quarta-feira, março 16, 2022

O objetivo

A Rússia nunca terá encarado outro cenário que não fosse executar uma invasão militar da Ucrânia. Sabia que o ocidente nunca aceitaria as “condições” formais que apresentou e usou um imaginário “genocídio” no Donbass como pretexto puramente artificial. O objetivo da Rússia era destruir as infraestruturas ucranianas, militares e estratégicas, e garantir que a Ucrânia se acomodava a um estatuto de soberania limitada. Conseguiu o primeiro objetivo e pode estar prestes a obter o segundo. Terá, no entanto, de avaliar se o preço que está, e vai continuar a pagar, terá compensado o que obteve ou obterá.

1 comentário:

disse...

Também há que considerar o preço que a Ucrânia e os ucranianos pagaram por não se limitarem a acomodar as exigências russas, as tais inaceitáveis para o Ocidente.

Acho que o Ocidente tem uma certa dose de responsabilidade em tudo o se passa. Os governos dos países que contam não parecem ter deixado claro ao governo ucraniano que não estariam disponíveis para participar num conflito armado com a Rússia. Isto tinha de ter sido dito inequivocamente deste o primeiro momento: não vai haver tropas da NATO, não vai haver zona de exclusão aérea, nada. Parte do voluntarismo ucraniano está radicado numa esperança vã de que vão ter apoio militar por parte dos países da NATO.

Os piores líderes são os líderes indecisos que no ir e vir das suas reflexões, levam os outros ao engano.

Gastronomia

O que é a Academia Portuguesa de Gastronomia? É uma associação privada, com estatuto de "utilidade pública", composta por um núcle...