sábado, julho 27, 2024
sexta-feira, julho 26, 2024
O senhor Guedes
Era por esta altura de início de férias grandes. Mas também podia ser pelo Natal ou na Páscoa. Ou numa possível ponte entre um feriado e um fim-de-semana. Aquela nossa amiga conseguia sempre um conveniente arredondamento dos seus dias de férias, fosse isso uma dispensazita numa tarde de sexta ou uma chegada tardia na segunda-feira.
O sol da terra
A esquerda putinista lusa, se fosse moralmente coerente, deveria estar num impasse: Trump presidente é, de longe, o pior cenário para o futuro dos palestinos; mas, a grande distância, é o melhor para uma paz na Ucrânia favorável aos russos. Gaza ou o Donbass? Moscovo! Old habits die hard!
quinta-feira, julho 25, 2024
Dizem...
Quando, em meados dos anos 60, alguns de nós saíram de Vila Real para a universidade, deixámos para trás amigos, atrasados nos estudos ou com outras perspetivas de vida. Nos nossos regressos pontuais à cidade (por lá, dizemos "à Bila"), iamo-los reencontrando pelos cafés. E, através deles, recuperávamos as novidades e atualizávamos o conhecimento das coisas da terra.
América
Se algumas das posições políticas assumidas pelo movimento trumpista fossem apresentadas por políticos europeus seriam de imediato qualificadas como de extrema-direita. Por que razão escapam a este qualificativo? O que ontem JD Vance disse sobre as mulheres sem filhos é obsceno.
Venezuela
Distraídos pelas guerras, tendemos a esquecer a Venezuela, onde um autocrata conhecido pelos seus fatos-de-treino coloridos tenta manter-se a todo o custo no poder. Agora vai a votos e logo se constatará se o sufrágio é minimamente correto e, caso ele o perca, se aceitará o resultado.
Biden
Biden falou ao país e disse que considerou necessário passar o testemunho a uma nova geração. Caramba! Meio mundo andava, há meses, a dizer-lhe isso mesmo e ele resistia à ideia. Com essa teimosia, algo egoísta, pode ter feito perigar o sucesso da sua substituição. Logo veremos!
(5) "Jockey" (Lisboa)
quarta-feira, julho 24, 2024
Shame
O que hoje se passou no Congresso dos EUA é uma lição para o mundo. Quem tiver tido a decência de se sentir indignado, deve poupar nos adjetivos e preparar-se para o que aí virá da "nova" América. O que quer que Washington vier a ser, ficou claro que não vai ser bonito de se ver.
País de marinheiros
Na Ordem
Leio que há uma greve de médicos. Não conheço as razões, que até podem ser justas. Posso ter estado distraído, mas já é conhecida a reação do antigo bastonário da respetiva Ordem, tão vocal e sindicalista no passado, agora deputado do partido do governo? É só por curiosidade...
Vice
terça-feira, julho 23, 2024
É claro?
Um comentador no meu blogue diz que não posso usar "denegrimento", pelo facto desse vocábulo associar uma imagem negativa à palavra "negro". Ah! E também não posso dizer "branquear", que liga palavra "branco" a uma melhoria de condição. Já não tenho pachorra para estas barreiras!
Ato de fé?
Piauí
Civilização (2)
Também somos o único, de todos os países "civilizados", onde, meses depois de umas eleições, as ruas continuam ainda pejadas de cartazes desse outro tempo. Os partidos não se responsabilizam minimamente pela poluição que criam e os governos assobiam para o ar. É a festa na aldeia!
Civilização (1)
Sabiam que não há nenhum país "civilizado" em que, como acontece em Portugal, sempre que ocorre qualquer coisa na política da freguesia, são de imediato ouvidos pelas televisões todos - mas todos! - os partidos com assento em São Bento, por mais minúsculos que sejam? Isto não acontece em mais nenhum lado, sabiam?
Feminina
Tenho a sensação de que Kamala Harris tem uma maior probabilidade de ser vista como mulher, por parte das votantes americanas, do que teve, ao seu tempo, Hillary Clinton. A postura de alguma arrogância de Clinton como que a "desfemininizava". (Sei que vou levar pancada por aqui...)
Intrusos
Um dia, no Brasil, ao tempo de eleições nos EUA, ouvi isto de uma importante figura do governo Lula: "Uma avaliação racional das coisas deve levar-nos a preferir uma vitória republicana. Os democratas são mais intrusivos nos assuntos internos dos países da América Latina".
Raiva
Os cidadãos dos EUA - e só eles - vão escolher alguém que vai acabar por ter uma importância determinante no nosso futuro, o futuro do mundo não americano. A nós cabe a triste sina de sermos espetadores impotentes de quem nos vai marcar o destino. Dá-me alguma raiva, confesso.
... e a caramunha
Rato
La gauche
Em França, a dita aliança de esquerda desunha-se, sem êxito, para conseguir consensualizar um nome para chefiar o governo. É um inútil exercício de "geometria no espaço", que só põe a claro as suas irreconciliáveis divisões. Macron nunca aceitará nenhum nome vindo da esquerda.
Na terra do Tio Patinhas
É extraordinária a placidez com que lemos, sem dar um salto na cadeira, sobre os milhões que privados oferecem às candidaturas americanas, destinados a propaganda e à promoção de anúncios "biased". Fosse isto na Europa e era um escândalo!
A idade da eleição
Não deixa de ser irónico que o discurso sobre a idade de Biden passe agora a ser transposto, subitamente, para o candidato republicano - um homem que se aproxima dos 80 e que tem a seu lado um jovem de 39 anos e, como sua opositora, uma mulher com menos de 60 anos.
Fui arrasado no Twitter
segunda-feira, julho 22, 2024
O verão à mesa
Em lugar de estar a encher este espaço com laudas sobre comidas e bebidas, optei por reativar o meu blogue "Ponto Come", lugar mais adequado para o relato dessas amesendações.
Ali irei colocar, em princípio até final de agosto, algumas notas muito curtas sobre cada uma dessas visitas, embora elas não tenham necessariamente tido lugar em data próxima do dia da publicação.
Ao contrário do que no passado costumava fazer - apenas sublinhar os pontos positivos dos restaurantes -, tenciono desta vez deixar expressas, quando for caso disso, as notas críticas que me pareçam adequadas e justas. Isso permitir-me-á não falar apenas de excelente e bons restaurantes, mas também de lugares "assim-assim".
Não desconheço que o surgimento desta lista de restaurantes pode provocar algumas críticas. Alguns dirão que pode ser quase ofensivo, para quantos não têm essas oportunidades, estar a destacar lugares que, para essas pessoas, não são acessíveis.
Acho o argumento sem o menor sentido. Por essa ordem de ideias, as revistas de viagens não trariam relatos de destinos de sonho, não se falaria de automóveis com preços milionários, desapareceriam as referências a caríssimos restaurantes com "estrelas Michelin" - os quais, aliás, não irão constar destas minhas notas. O mundo é injusto, eu sei, mas não é escondendo parte dele debaixo do tapete que tudo se tornará, por milagre, mais igualitário.
Vamos proceder assim: de cada vez que eu publicar no "Ponto Come" uma nota sobre um restaurante, deixarei aqui o link para quem possa estar interessado. Quem não estiver interessado, tem bom remédio: passa à frente. Combinado?
Desistência
"Há pouco, na CNN, trocaste o nome de Biden pelo de Trump. Deste conta?". O meu amigo, pelo telefone, pareceu-me preocupado que eu não tivesse notado. Respondi-lhe: "Reparei. Estou já a redigir um comunicado a desistir da minha eleição para a administração do condomínio".
Há quatro dias ...
... publiquei aqui isto:
Pensei que o tiro em Trump tinha segurado Biden. Afinal, com Obama a puxar-lhe o tapete, com os "grandees" do Congresso a afastarem-se, Biden pode aproveitar a Covid como pretexto para sair. Será sempre tarde e mal, recheado de elogios que soarão a necrologia política.
domingo, julho 21, 2024
A vítima
Há uma "vítima" do dia de hoje: o atentado contra Donald Trump. A partir de agora, deixou de ser assunto.
Um pedido
Confesso que, por mim, ficaria mais confortável se os americanos, no futuro, fizessem o favor de colocar as suas crises fora dos fins de semana.
E Gaza?
Agora que são entoadas merecidas loas a Joe Biden pelo sucesso de algumas das suas políticas públicas, em favor de setores desfavorecidos nos EUA, não posso deixar de colocar, a seu imenso débito, a sua escandalosa e continuada complacência com os massacres israelitas em Gaza.
Rir é o melhor remédio
Now what?
A diversidade informativa deve ser estimulada. Por isso, fiquei sinceramente expectante face ao surgimento do canal televisivo Now. Às vezes, passo por lá. E, confesso, até hoje não consegui descobrir a identidade própria do seu produto. Mas posso ser eu quem está a ver mal...
A saúde de Biden
sábado, julho 20, 2024
(2) A Curva
sexta-feira, julho 19, 2024
A Última Campanha
A primeira vez que ouvi falar na hipótese de Mário Soares voltar a concorrer a umas eleições presidenciais foi pela boca de José Medeiros Ferreira, na tertúlia que o seu cunhado e meu amigo Nuno Brederode Santos, animava na Mesa Dois do bar Procópio. A conversa terá sido no início de 2005, um ano antes do sufrágio.
TAP
Obama ... by Michelle
Continuo a achar extraordinária a ideia de Michelle Obama poder vir a integrar a lista presidencial americana. Alguém sabe se a senhora tem alguma ideia que a qualifique para dirigir a mais importante potência mundial?
Muita graça
Em política, o estado de graça, isto é, o tempo em que os governos ainda não pagam um preço pela asneira, deteta-se na linguagem mediática. O caos na saúde era disfarçado. Começa agora a surgir. Mas a culpa ainda não é do primeiro-ministro: ainda é da ministra...
Tour
quinta-feira, julho 18, 2024
A regra é clara
Na política francesa, há uma constante que nunca falha: quando é para se opor à esquerda, centro, direita e extrema-direita encontram sempre um jeito de acabar por estar juntos.
Bye Biden?
Pensei que o tiro em Trump tinha segurado Biden. Afinal, com Obama a puxar-lhe o tapete, com os "grandees" do Congresso a afastarem-se, Biden pode aproveitar a Covid como pretexto para sair. Será sempre tarde e mal, recheado de elogios que soarão a necrologia política.
Vale tudo!
Afirmar-se abertamente a favor de Trump não é para todos. Ainda havia uma réstea de vergonha que levava ao recato de alguns. Mas a expetativa de que Trump, se ganhar, pode vir a deixar cair a Ucrânia começa a fazer "baixar a guarda" da decência. Trump? O Donbass vale bem isso!
António Leite
British Bar
(1) ... by Sofia
quarta-feira, julho 17, 2024
Mais velho
Há uns anos, numa conversa de família, alguém me perguntou um dado qualquer sobre um nosso antepassado. Disse que não sabia. A pessoa em causa reagiu assim: "Se tu, que és o mais velho, não sabes, então ninguém sabe".
G7
terça-feira, julho 16, 2024
A extrema direita lusa e Trump
A avaliar pelas reações nas redes sociais, a extrema-direita portuguesa está exultante com a expetativa de vitória de Trump. Vai ter alguma graça assistir à sua reação se e quando Trump vier a favorecer um "land for peace" para resolver a guerra na Ucrânia.
segunda-feira, julho 15, 2024
Os espelhos
Há por aí uns sites, uns blogues e algumas páginas de Facebook, onde, desde há dois anos, dia após dia, sobre o tema da guerra na Ucrânia, algumas pessoas coletam argumentos que vão sempre no mesmo sentido, repetindo as mesmas ideias e perspetivas, somando opiniões sempre similares. São espaços onde são zurzidos e adjetivados, sem piedade, todos quantos pensam diferentemente - sejam eles "os sabujos seguidores do imperialismo americano, com os seus lacaios europeus" ou os "miseráveis traidores do ocidente, infiltrados pelo putinismo agressor". Imagino que deva ser bastante descansativo passar os dias só a ler gente que "concorda" connosco, que nos conforta as certezas radicais e nos faz ir dormir na segurança que não estamos sozinhos nos nossos preconceitos. Que lhes faça bom proveito! Deve ser como ver-se ao espelho, estranhamente gostando do que vêm.
Ucrânia
A crescente plausibilidade de uma administração Trump, que já deixou claro que "fechará a torneira" financeira que sustenta a ação militar ucraniana, pode ter um efeito potenciador de uma negociação, mesmo a montante da sua entrada em funções. Kiev e a UE não devem ficar felizes.
França
"La France Insoumise", de Mélenchon, abandonou as conversas para encontrar um nome dentro do "Nouveau Front Populaire" para primeiro-ministro, acusando os socialistas de intransigência. Este foi sempre um exercício de "geometria no espaço": Macron nunca aceitaria um nome do NFP.
Ñ
Caramba! Se há seleção que mereceu ganhar este europeu foi a Espanha! Parabéns! Além de tudo, um país amigo e magnífico! (Mas deixarei de assinar qualquer jornal que se atreva a repetir os medíocres bordões jornalísticos "Nuestros hermanos", "a vizinha Espanha" ou "país vizinho")
domingo, julho 14, 2024
Para aligeirar o ambiente
Um futuro com Trump
"Les jeux sont faits!"
Qualquer dúvida que ainda houvesse sobre o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos terminou hoje. Resta apenas contar os dias até ao início do segundo mandato de Donald Trump.
sábado, julho 13, 2024
Ao gosto do freguês
sexta-feira, julho 12, 2024
Biden
- A conferência de imprensa demonstrou, se tal fosse necessário, que Biden domina a substância dos dossiês, a anos-luz de Trump. A questão não é essa. Henry Kissinger, com 100 anos, também era um sábio atualizado. Mas ninguém se lembraria de o propor para um cargo executivo.
- A escolha dos democratas americanos é trágica: manter Biden e arrastar-se por meses de crescente revelação das suas fragilidades ou forçar uma "guerra" interna de divisão do partido, eventualmente (ou mesmo "eventually") afastando Biden, sendo derrotados na mesma. Que dilema!
- As pessoas que aventam nomes "simpáticos" para substituir Biden, com hipóteses de ganhar a presidência, devem lembrar-se que há procedimentos democráticos a respeitar, que seriam necessárias eleições "primárias" e montar um processo complexo de auscultação.
- O "Biden das gafes", daqui a dias, vai passar a ser o "novo normal". Como ele se acha o "máximo" e os democratas não têm forma de o afastar, vão ser uns meses muito penosos, até à sua mais do que provável derrota.
quinta-feira, julho 11, 2024
Memória das pirites
Foi há pouco, no palácio de Belém, a anteceder uma cerimónia. Um cavalheiro aproximou-se de mim e disse-me que ambos tínhamos feito parte, há quase cinco décadas, de uma delegação técnica portuguesa a Marrocos.
quarta-feira, julho 10, 2024
Congéneres ?
Macron
Na carta aberta que hoje dirigiu aos franceses, Macron deixou claro que vai pedir à forças políticas o que sabe ser impossível, num parlamento esfrangalhado pela dissolução de que foi o único responsável. Começa a ficar evidente que, dentro de um ano, haverá novas eleições.
Centeno
Um forte abraço a Mário Centeno. Não consegui, até ao momento, encontrar uma fotografia do cidadão português que, no futuro, irá ser eleito...
