quinta-feira, outubro 29, 2020

França


Hoje, é dia de sermos todos franceses, por muito que a adaptação da expressão histórica já esteja banalizada. Pertencemos à família de quantos se recusam a ver a vida, o nosso modo de vida, ceder à barbárie ou sequer à cobardia de não lutar pelos nossos ideais, para apaziguar os energúmenos do extremismo. Estar hoje com a França - sem nenhum “mas”, note-se! - é estar do único lado da História por que vale a pena lutar. Só isso! Viva a liberdade!

22 comentários:

João Cabral disse...

Mais importante do que estar com a França é estar contra o extremismo islâmico. Isso sim é o que importa. E, note-se, nunca se ouve a voz da Comunidade Islâmica de Lisboa ou do xeque David Munir a condenar este tipo de atentados sempre que ocorrem. Isto é normal?

Anónimo disse...

É lindo mas só acredito quando nos tocar a nós. ALém diss, no que a este chão pátrio diz respeito, a liberdade é muito retórica...

Cícero Catilinária disse...

Ah, pois é, anónimo das 23:14. Liberdade, liberdade a sério, era antes do 25/4, não era? Pois!!!!

Anónimo disse...

Estamos e devemos estar todos com a França.

Que vem tem de integrar-se e respeitar as nossas normas de conduta.

Extremistas islâmicos não podem ser tolerados. Outros extremismos também não, mas não vale a pena utilizar o politicamente correcto do costume. Há responsáveis de um lado.

Anónimo disse...

Os islamistas: stratégia djihadista.
A França, meteu-se numa guerra sem país inimigo. Uma guerra sem fim.

C.Falcao

Luís Lavoura disse...

Muito bem! Hoje estou com os franceses, que a partir de hoje vêem a sua liberdade seriamente retalhada pelo seu governo, que os impede de sair de casa a não ser para trabalhar. Espero que lutem arduamente para reconquistar a liberdade de andarem na rua à vontade.

Luís Lavoura disse...

João Cabral, mas que raio tem a Comunidade Islâmica portuguesa ou o xeque da mesquita de Lisboa de andarem a condenar coisas que um maluquinho francês qualquer decidiu fazer? Isso é assunto que não lhes diz respeito. Malucos com tendências assassinas (e que justificam essas tendências de forma mais ou menos amalucada)há, lamentavelmente, por toda a parte.

Joaquim de Freitas disse...

«sem nenhum, “mas”. Muito bem, Senhor Embaixador. Mas é impossível, lamento muito. Não no que concerne o acto ignóbil e selvagem, que todo homem livre deve condenar.

Mas não podemos ignorar os instigadores que armam os assassinos.

Há um nome e um link que não foram mencionados:

Este é, é claro, o terrível assassinato de Samuel Paty, um professor de história decapitado por um terrorista salafista. Muitos ouviram os pais de alunos, simpatizantes islâmicos que exigiam sanções contra Samuel Paty (por desrespeitar o Profeta), imãs que sopravam nas brasas, mesquitas que vamos fechar, redes que vamos controlar, associações que serão banidas, etc. Mas nesta avalanche de indignação, um nome brilhou através de sua ausência: o da Arábia Saudita.

E porquê? 1. Porque é o país que fornece petróleo para a Europa e grande parte do mundo. É o país que há muito tem sido utilizado pelo Ocidente para combater movimentos comunistas em países muçulmanos, ou os nacionalismos desses países, que às vezes recebiam o apoio da URSS. Por exemplo, o mais famoso deles, Gamal Abdel Nasser, o presidente egípcio, de 1962 a 1970, apoiou os republicanos do Iêmen do Norte que haviam derrubado o rei do Iêmen. E este último, em troca, recebeu (já!) ajuda da Arábia Saudita.

A Arábia Saudita, durante toda a guerra dos soviéticos no Afeganistão, financiou os mujahidin afegãos, e ajudou a recrutar voluntários árabes para combater os inimigos ateus de Cabul. Nesse tempo, os jornais ocidentais e intelectuais estavam cheios de elogios para os "combatentes da liberdade" afegãos.

O wahhabismo da Arábia Saudita não é diferente do salafismo dos movimentos jihadistas:
ambos são caracterizados pela mesma negação do direito humano em relação ao direito divino. [O que exatamente fizeram todos aqueles que, nas mídias sociais, atacaram Samuel Paty, considerando que a lei divina deve prevalecer sobre o princípio francês do secularismo].

Na Arábia Saudita nenhuma outra religião é permitida do que a do Islão sunita, na Arábia Saudita, as mulheres têm uma condição subordinada, trabalhadores estrangeiros (i.e trabalhadores filipinos, indianos ou paquistaneses, mas não os arquitetos que projetam residências de luxo) são tratados como escravos, gays e lésbicas são punidos com a morte), e há sempre a prática de decapitar com uma espada , apedrejamento, açoitamento e amputação, ou mesmo crucificação.

A Arábia Saudita também é o país que, em 2 de outubro de 2018, atraiu Jamal Khashoggi, um jornalista do Washingyon Post que se opõe ao regime, ao seu consulado em Istambul (assim em território estrangeiro), que o torturou, assassinou e desmembrou-o com uma serra antes de dispersar seus restos mortais –

Qual é a diferença entre decapitar Samuel Paty com uma faca de açougueiro e cortar Jamal Khashoggi com uma serra?

Eu sei, que a Arábia Saudita também é o país que investe na França na economia, especialmente em hotéis de luxo,e agroalimentares, e onde cidadãos ricos são bons clientes dos joalheiros da Place Vendôme ou Rue de la Paix: clientes que compram relógios de luxo com carrinhos de mão! Não são miséria.

Mais importante, é um óptimo comprador de armas, munições, navios de guerra, submarinos e as famosas armas Caesar
.
Pois é, Senhor Embaixador, enquanto o Presidente da República, com tremolos na voz, convida os franceses a reunirem-se atrás do caixão de Samuel Paty, preferimos ignorar a ideologia e acções de um Estado precisamente na origem dos crimes salafistas e abominações.

Como Bossuet disse: "Deus ri dos homens que se queixam das consequências enquanto eles apreciam suas causas."

Anónimo disse...

Conversa fiada!!!

- ontem à noite, a RTP2 passava um episódio da série francesa Baron Noir que começava com um grupo de skinheads a atacar à paulada os participantes de uma reunião de "antirracistas" (na qual só podiam entrar não-brancos)
- no jornal da RTP3, no debate com Paulo Dentinho, lembrava-se a discriminação contra os muçulmanos

Há uma propaganda consistente de vitimização de uns e diabolização de outros e isto leva a que sempre que há crimes (em quantos já vamos?), a preocupação não seja o combate aos criminosos mas sim o "não dar armas à extrema direita". Como lembrou Paulo Dentinho - e, aqui, bem -, a Esquerda não reage corretamente ao terrorismo.

Metam na cabeça que o problema com esta gente é securitário desde logo! As soluções "humanistas" levam gerações a funcionar (mas são desfeitas em pouco tempo). Enquanto ostracizarem a Le Pen como se ela tivesse lepra e se recusarem a ouvir uma grande percentagem do Povo Francês (porque vota no partido "errado"), não vão lá. O combate a esta praga passa por uma frente forte e solidária e todos - repito, todos! -, têm de ser ouvidos.

É óbvio que tudo isto tem como origem a imigração muçulmana. Na raiz de todos estes problemas está um choque de civilizações e enquanto negarem isto, enquanto acharem que debater abertamente o problema é um apelo ao nazismo, não vamos lá!

Quantos mais vão ter de morrer?

Anónimo disse...

Esses que não condenam os atentados lá no fundo parece que concordam com eles, veja-se a posição do antigo ministro da Malásia...O problema é que o inimigo está entre nós, deixaram-no entrar e agora é difícil desalojá-lo! Nem nas Igrejas se está seguro, ao que nós chegámos! E o problema não é só da França, vai alastrar!Que medidas tomar para nossa segurança!? Responda quem souber!

efege disse...

Sim. A França é o coração da nossa Europa.

Anónimo disse...

João Cabral, como devia saber isso é mentira. Como o autor do post não faz a devida correção, faço-a eu.

Anónimo disse...

Hoje?. Se bem me lembro o Sr. Embaixador contou, a seu tempo, um episódio com um colega. Chamava-se a atenção para que a partir de determinada percentagem de islâmicos, imigrantes, numa sociedade essencialmente tolerante, estes imiscíveis, culturalmente, começam a preferir a sua Lei, Charia, nas suas comunidades ... em detrimento da lei do País para onde imigraram.... Não é de hoje esta situação que se vive em França e em outros País.

alvaro silva disse...

Como diria o meu avô. - "A carne da gorja é a mais barata do açougue". Que interessa aos franciús a histeria dos seus governantes? E aos ditos islâmicos? "Rien de rien" direi eu.
Então não controlam os invasores? Enfiam a garruça de a que são refugiados? Então o Macron não é que toma a peregrina ideia de fechar as igrejas. mas pelo fecho das mesquitas nem chuz nem buz. Afinal cada povo só tem o que merece

carlos cardoso disse...

Ao atacar a comunidade catolica, presume-se que no seguimento do "caso" Paty, o extremista islamico demonstrou a sua incomensuravel estupidez, pois a hierarquia catolica até està bastante de acordo com a comunidade islamica em termos de liberdade de expressão e de repressão da "blasfémia" (embora os métodos de ambas sejam muitissimo diferentes. Tanto os islamicos como os catolicos defendem a noção anacronica e liberticida que se devem respeitar as religiões. Isto é completamente errado: devem respeitar-se sim as pessoas e o seu direito a acreditarem no que quizerem mas aquilo em que acreditam, seja no plano religioso, politico, desportivo ou outro, não merece o minimo respeito. Isto devia ser explicado a todas as crianças nas aulas de educação civica.
O caso é tão raro que assinalo que desta vez estou de acordo com o Joaquim de Freitas.

aamgvieira disse...

A Europa incluindo a UE taparam o sol com a peneira com o malfadado politicamente correcto com a teoria dos "coitadinhos" refugiados árabes !
Abriram as portas para a mão de obra barata,etc, etc...
Os políticos só pensaram no dinheiro árabe , esqucendo-se do islamismo que nunca será compatível com qualquer outra religião e/ou sociedade democrática.
Têm que aparecer homens e mulheres com eles no sitio para responder taco a taco a estes criminosos islamitas.

João Cabral disse...

É mentira? Apresente, nesse caso, as provas do que afirma e retirarei o que disse.
Como é evidente, o extremismo islâmico só pode ser combatido de dentro, com a voz dos moderados. Eles que se manifestem, em todo o mundo. Sim, os chefes da comunidade islâmica em Portugal deveriam pronunciar-se, quando mais não seja preventivamente. Parece que há quem se esqueça que tivemos portugueses nas fileiras do Estado Islâmico.
Continuar a desculpar tudo com uns "maluquinhos" (o deste caso não é francês, é tunisino) é assobiar para o lado e não resolve nadinha.

Anónimo disse...

1) A imigração não pode ser para a vida mas sim por prazos previamente definidos. Acabado o prazo, o imigrante volta para o seu país e dá o lugar a outro.

2) Não ao reagrupamento familiar.

3) A nacionalidade dos filhos só deve ser conseguida ao atingir a maioridade e deve estar sujeita a critérios de identificação com o todo nacional. Isto não pode impedir que os filhos dos imigrantes tenham acesso a todo o tipo de serviços, nomeadamente de saúde e educação.

4) Fim à participação de imigrantes em eleições locais. A cidadania tem de corresponder a mais direitos e não ser apenas um formalismo poético.

5) Expulsão de todos os imigrantes que cometam delitos puníveis por lei. No caso de menores, deverá ser o núcleo familiar expulso também.

6) Responsabilização penal dos pais pelos delitos dos filhos.

7) Obrigatoriedade de domínio da língua nacional após um período determinado. Caso tal não suceda, o imigrante perde a licença para residir no território.

8) Estabelecimento de uma relação direta entre aproveitamento escolar e licença de residência. Quem não conseguir aproveitamento escolar mínimo deverá ser equiparado a um praticante de delito.

9) Proibição de exercício de profissões de caráter religioso por parte de estrangeiros.

Anónimo disse...

O Leitor Joaquim de Freitas tem toda a razão. E gostei de ler o seu comentário lúcido.
J)

Jaime Santos disse...

Eu gostaria de saber quantos dos emigrantes portugueses noutros Países cumpririam os critérios enunciados pelo Anónimo das 16:30 para permanecerem temporariamente nesses Estados...

Defende que os nossos emigrantes que dispõem apenas da nacionalidade portuguesa devem ser recambiados para a terrinha ao fim de x anos? Que as famílias não se lhes possam juntar quando estes dispuserem de condições para as receberem, separando Pais e Filhos? Que os Pais paguem pelos delitos dos filhos, inclusive com a expulsão do território? Etc, etc...

Ou as regras devem aplicar-se apenas aos imigrantes em Portugal?

É que sabe, qualquer sistema moral que se preze deve obedecer a um princípio, o da universalidade, o que é bom para ti é bom para mim.

Caso contrário estamos a falar de hipocrisia e não vale a pena vir falar da Europa Cristã e coisa e tal, porque se houve gente contra quem Jesus arengou foram os hipócritas, os falsos pios, que vão à missa ao Domingo e metem crianças em jaulas, e os sepulcros caiados de branco.

Os estrangeiros que cometam crimes devem ser julgados, condenados e expulsos do País após cumprimento da pena, como determina a Lei. Os que cometeram crimes e não outros, porque a Justiça pune comportamentos criminosos, não pune seguramente relações de parentesco...

Vem na Bíblia, é só um olho por um olho e só um dente por um dente, que é coisa que muita gente não percebeu.

Tudo coisas que a França dos Direitos do Homem não cessa de nos lembrar, que é mais uma razão para hoje dizermos, viva a França e abaixo a intolerância, a dos assassinos de Paty e de Nice, mas também a sua, caro anónimo...

Joaquim de Freitas disse...

Tinha preparado a minha resposta a esse anonimo, mas o Sr. Jaime Santos fê-lo melhor que eu nao o faria. Completamente de acordo.

Anónimo disse...

O "Jaime Santos" veio dar-nos - oportunamente -, a visão do "idiota útil" (expressão "técnica" nestas coisas), cuja função (exercida mais ou menos voluntariamente) é baralhar os assuntos, fazer comparações absurdas e tentar levantar confusão para que, no fim, tudo fique na mesma. Nisto teve a validação de um admirador de ditaduras. Boa companhia, ó Jaime!

Entretanto, depois das preocupadas palavras de bíblico mofo do "Jaime", houve mais uma vítima de terrorismo - um padre!...

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