Em lugar de estar a encher este espaço com laudas sobre comidas e bebidas, optei por reativar o meu blogue "Ponto Come", lugar mais adequado para o relato dessas amesendações.
Ali irei colocar, em princípio até final de agosto, algumas notas muito curtas sobre cada uma dessas visitas, embora elas não tenham necessariamente tido lugar em data próxima do dia da publicação.
Ao contrário do que no passado costumava fazer - apenas sublinhar os pontos positivos dos restaurantes -, tenciono desta vez deixar expressas, quando for caso disso, as notas críticas que me pareçam adequadas e justas. Isso permitir-me-á não falar apenas de excelente e bons restaurantes, mas também de lugares "assim-assim".
Não desconheço que o surgimento desta lista de restaurantes pode provocar algumas críticas. Alguns dirão que pode ser quase ofensivo, para quantos não têm essas oportunidades, estar a destacar lugares que, para essas pessoas, não são acessíveis.
Acho o argumento sem o menor sentido. Por essa ordem de ideias, as revistas de viagens não trariam relatos de destinos de sonho, não se falaria de automóveis com preços milionários, desapareceriam as referências a caríssimos restaurantes com "estrelas Michelin" - os quais, aliás, não irão constar destas minhas notas. O mundo é injusto, eu sei, mas não é escondendo parte dele debaixo do tapete que tudo se tornará, por milagre, mais igualitário.
Vamos proceder assim: de cada vez que eu publicar no "Ponto Come" uma nota sobre um restaurante, deixarei aqui o link para quem possa estar interessado. Quem não estiver interessado, tem bom remédio: passa à frente. Combinado?
4 comentários:
Já estou no “Ponto Come”, para uma revisão à matéria dada, antes da invasão do verão à mesa.
“…as revistas de viagens não trariam relatos de destinos de sonho, não se falaria de automóveis com preços milionários, desapareceriam as referências aos caríssimos restaurantes com "estrelas Michelin"…”.
Nem mais.
Um número considerável de pessoas que não perde pitada de tudo isso que cita (e muito mais haveria para citar), já fica incomodada quando é a cidadã ou o cidadão que está ali ao lado, que porventura não herdou um cêntimo e sempre pagou IRS a boas taxas, vem contar que fez isto ou aquilo ou comprou outro carro.
Pois nunca percebi porque é que aqueles que lutaram por ter uma boa vida haviam de se envergonhar disso, quando tantos com vidas “estranhas” são incensados por aí até ao dia em que passam de bestiais a bestas.
Há quem me encontre e me diga “tens uma boa vida porque tiraste um curso”, como se isso chegasse, um curso tem exames de vez em quando e chumbando dá para repetir, a vida profissional tem exames todos os dias e chumbando raramente dá para repetir.
E eu a dizer-lhes “mas tu tiveste as mesmas hipóteses de tirar um curso que eu, preferiste a esplanada da Mexicana” e eles a olharem para mim e a gaguejarem justificações patetas que ninguém lhes pediu, isto sem contar os que tendo curso acabaram a carreira no mesmo nível em que tinham sido admitidos 40 anos antes (falo do privado, claro, conheço muitos).
Portanto cá vou contando umas histórias e passando pelo que sou, alguém que tem orgulho no que conseguiu pois “se não fosse eu, o que seria de mim…”.
Venham assim as notícias que promete.
Eu tive um almoço diferente do anunciado ali na minha “cantina algures”, pois quando há sardinhas minha mulher não hesita, mais a mais agora pois elas só vão melhorando até Setembro, eu optei pela minha rica chanfana, o ensopado de enguias fica para outro dia, já tinham muita gente à espera que desistíssemos dele.
Há um mês ficámos muito contentes por este restaurante ter sido premiado, agora continuamos contentes mas eles escusavam de ter aumentado os preços todos como o fizeram, como aquilo continua sempre cheio não os acho nada parvos.
Para bem comer, é necessário ser-se rico de em tempo, o que nem sempre é possível para os menos afortunados entre nós.
C. Falcão
Combinado!
Enviar um comentário