Ao final da tarde de ontem, tive um grande gosto em participar, conjuntamente com o professor Azeredo Lopes, numa palestra organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, dedicada à guerra na Ucrânia.
Foi interessante observar como o tema pode, na serenidade de um ambiente académico, por iniciativa dos estudantes, ser tratado de uma forma rigorosa, sem que as emoções empurrem o debate para um qualquer radicalismo argumentativo. Que diferença face ao modo crispado, às vezes algo censório, como o assunto tem vindo a ser abordado por aí!
1 comentário:
A crispação poderá provir, em boa parte, de atitudes que parecem premeditadamente inconsequentes, apenas pensadas e empreendidas como veículo de propaganda - por muito legítima que possa ser - e, mais ainda, de exigências absolutamente incompreensíveis, tendo em conta que, atendê-las, nos precipitaria, de forma inexorável, numa guerra à escala mundial.
Certo é que, em tempos de emoções fortes e de agressões desumanas, se torna muito difícil moderar o discurso e controlar as emoções; sobretudo, tratando-se de menos preparados políticos de ocasião. Desejavelmente existirá, no entanto, uma menos exposta, menos mediática e, porventura, mais lúcida equipa de conselheiros e de assessores que alerte para o que parece ser uma recorrente tendência para a asneira; alternativamente, para algo bem pior.
Refleti um pouco sobre o tema em https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2022/03/tempos-novos-mentiras-velhas.html, que convido a visitar.
Enviar um comentário