Depois de bastantes horas, ao volante de um automóvel, a ouvir música portuguesa contemporânea, quero apresentar um sincero pedido de desculpas aos intérpretes do “nacional-cançonetismo” dos tempos “da outra senhora”.
Andei anos a zurzi-los, por darem voz a letras de uma pobreza indigente. Agora, ao ouvir com alguma atenção alguns nomes por aí renomados, dou-me conta de que o nível poético daquilo que é cantado é, frequentemente, inferior ao dos tempos que então desprezávamos, mesmo com alguma arrogância.
Assim, “Nóbrega e Sousa/Jerónimo Bragança”, as minhas desculpas!
3 comentários:
"As minhas desculpa", não. Pede-se desculpas, não se apresentam desculpas.
A quantidade de baladas inenarráveis que aí vai. Dizem que serve para evitar males maiores que seria a música pimba que teríamos que ouvir. E tanto faz sintonizar uma estação como passar a outra, a música é sempre igual. Um caso prático de totalitarismo.
Faz-me recordar o Mário Castrim que andou a pedir desculpas por referências que na devida época tinha apresentado, como por exemplo ao comentador desportivo Alves dos Santos.
JPS
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