sábado, março 26, 2022

Reler Biden

Depois do discurso em Varsóvia, em que Biden, a propósito de Putin, disse “This man cannot remain in power!”, a Casa Branca esclareceu: "He was not discussing Putin’s power in Russia, or regime change." 

Claro que não! Então não se estava mesmo a ver? Nós é que ouvimos mal…

7 comentários:

Miguel disse...

Qual é o significado, do ponto de vista diplomático, deste aparente cortar de pontes com Putin da parte de Biden? "Butcher", "criminal" na boca do responsável máximo do lado ocidental... Ele não menciona negociações, diplomacia, paz, e alude a um conflito que estará para durar anos e décadas...

Joaquim de Freitas disse...

Biden foi mesmo longe...O presidente americano alertou o Kremlin, pedindo-lhe que nem pensasse em “avançar um centímetro em território da OTAN”.

Só a NATO pode avançar para oeste, milhares de km…
Joe Biden continua sem luvas ao falar com o seu colega russo. julgando que ele "não poderia permanecer no poder" após a sua invasão da Ucrânia...

O presidente americano atacou violentamente Vladimir Putin no sábado em Varsóvia, julgando que ele "não poderia permanecer no poder" após a sua invasão da Ucrânia.!


Esta declaração, no entanto, foi imediatamente temperada pela Casa Branca.

Alertou as autoridades de Moscovo, "ordenando-lhes" que " nem mesmo [pensar] em avançar um centímetro em território da NATO". Territorio da NATO....disse Biden ! A "quinta" europeia de Biden...Mais que nunca, pertencemos ao "americano"...Ele dispõe de nós como quer...

Linguagem de "OK Corral" , do Farwest. Como muitas outras coisas!

A extraterritorialidade das leis americanas, que ninguém contestou, permite aos soldados americanos de cometer crimes não importa onde, e não se privaram durante décadas, sem poderem ser trazidos perante o Tribunal Internacional.

Vir da América, ameaçar a Rússia, em terras da Europa, esquecendo os milhares de ogivas nucleares prontas a exterminar os homens na Terra, é qualquer coisa que para Biden, não comporta mais perigo que uma troca de tiros em OK Corral…

Praticamente todos os presidentes americanos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, cometeram crimes de guerra e deviam ser considerados criminosos de guerra.

Existem muitas maneiras de cometer crimes de guerra. O embargo é uma delas. Pode ser mais mortal que as bombas. Os EUA são mestres neste género de crimes. São únicos no Mundo.

Lançar duas bombas nucleares sobre objectivos civis, matando quase meio milhão de humanos indefesos, foi um crime de guerra.

Lançar milhares de toneladas de agentes químicos desfolhantes, e napalm sobre civis no Vietname e algures no Iraque (Faloujah), foi um crime de guerra.

Torturar prisioneiros de guerra na prisão de Abuh Graib, no Iraque, arrastar os prisioneiros nus, uma trela de cão ao pescoço, nas mãos duma mulher, para não importa quem é uma tortura, mas para um muçulmano ainda mais... A mulher GI não foi condenada.

Manter prisioneiros em Guantanamo, durante anos, sem julgamento é crime de guerra...

A regra no Far West era que os indivíduos podiam se organizar perfeitamente para desenvolver e aplicar um sistema de leis privadas.

Biden vive ainda no espírito do Far West. E com ele os EUA...

João Cabral disse...

Trump riu-se.

Jaime Santos disse...

Só a NATO pode avançar para Oeste milhares de km, Joaquim de Freitas? Isso queria Putin... Parece-me que vocês têm os pontos cardeais trocados, mas enfim, isso já vem de longe...

E quanto a quem vive no espírito do Far West, parece-me que desta vez quem o encarna é Putin... Não foram os EUA a invadir a Ucrânia e a reduzir as suas cidades as escombros...

Mas que o coletivo Joaquim de Freitas é especialista em what-aboutism, isso também já se sabia...

O Sr. Putin tem alguns amigos (leia-se serventuários) em Portugal. E alguns param por aqui...

Miguel disse...

«nem pensasse em “avançar um centímetro em território da OTAN”»

Acho que Biden esteve muito bem ao deixar esse aviso. A dúvida é quanto à pertinência desta frase “This man cannot remain in power!” e da linguagem pouco diplomática com que se tem referido a Putin, com quem o ocidente terá forçosamente de negociar.



Joaquim de Freitas disse...

Para Jaime Santos:

Peço desculpa. Rectifico : Leste. O “o” por cima do “l” no teclado…deu nisto. Espero que não teve dificuldade...Mas constato que me lê com atençao.Merci. Espero que não teve dificuldade...Jaime Santos…

Escreve:” O Sr. Putin tem alguns amigos (leia-se serventuários) em Portugal”

Oh Jaime Santos, olhe que tenho a impressão que são antes os amigos do batalhão nazista Azov que pululam em Portugal, ao ponto que já é um “produto” de exportação…O que não me admira, porque Portugal foi desde que nasci, uma base da rectaguarda do nazismo.

Escreve: “Não foram os EUA a invadir a Ucrânia”… Deixe-me rir! Informe-se melhor Jaime Santos.

“Várias instalações militares da OTAN já estão operando na Ucrânia. Em particular, desde 2015, no campo de formação de Yavoriv, na região de Lviv, os instrutores do Pentágono treinam soldados das Forças Armadas da Ucrânia. Formalmente, o polígono pertence a Kiev, na verdade, é a base da OTAN. É só que "colegas ucranianos" estão autorizados a fazê-lo.
Mas também é verdade que esta base recebeu há dias as boas vindas de Putin com alguns mísseis bem ajustados que a reduziram em escombros.

Joaquim de Freitas disse...

Jaime Santos: Pois que me acusa de "whataboutismo",( Mas que o coletivo Joaquim de Freitas é especialista em what-aboutism, isso também já se sabia), para lhe refrescar a memoria. Hiroxima, Nagasaki, Toquio, Dresde, Bagdad, Mossul, Faloujah, e muitosoutros...Recorda-se? Grandes montanhas de escombros e grandes montanhas de mortos...Centenas de milhares, Jaime Santos. Em termos de bombardeamentos terroristas os EUA não têm rival.

O futuro