batalhão militar:

"Por favor, Poupem a Madre já velhinha!" replica a Madre: "Nem pensar, guerra é guerra!!!"

Armenio Octavio disse...

Eu joguei tantas vezes a batalha naval em plena sala de aula, "nas costas do Professor":
Um folha quadriculada
Um Lápis
Um amigo
Um livro (para disfarçar e esconder a folha)
e tínhamos uma valente batalha naval

Na semana passada numa aula de geografia, para tentar explicar aos alunos o calculo da Latitude e da Longitude, lembrei-me de fazer um jogo de batalha naval em plena sala de aula (conseguia-se explicar as coordenadas)
qual o meu espanto quando:
1 ninguém queria jogar era muito chato;
2 pior ninguém sabia jogar

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...