quarta-feira, dezembro 07, 2022
“A Arte da Guerra”
Falando de Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo é, a uma distância incomparável, o maior jogador português de todos os tempos. Com todo o respeito e imensa simpatia que me merece a figura do grande Eusébio, estamos a falar de “outro campeonato”.
Ventozelo
terça-feira, dezembro 06, 2022
Perejil
Pode ser isto
Notícias de Kiev
segunda-feira, dezembro 05, 2022
domingo, dezembro 04, 2022
Trump
Vergonha
Sobe e desce
Jill Jolliffe
sábado, dezembro 03, 2022
Taberna do Adro
O saldo populacional, contudo, aumenta um pouco às horas de almoço e jantar, por via dos utentes da “Taberna do Adro” (que fecha às quartas, desde já aviso). Pela mão hábil da Dona Maria José Sousa uma cara hoje muito popular para quem gosta de aprender culinária pela televisão, com o marido no “backstage” e o filho e o neto a oficiarem às poucas mesas, ali se apresenta uma cozinha alentejana tradicional, sem arrebiques nem efes-e-erres, a preços pré-guerra, num ambiente agradável e acolhedor. Miguel Esteves Cardoso fez-lhe adequada menção no “Fugas” e a nossa Academia Portuguesa de Gastronomia consagrou, há pouco, a genuina divulgação mediática da cozinha alentejana que a Senhora faz (40 programas, gravados em Madrid, já há uns tempos, contou-me).
Há alguns anos, tinham sido os alertas gastronómicos dos meus amigos Fortunato da Câmara e Fernando Melo que, respetivamente no “Expresso” e no “Diário de Notícias”, me tinham obrigado a anotar este endereço, onde a vida, contudo, ainda me não tinha trazido.
A experiência desta refeição trouxe-me agora à memória, gustativa e não só, outros tempos da primeira morada do Chana do Bernardino, na Aldeia da Serra, da época originária do Chico, em São Manços, ou dos alvores do Manuel Azinheirinha, no Escoural. Da lista, que não é longa, o que se saúda, ficaram por experimentar o pastelão de espargos, que a casa recomenda, a tomatada de galinha, o cachaço de porco preto e os pezinhos, e algumas sobremesas. E nem digo o que se comeu.
Onde fica Vila Fernando? Não fica longe de Elvas, não fica longe de Estremoz e não fica longe da A6. Como diz o “Michelin”, para aquilo que se recomenda, “vaut le détour”. Fá-lo-ei mais vezes. Deixo a capa da lista, debruada a pano. Fechada, para abrir o apetite de quem lê.
sexta-feira, dezembro 02, 2022
Azulejos
quinta-feira, dezembro 01, 2022
“A Arte da Guerra”
Depois de uma semana de pausa, regressou “A Arte da Guerra”, o podcast com o jornalista António Freitas de Sousa para o “Jornal Económico”. Nesta edição, falamos da China e das reações públicas à política de ”covid zero”, das polémicas em torno do Qatar e da possível incursão militar turca na Síria. Para ver clicando aqui.
Outros tempos
“Andas no Larau?”
quarta-feira, novembro 30, 2022
12
Ontem, fui jantar, pela primeira vez, ao “Tua Madre”, uma ousada aposta contemporânea, um “mix” difícil de definir, onde o Alentejo se cruza com influências italianas. Uma oferta surpreendente e criativa, que aconselho. Ambiente solto, propostas líquidas desconhecidas, muito boa onda.
Hoje, optei por ir almoçar a um clássico, à “Tasquinha do Oliveira”, uma casa onde regresso sempre que posso, há mais de 20 anos. Um exemplo de rigor, constância e sempre excelente qualidade. Por lá se exibe o diploma do prémio anual de cozinha tradicional portuguesa que a nossa Academia Portuguesa de Gastronomia, com grande justiça, lhe atribuiu.
A política externa
Jorge Martins
Se puderem, não percam a excelente exposição de Jorge Martins, na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora.
terça-feira, novembro 29, 2022
“Colina”
Não me estou a referir às tascas, com toalhas de papel, travessas metálicas e uma barulheira imensa, que cumprem hoje esse papel, como alternativa popularucha, adequada ao poder da bolsa. Falo de restaurantes serenos, com guardanapos de pano, serviço personalizado à antiga (“O seu esparregado, dona Matilde”), algumas madeiras no cenário e total ausência de pressão para se abandonar a mesa (“Ó senhor Vítor! Por favor, traga-me outro café e uma bagaceira da casa”, dizíamos, quando o nosso fígado era outro).
No género, ali perto, por muitos anos, existiu o “Funil”, que agora se modernizou e perdeu o propósito. Também havia “O Polícia”, hoje uma sombra do que foi, e a “Adega da Tia Matilde”, que, pela minha última e infeliz experiência, há meses, devia ter ido com o cliente Eusébio para o Panteão. Da mesma natureza, na avenida de Paris, esteve, por muito tempo, o “Isaura”, para onde se entrava por uma escada em caracol, que nos levava a uma cave com estantes, onde existia uma bela “biblioteca” de vinhos. O “Pote”, na João XXI ainda hoje cumpre um pouco essa função. Num registo mais simples, e ainda nas Avenidas que um dia foram novas, tenho grandes memórias da “Imperial do Campo Pequeno”, de que fui vizinho e freguês assíduo.
Quase todos os bairros de Lisboa tiveram restaurantes do género. Aos fins de semana, era vulgar ver avós, pais e filhos, de famílias com algumas posses, em almoçaradas. Até na Baixa, o “Paris” cumpria essa função.
A “Colina” ali estava, igual à que sempre a conheci. Na clientela deste domingo descortinei vários nomes que estiveram na berra nos anos 90, a que a idade trouxe um corfortável anonimato, mas também ali cruzei um poderoso ministro deste governo (como este é um governo sem muitos ministros poderosos, é fácil lá chegar), à espera do seu “take away”.
Como é que se comeu? Bem, embora sem deslumbre. A oferta é a clássica para este tipo de casas, pratos sólidos, sem surpresas nem arrebiques. Com a casa cheia, o serviço teve o ritmo certo, tudo a sair a um custo razoável. Foi bom regressar à “Colina”!
(“Não fales muito na “Colina”, nas redes sociais!”, alertou-me uma amiga. “Se vai lá muita gente, ficamos sem mesas!”. Arrisco).
Os desafios da China
Na terça-feira, dia 6 de dezembro, pelas 15.00 horas, irei falar sobre “Os Desafios da China”, a convite da Sociedade de Geografia de Lisboa (Rua das Portas de Santo Antão, 100).
A minha tertúlia verde
Ontem, estive em mais um almoço daquilo que qualifico como a minha “tertúlia verde”. Por ser ecológica? Nem por isso, embora o grupo seja, sem dúvida, bem “sustentável”, atento o facto de já durar há quase cinco décadas. Por ser do Sporting? Não, embora por lá haja leões, águias e outras espécies da natureza. É verde porque foi de farda verde, na tropa, que todos nos conhecemos, e também porque estão lá representados todos os “ramos” - do Exército à Força Aérea e à Marinha, com almirantes e generais pelo meio, ora bem! Ah! E todos ali somos “abrilistas” ferrenhos. Mas isso, aos olhos de alguns “novembristas”, só nos tornaria mais “vermelhos”, não é?
O dono da bola
segunda-feira, novembro 28, 2022
Têvês
Nas Amoreiras. “É o embaixador Seixas da Costa, não é?“ Disse que sim. ”Muitas vezes não concordo com o que diz, lá na televisão”. Sorri: “Fico grato por, mesmo assim, me ouvir. Mas, diga-me uma coisa: se não aprecia o que eu digo, por que é que não muda de canal?“ “Porque há lá umas senhoras com quem estou sempre de acordo”. “Eu aviso-as, pode ficar descansada”. E saí para comprar castanhas.
A Rondónia, a estátua e a memória
Há dias, no restaurante “Solar dos Duques”, um empregado brasileiro disse-me que era da Rondónia (em português do Brasil, da Rondônia). Vir desses confins para Portugal é obra!
domingo, novembro 27, 2022
Uma aventura em Queluz de Baixo
sábado, novembro 26, 2022
Lados
Confesso que nem sempre consigo levar a cabo, com êxito, um exercício íntimo que, desde há muitos anos, tento apurar. Trata-se de evitar, quando vejo jogos de futebol na televisão, tomar partido por qualquer das equipas.
Dou conta de que estou a ter sucesso na consecução da minha atitude quando, ao ver marcar um golo numa baliza, dou por mim a desejar que haja outro na outra baliza, para tornar a partida mais equilibrada, logo, mais competitiva.
É claro que é muito mais fácil fazer isso num Shrewsbury - Barnsley, da liga inglesa, do que num campeonato do mundo entre países, sobre os quais frequentemente temos tentações afetivas.
Vem isto a propósito deste México - Argentina. Tanto me faz que ganhe um ou outro. O mesmo senti com o jogo anterior, o França - Dinamarca, ou o EUA - Inglaterra.
Sinto que estou a refinar nesta minha cultura de "isentão" militante.
A última morte de Fernando Gomes
Era uma figura muito simpática de outro tempo do nosso futebol. Jogador típico de área, com uma elegância "oportunista" (no bom sentido), da sua cabeça saíram golos magníficos, "voando entre os centrais", embora não fosse a ele que Carlos Tê dedicou o poema cantado por Veloso. Francisco José Viegas tinha-o "assassinado" (também no bom sentido ficcional) no "Morte no Estádio", mas Fernando Gomes só hoje morreu, depois de longa doença, enfrentada com muita coragem. Um grande nome do futebol português que merece ser lembrado pela nossa seleção.
sexta-feira, novembro 25, 2022
Três vintes
quinta-feira, novembro 24, 2022
Zelos
Monopólio
António da Cunha Telles
quarta-feira, novembro 23, 2022
Atlântico
terça-feira, novembro 22, 2022
Obviedades
Parabéns, CNN Portugal!
Há um ano, por esta altura, tive de faltar à inauguração da CNN Portugal. Estava a mais de três mil quilómetros de distância. Este ano, por motivos idênticos, falto à celebração do primeiro aniversário do canal onde comento temas internacionais. Azar meu. Desta vez, a mais de sete mil quilómetros de distância. Parabéns, CNN Portugal!
segunda-feira, novembro 21, 2022
domingo, novembro 20, 2022
Memória diplomática
sábado, novembro 19, 2022
Qatar
Há precisamente uma década, ocupei, por um ano, o cargo de embaixador junto da Unesco, em Paris. Um dia, procurei o meu colega do Qatar, para uma questão de interesse para Portugal.
sexta-feira, novembro 18, 2022
Pelosi
No momento em que Nancy Pelosi sai da liderança democrática da Câmara dos Representantes, é justo prestar tributo a uma senhora que, com coragem democrática, soube afrontar Trump, quando tal era necessário. O deslize da sua visita pomposa a Taiwan, contra o parecer dos responsáveis políticos e militares do seu país, é, em tudo isso, apenas um interlúdio infeliz.
O senhor guarda
“Off-side”
A sombra da farda
A luta justa
A guerra justa
quinta-feira, novembro 17, 2022
“A Arte da Guerra”
As “midterm elections” nos EUA, a conversa de Joe Biden com Xi Ji Ping e o estado da guerra na Ucrânia - temas analisados em “A Arte da Guerra”, o podcast para o “Jornal Económico”, uma conversa de meia hora com o jornalista António Freitas de Sousa.
Pátria verde
De nada…
Romance
Metáfora
Coisas
Estratégia
O prefácio foi de Adriano Moreira. No lançamento, interveio Marcelo Rebelo de Sousa. A Almedina editou o livro há quatro anos. Relendo-o agora, constato que continua muito útil.
É isto!
Sara Mago
quarta-feira, novembro 16, 2022
Saramago
Livro
Erro
Ontem à noite, durante uma intervenção na CNN Portugal, ao falar e descrever os procedimentos do Artigo 5° do Tratado de Washington, da NATO, referi, por lapso, que ele nunca tinha sido invocado.
Tratou-se de uma óbvia distração, a pensar no tempo da Guerra Fria e a esquecer a invocação feita em apoio aos EUA, depois do 11 de setembro de 2001. Acresce que, nessa data, eu era precisamente embaixador em Nova Iorque, não muito longe das Torres Gémeas. E como eu me lembro desses dias!
Ele há coisas…
Bolas
G7
Atenta a crise mundial, o G7 reuniu ontem de emergência (como faz, aliás, todas as semanas), tendo, sobre a mesa, uma agenda de trabalhos muito substancial.
terça-feira, novembro 15, 2022
“That’s life!”
Pela esquerda
Pêcêpê
segunda-feira, novembro 14, 2022
Terra (Porto)
Em frente do sempre excelente “Cafeína”, na rua do Padrão, na Foz do Porto, fica o “Terra”, uma casa do mesmo proprietário - e ele ainda tem outras por ali, de diferente natureza. Ontem, chegado ao Porto, escolhi lá ir, com amigos. (Ainda pensei ir ao “Wish”, ao próprio “Cafeína”, mas optei pelo “Terra”). O “Terra” sem ser, como espaço, deslumbrante, tem uma arquitetura interior bastante agradável, numa curiosa casa tradicional da Foz. No primeiro andar, em cuja varanda (cuidado com o perigoso degrau, à entrada!) tinha almoçado, já há anos, existe uma sala simpática (na imagem). O serviço é atento, profissional, competente, informado. (A música anda por ali demasiado alta, vírus que também parece ter afetado o “Cafeína”, o que é escusado. Ontem, pelos ritmos oferecidos, devem ter deduzido simpaticamente que eu tinha menos 40 anos de idade…). As três pessoas à mesa comemos bem, embora, creio poder deduzir, sem direito a um “uáu!” final. Há um menu de cozinha asiática (como não sou competente, aqui passo, mas dizem-me que tem qualidade), outra assente numa lógica predominantemente portuguesa, embora com apontamentos gustativos menos óbvios, o que é sempre de saudar. Os preços? “Preços ucranianos”, isto é, com o “travo” de inflação que esta guerra está a provocar entre nós, um pouco por toda a parte. Tenciono regressar, em breve, ao “Terra”. Pode haver frase mais simpática para acabar um apontamento sobre um restaurante?
Like it or not
Voltamos ao “livro único”?
O nosso PC
Trumpices
Pintar o clima
… que las hay…
The Crown
Comecei a ver a nova série “The Crown”, na Netflix. Continuo a pensar o que já pensava das anteriores: ao colar a narrativa a realidades que conhemos, a série induz-nos a criar “ideias” sobre as figuras retratadas, esquecendo que estamos perante uma ficção, não um documentário.