sábado, março 26, 2022

“Regime change”

Biden diz que Putin não pode continuar no poder. Resta agora saber o que os EUA estão dispostos a fazer para concretizarem esse objetivo, que pode ter muito a ver com o conceito de “regime change”.

5 comentários:

João Cabral disse...

O conceito de mudança de regime tem muito que se lhe diga, senhor embaixador.

Jaime Santos disse...

A Casa Branca veio moderar os ímpetos de Biden, mas alguém dizia ao WP que Biden simplesmente disse o óbvio, depois da Ucrânia quem é que poderá voltar a confiar num mentiroso contumaz como Putin?

E não se trata apenas dos EUA, na UE também. As relações entre o Ocidente e a Rússia nunca mais serão as mesmas, pelo menos enquanto Putin permanecer no Poder...

Isto dificulta os esforços de Paz? Porventura, mas eles dependerão sobretudo daquilo que os ucranianos estiverem dispostos a ceder. Já se percebeu que a NATO não vai intervir (e ainda bem), mas também ninguém vai obrigar Zelensky a assinar o que quer que seja a bem de algum retorno à normalidade porque essa acabou, cortesia de Putin.

Se os ucranianos quiserem continuar a lutar, o Ocidente seguramente que lhes dará todas as armas defensivas que pedirem...

Depois há outra questão que talvez esteja a ser ignorada. A escalada verbal tem sido sobretudo russa, com a referência periódica ao perigo de guerra nuclear. Biden agora contra-atacou, depois do presidente polaco, o SG da NATO e o próprio Biden terem dito que a NATO poderia rever a sua posição se a Rússia usasse ADM na Ucrânia.

Peskov já veio dizer que a referência a armas químicas por parte dos EUA não passa de uma diversão, o que implicará que as referências a ADM vão cair do discurso russo... Os russos devem ter entendido quais são os seus limites de ação na Ucrânia... Podem partir tudo desde que não provoquem a NATO...

Joaquim de Freitas disse...

Jaime Santos no seu melhor, de serventuário do Império : « depois da Ucrânia quem é que poderá voltar a confiar num mentiroso contumaz como Putin?”

Ora essa, os mesmos que acreditaram nas Armas de Destruição Maciça, do seu mestre a pensar, George Bush, armas celebradas perante o Mundo inteiro, na ONU, por Colin Powel,

Mas hà mais : Em Setembro de 2002, Bush assegurou que “o regime iraquiano tem armas biológicas e químicas, está reconstruindo instalações para fabricar ainda mais delas (...)

E depois havia os dois camiões laboratórios de Saddam, duas unidades móveis descritas em Maio de 2003 como "laboratórios biológicos" por Bush, quando uma equipe de especialistas civis enviados ao Iraque concluiu que não era esse o caso.

O Centro para a integridade pública e o Fundo para a independência no jornalismo, estudaram todas as declarações públicas de George W. Bush, mas também do vice-presidente Dick Cheney, Condoleezza Rice, então conselheira de segurança, então secretário de Estado Colin Powell, o ex-secretário de Defesa Ronald Rumsfeld e porta-vozes da Casa Branca. Seu estudo, intitulado “Falsos Pretextos”, identifica nos dois anos desde 11 de setembro de 2001 “pelo menos 935 declarações falsas de altos funcionários do governo sobre a ameaça à segurança nacional representada pelo Iraque de Saddam Hussein”

Oh Jaime Santos: Então não lê os documentos sérios?

Talvez Zelensky, se lhe derem tempo, consiga fazer uma lista de mentiras superior à dos americanos.

Joaquim de Freitas disse...


Ainda de Jaime Santos : "As relações entre o Ocidente e a Rússia nunca mais serão as mesmas, pelo menos enquanto Putin permanecer no Poder..."

Sim, realmente, depois da linguagem de carroceiro de Biden, indigno dum chefe de estado, mas como era utilizado em OK Corral, Putin estará no poder, mas Biden não é certo. Talvez Trump regresse ao poleiro...mais cedo que o que pensa! E Biden voltará à sua sesta habitual...

Joaquim de Freitas disse...


Ainda Jaime Santos:

"A escalada verbal tem sido sobretudo russa, com a referência periódica ao perigo de guerra nuclear.(

Ainda Jaime Santos:

"A escalada verbal tem sido sobretudo russa, com a referência periódica ao perigo de guerra nuclear.

Pois é Jaime Santos; o problema é que se os russos "se referem" à arma, os americanos, até hoje, foram os primeiros e únicos a lançá-las no Japão. ... E é bom que os americanos saibam que não escaparão desta vez !

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