Em apenas 24 horas foram executadas 81 pessoas na Arábia Saudita: mais pessoas do que em todo o ano de 2021, quando 67 pessoas foram sujeitas à pena capital, ou em 2020, quando o número foi de 27.
As acusações dos condenados iam desde terrorismo a terem “crenças desviantes”.
Não há nada como apanhar o mundo distraído com outras notícias, devem ter pensado lá por Riade.
5 comentários:
Como se eles quisessem saber o que "o mundo" pensa.
É a eles que os EUA queriam que se comprasse mais petróleo, para substituir o russo.
Tem razão, Lavoura!
Entre comprar aos russos - povo que invade nações pacíficas e soberanas, mata milhares de pessoas e destrói cidades -, e comprar a uns fanáticos religiosos que matam 81 pessoas do próprio povo, a escolha deve ser a Rússia, claro. Faz todo o sentido. Todo o sentido...
Já agora, você podia ter invocado a Guerra do Iémene mas calculo que até concorde com ela...
E os tipos, ainda por cima, não aumentam a produção.... Obrigam-nos a ir de chapéu na mão falar com os iranianos e os venezualanos? Não era suposto serem nossos aliados? Matam indiscriminadamente no Iémen, torturam e assassinam jornalistas como se nada fosse, cortam a cabeça a opositores internos em execuções medievais e não aumentam a produção? E nós, não fazemos nada?... Para a Arábia Saúdita e em força, dêem-nos petróleo, canalhas!
Como Biden explicou, a actual escalada militar orquestrada pelos EUA não é realmente sobre a Ucrânia. Biden prometeu desde o início que nenhuma tropa americana estaria envolvida. Mas ele vinha exigindo há mais de um ano que a Alemanha impedisse o gasoduto Nord Stream 2 de abastecer asua indústria e residências com gás barato e recorresse a fornecedores americanos muito mais caros.
OsE UA inicialmente tentaram impedir que o oleoduto fosse concluído. As empresas envolvidas na construção foram sanccionadas, mas no final foi a própria Rússia que concluiu a construção do oleoduto.
A pressão dos EUA então voltou-se para os políticos alemães geralmente maleáveis, declarando que a Alemanha e o resto da Europa enfrentariam uma ameaça à segurança nacional se a Rússia parasse de fornecer o gás, presumivelmente para obter certas concessões políticas ou econômicas.
Nenhum pedido específico da Rússia poderia ser imaginado, e assim a sua natureza permaneceu obscura e disforme, como uma bolha. A Alemanha recusou-se a permitir que o Nord Stream 2 entrasse em serviço.
Um dos principais objetivos da atual Nova Guerra Fria é monopolizar o mercado de entregas americanas de gás natural liquefeito (GNL). Já sob Trump, Angela Merkel foi pressionada a prometer gastar US$ 1 bilhão para construir novas instalações portuárias para que navios de gás pudessem descarregar gás natural para uso alemão.
Que agora vai ser construido a toda a pressa,pelo Scholtz...com as calças na mao...
Assim, o mais premente dos objetivos estratégicos dos EUA de um confronto da NATO com a Rússia é aumentar os preços do petróleo e do gás, sobretudo em detrimento da Alemanha.
Além de gerar lucros e ganhos no mercado de acções para as companhias petrolíferas norte-americanas, os preços mais altos da energia removerão grande parte do dinamismo da economia alemã.
Olhando friamente a coisa, pela terceira vez em um século, os Estados Unidos derrotaram a Alemanha - cada vez aumentando o seu controle sobre uma economia alemã cada vez mais dependente dos Estados Unidos para importações e direcção política, com a NATO como um controle efectivo contra qualquer resistência doméstica.
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