segunda-feira, novembro 14, 2022

Pintar o clima

Sem ser tolhidos pelo politicamente correto, devemos condenar frontalmente certo tipo de ações de vandalismo, feitos como protesto sobre a emergência climática. Mas é muito saudável que as novas gerações encabecem a denúncia da irresponsabilidade oficial a que o mundo chegou.

6 comentários:

Luís Lavoura disse...

a emergência climática

Não é uma emergência. As alterações do clima não constituem um perigo imediato e iminente, que é aquilo que carateriza uma emergência. Elas constituem certamente um perigo, mas trata-se de um perigo gradual e de médio ou longo prazo.

José disse...

Não há nestas manifestações nada de particularmente nobre. Estamos a ver os habituais jovens radicalizados, joguetes nas mãos da extrema esquerda que os lança para a rua como parte de um plano à escala internacional.

Há pouca diferença entre isto e outras situações copiadas ao pormenor do que se faz lá fora, em estilo e em oportunidade.

O pedido de demissão do pobre Ministro da Economia, então, é de bradar aos céus. Toda a ideia fede a cultura de cancelamento. O Ministro, em vez de ignorar estas palhaçadas, ainda tenta legitimá-las com promessas de reuniões e esclarecimentos.

É esperar uma semana até que venha a ordem de desmobilização (de quem quer que seja que manda nestas coisas), e tudo voltará à tranquilidade.

Luís Lavoura disse...

a irresponsabilidade oficial

Não há irresponsabilidade oficial. Há, tão somente, a consciência de que as mudanças a efetuar são tão vastas e complexas que, na prática, são impossíveis.
A civilização atual assenta sobre o consumo de vastas quantidades de energia fóssil, pelo que diminuir substancialmente o consumo essa energia é basicamente impossível.

manuel campos disse...


As novas gerações sempre encabeçaram muita mudança, se não fôsse aasim o que seria deles a contarem com as velhas gerações.
Mas neste caso particular penso que, se estivessem mais informados sobre aquilo que dizem combater, não seria má ideia.
Ou então têm os porta-vozes errados.

manuel campos disse...


Em tempo.
Para as alterações climáticas contribuem vários factores nos quais a actividade humana tem um papel importante mas não único, os outros sendo mais difíceis de quantificar (a actividade solar, por exemplo, tem-se modificado nos últimos 20 anos).

Mas oito mil milhões de pessoas desde hoje à face da Terra são um dado da questão que, não tendo solução a médio (e porventura nem a muito longo) prazo, tem vindo a ser "preferível" nem falar muito nisso, passando assim ao lado do contributo para a degradação geral do ambiente por esta gente toda (eu incluído, claro!) que, fruto dos tempos, gosta de consumir (porque pode) ou está desejosa de poder consumir (assim que puder).

Só por curiosidade fui ver qual a população há 50 anos: não chegava a 4 mil milhões.
Aconselho este site interactivo, é muito útil para enquadrar o que deve ser enquadrável mas que nem sempre convém (é só pôr datas na caixinha central e iniciar a contagem):

https://www.publico.pt/interactivo/8-mil-milhoes

Quando eu nasci éramos 2.5 mil milhões a não consumir, não havia grande coisa para comprar nem sítios onde gastar.
E então andar de avião ou de carro de um lado para o outro...

João Cabral disse...

Novas gerações, senhor embaixador? Diria antes uma dúzia de comandados por nós sabemos quem. E o resto é folclore para passar na TV. Felizmente, a grande maioria dos mais jovens não se revê nessas condutas nem em reivindicações lunáticas.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...