terça-feira, janeiro 19, 2021
“Trump ganhou!”
Uma pátria de sábios
Mesas perdidas
Foi no início deste século. Tinha tido o cuidado de telefonar para aquele restaurante, nas cercanias de Vila Real, por terras por onde Camilo tinha andado, pedindo para terem preparado um determinado prato, para ser servido logo que chegássemos.
segunda-feira, janeiro 18, 2021
Pandemia
Hipocrisia
Voto eletrónico
domingo, janeiro 17, 2021
Então e a reflexão?
Há anos que ando a dizer que o “dia de reflexão”, as 24 horas sem campanha antes do dia do voto, é uma coisa ridícula, um atestado de menorização da capacidade dos eleitores decidirem por si próprios.
sábado, janeiro 16, 2021
“Observare”
Nesta altura em que passam 30 anos desde a primeira Guerra do Golfo, na qual uma coligação de 35 países, liderada pelos Estados Unidos, munida de um mandato do Conselho de Segurança da ONU, reagiu militarmente à invasão do Kuwait pelo Iraque, o “Observare” convidou a professora Patrícia Galvão Teles para connosco analisar o estado do multilateralismo. E também abordaremos a diplomacia das vacinas. Por ali falarei também da tomada de posição coletiva dos chefes militares americanos e da recandidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU.
Confinamento ?
Ontem, o anunciado confinamento claramente falhou.
Hoje, ao que consta, há imensa gente por aí a gozar o sol, “nas tintas” para a lei de exceção.
Quando um governo dramatiza uma situação - e bem, em função de uma tragédia coletiva cada vez mais evidente - e aquilo que esse governo determina não é cumprido, ao que parece por uma utilização abusiva das exceções que se pensava irem ser utilizadas com honestidade e bom senso, somos obrigados a concluir que estamos perante uma diluição perigosa da autoridade do Estado.
Ao contrário do que se possa pensar, a democracia não concede aos cidadãos o direito individual de decidir sobre aquilo que devem cumprir, dentro daquilo que lhe é indicado como devendo ser cumprido. A lei não é “facultativa”.
Como cidadão, tenho o direito de ver respeitado pelos outros aquilo que a autoridade democrática - isto é, o poder legítimo, que o nosso voto coletivo escolheu - determinou que deva ser feito.
Ao contrário do que uma leitura primária - mas também saloia e egoísta - pode concluir, cada um poder fazer “o que lhe der na real gana” não significa liberdade, representa apenas o primado de um arbítrio que acaba por limitar os nossos direitos cívicos.
sexta-feira, janeiro 15, 2021
A Europa e o unanimismo
Deve uma Presidência portuguesa da União Europeia obrigar todas as forças políticas a um compromisso de lealdade, ocultando divergências, para não pôr em causa a imagem externa do país, no semestre de exercício?
quinta-feira, janeiro 14, 2021
quarta-feira, janeiro 13, 2021
Pandemia (3)
- “Mas que importância pode ter mais uma ou duas pessoas à mesa?”.
- “Então eu ia lá ter uma ceia de Natal sem os meus netos!”
- “São nossos amigos, caramba! Gente que sabemos que se protege! Claro que podemos ir ao restaurante os quatro”.
- “Há limites para tudo! Alguns riscos temos de correr, senão damos em doidos!”.
- “É pá! Desculpa lá, mas é um exagero estarmos aqui na sala com máscara!”
Pandemia (2)
É muito curioso que se diga que o governo errou ao tornar mais flexível o regime de deslocações e reuniões no período de Natal e, ao mesmo tempo, as autoridades sejam acusadas de não permitirem comportamentos com implicações positivas no funcionamento da economia. Em que ficamos? Confia-se ou não na auto-regulação?
Pandemia
Militares americanos
Ver os comandos militares americanos a afirmarem o que afirmam neste comunicado é uma óbvia garantia para a democracia americana.
O debate que faltou
Não foi uma surpresa constatar que a política externa está quase ausente do debate eleitoral. E não se diga que o papel do Presidente da República, no modelo constitucional semi-presidencialista que temos, não comporta uma dimensão externa importante, quer na área dos Negócios Estrangeiros, quer como comandante supremo das Forças Armadas.
terça-feira, janeiro 12, 2021
O Porto, claro!
segunda-feira, janeiro 11, 2021
François Mitterrand
François Mitterrand morreu há 25 anos, depois de 14 anos consecutivos como presidente da França. Homem da IV República, onde teve cargos de governo, foi um dos mais ferozes opositores de De Gaulle, a quem forçou a uma segunda volta numas eleições presidenciais.
domingo, janeiro 10, 2021
Bom senso?
“Observare”
Em menos de 40 minutos, analisamos a situação nos Estados Unidos e o acordo entre a União Europeia e a China. Em termos mais breves, falamos de outros seis temas de relevância internacional e até deixamos uma sugestão de um filme.
Quem quiser contactar-nos, com críticas, ideias ou até elogios, esteja à vontade para o fazer para observare@tvi.pt
O avental do “Petróleo”
Não recordo onde é que o José Guilherme Stichini Vilela, “ministro-conselheiro” na embaixada em Luanda, terá desencantado a figura do “Petróleo”. A verdade é que foi ele o cozinheiro que passou a trabalhar no apartamento que, a partir de 1982, o Zé Guilherme ocupou na avenida 4 de fevereiro, em frente à baía de Luanda. O Zé Guilherme, um querido amigo, já se foi há alguns anos.
sábado, janeiro 09, 2021
“Observare”
Com o confinamento, não há desculpas para não verem, na TVI 24, deste sábado para domingo, como habitualmente depois do noticiário da meia-noite, a edição desta semana do “Observare”, programa de análise das questões internacionais. Lá estarei, com Carlos Gaspar e Luis Tomé, sob a moderação de Filipe Caetano.
Samuel Pisar
Há dias em que, por precipitação, falamos demais. Em 2012, num jantar em Paris (alguns comentadores acham que a vida dos diplomatas é feita de jantares: é verdade, os diplomatas têm o hábito, quiçá excessivo, de jantar uma vez por dia), fiquei sentado próximo de um cavalheiro, já de certa idade, que, em determinado momento, e tendo sabido que eu era português, se referiu a uma homenagem que iria ser prestada, na UNESCO, a Aristides de Sousa Mendes.
sexta-feira, janeiro 08, 2021
Um caracol
“Eu, pelos olhos, topo logo”. Imerso no iPhone, não percebi. “O senhor está cansado, não está?” Olhei, pelo retrovisor dele, o motorista do Uber, no Porto, com curiosidade. O trajeto era pequeno, mas via-se que estava ali um filósofo, daqueles que não se calam.
quinta-feira, janeiro 07, 2021
O frio de Vila Real
quarta-feira, janeiro 06, 2021
Juan Carlos
Só falam da América!
Há dias, depois de mais uma edição de um programa de comentário internacional em que regularmente intervenho na TVI 24, um conhecido interpelou-me: “Por que é que vocês só falam da América?”.
terça-feira, janeiro 05, 2021
Debates
Portugal, o Brasil e a Europa
segunda-feira, janeiro 04, 2021
Francisca
Eles aí estão, Francisca! Tu sabias que, cedo ou tarde, qualquer coisa mais viria por aí. Já tinha havido ameaças, alguns golpes baixos. Passaram dessas outras vezes, mas anunciava-se o seu regresso. Foi isto agora, como podia ter sido qualquer outra coisa. Primeiro, foi a legalidade da decisão que tomaste, que, sendo uma opção institucional debatível, foi de uma legitimidade cristalina. Como eles bem sabem, embora façam de conta que não. Depois, foi o desforço, apoiado nos vícios de forma que uma incúria te induziu a titular, embora todos se esqueçam de dizer que isso, em nada, influenciou o desfecho do assunto. Mais vem por aí, com insinuações medíocres, porque agora vale tudo! O que é preciso, até ao ranger da última porta, é tentar usar todas as alavancas para conseguir obter, por desgaste, neste tempo eleitoral polémico, aquilo que não foi obtido num outro voto. Pela tua vida, bem sabes, Francisca, talvez bem melhor do que quem quer que seja nesse governo de que acedeste a fazer parte, sacrificando uma carreira quase ímpar, que a política tem regras muito cruéis. Sentiste isso desde muito cedo, noutras geografias, em tempos de tragédia. Agora, neste outro tempo, que já é de farsa, sei que isso te blindou para a intriga, embora, atenta a tua sensibilidade, possa não te ter vacinado contra a mágoa. Aconteça o que acontecer, os que te conhecem, e são muitos, os teus amigos e os que, não o sendo, conhecem a tua integridade, sabem bem que a tua ética e o teu sentido de serviço público pairam muito acima da espuma lamacenta destes dias estouvados. O resto, Francisca, é isso mesmo: é o resto!
domingo, janeiro 03, 2021
O caso austríaco
“Observare” o ano de 2021
Sem entrar no domínio das previsões, fizémos, no primeiro ”Observare” de 2021, uma análise ponderada às grandes questões internacionais, antecedida de uma radiografia da nova administração americana. Pode ver aqui.
Daqui a dias, há eleições
Na eleição presidencial a escolha é fácil. Tudo se resume à resposta a uma simples questão: dentre os candidatos que agora se apresentam, qual é aquele que, em face da experiência e das provas já dadas, apresenta um perfil que mais garantias oferece de poder vir a desempenhar, nos próximos cinco anos, com equilíbrio, moderação e capacidade de diálogo com os vários setores - políticos, institucionais, económicos e sociais - da sociedade portuguesa, o cargo de presidente da República? Eu não tenho a menor dificuldade em escolher.
“Melhorada”
Algumas pessoas (a começar por mim) diziam-me: “O teu blogue tem uma letra muito pequena”. Outros, que não eu, comentavam: “Aquilo precisava de uma corzita!”. Porque não me apetece (por ora) ver debates eleitorais, andei para aqui a mexer no “template” e fiz umas mudanças. Como dizem os brasileiros: dei uma “melhorada”! Se resultou ou não, só os que notaram é que podem dizer alguma coisa (“Mas mudaste alguma coisa? Já não me lembro como era...”). Dá deus as nozes...
sábado, janeiro 02, 2021
“Observare”
Carlos do Carmo e a manhã
Um dia, em Paris, depois de um espetáculo que fez no Chatelêt, perguntei a Carlos do Carmo se, por acaso, estaria disponível para almoçar connosco, no dia seguinte, na embaixada. Respondeu-me: “Não leve a mal, embaixador, mas eu nunca aceito almoços. A minhas manhãs são sempre muito longas... Mas tenho muito gosto em que possamos jantar. Almoçar, não me dá jeito!”
Passaram poucos meses. Eu já vivia em Lisboa. Ia a sair do “Ibo”, um restaurante no Cais do Sodré, e cruzei, na esplanada, Carlos do Carmo e Júlio Pomar, a jantar com as respetivas mulheres. “Ó Júlio! Um dia, em Paris, eu disse ao nosso embaixador que não podia aceitar um convite dele para almoçar. Na altura, fiquei preocupado em que ele tivesse ficado ofendido pela minha recusa. Quero que sejas minha testemunha de que eu só janto!”. E Júlio Pomar, seu grande amigo, confirmou, com aquela gargalhada enrolada que tinha.
Geórgia
Na Geórgia, foi eleito e tomou posse um novo presidente. Temos de ser coerentes. Se há provas concludentes de que a eleição dos deputados qu...