O calçado, o têxtil ou os vinhos (bem como outros produtos agroalimentares) são importantes setores que se qualificam nas nossas exportações, e de que todos ouvimos constantemente falar. Curiosamente, porém, pouco se refere o setor metalúrgico e metalomecânico - que é o grande “driver” das nossas exportações. Só o aumento do seu crescimento, de 2016 para 2017, compara com o valor total das exportações do setor do calçado. É um setor de imenso sucesso, que tem hoje como principal condicionante ao seu crescimento e expansão a falta de recursos humanos qualificados.
Ontem, em Serralves, sob a moderação de Pedro Santos Guerreiro, diretor do “Expresso”, a convite da associação do setor AIMMAP, tive o gosto de participar num debate sobre os grandes desafios do setor. Coube-me, nomeadamente, falar das dificuldades que o Brexit (num RU que é o quarto mercado externo do setor) e as novas medidas decididas pelos EUA (onde o crescimento estava a ser promissor) podem acarretar para a nossa metalurgia e metalomecânica. Abordei também a questão dos riscos e oportunidades em possíveis mercados alternativos, bem como as tendências que a atual fase da globalização aponta como mais prováveis e condicionantes, com nota para o que a diplomacia económica e as políticas públicas de apoio à ação externa dos nossos empresários podem fazer.
2 comentários:
tem hoje como principal condicionante ao seu crescimento e expansão a falta de recursos humanos qualificados
Este domingo conheci uma rapariga muito jovem (parecia ter 20 anos ou coisa similar) que está a trabalhar na metalomecânica. Fiquei espantado que já contratassem mão de obra feminina.
A mulher no debate está vestida de forma normal e adequada. Não é como aquelas mulheres que aparecem em debates similares com saias e as pernas todas ao léu, a destoar flagrantemente da forma como os homens que com elas estão trajam.
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